Querer bem e uma Prece que se Reza por Alguem

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A carta




Com pavio curto uma carta foi escrita,


Em suas poucas linhas o pecado recente foi exposto,


Dois amantes um dor, duas almas frente a frente de um espelho com imagens distorcidas,


Na colisão das promessas do passado com o presente uma densa neblina era a visão do futuro,


Uma carta foi escrita, linhas em branco são deixadas para trás e na falta de folhas o fim reage com discrição.

Todo homem tem dentro de si uma fé inabalável: a certeza que deixará de existir.

Há uma mente indivisível
Olhando para o homem bêbado
Em seu antro de tortura...
Pra Deus nada e impossível.


Esperança

Há uma mente indivisivel
Olhando para o homem bebado
em seu antro de tortura...
Pra Deus nada é impossivel.




Esperança

A esperança às vezes é só isso: uma vela pequena num quarto grande. A vela não engana, sua luz é frágil e treme ao primeiro vento. Mas enquanto arde, confessa coisas que o escuro se recusa a dizer, e eu me agarro a esse fio de chama como se fosse um novelo de sentido.

" Tu se sentes uma pessoa feliz?
Então porque vives Magoando os outros para sentir-se vivo(a)?"

Sim, sou um tanto ruim.
Mas prefiro minha ruindade autêntica
a uma bondade emprestada.
Pelo menos assim,
quando alguém me amar,
saberá exatamente o que está abraçando: um ser intrinsecamente ruim.

Ao olhar uma estrela cintilante, não sei se seu brilho é verdade ou apenas a memória de uma luz extinta, que há muito deixou de existir. Talvez não seja ela que se perdeu, mas eu, que permaneço no lugar errado.

A nossa vida é comparada, a uma estrada para caminhar, mas quem lá no fim chegou, nunca mais voltou e nem voltará.

Sentado aos pés de uma figueira, imerso em pensamentos que desafiam até minha própria compreensão, percebo a tênue fragilidade do tempo. As horas se dissolvem como grãos de areia escapando pelos dedos da consciência, e o mundo ao redor se reduz a murmúrios sutis, o canto distante de um galo, o sussurro das folhas, ecos de lembranças e dilemas que insistem em me perseguir. Sem perceber, sou tragado para dentro de uma introspecção que transcende o instante, como se cada fragmento de percepção fosse simultaneamente revelação e enigma.

Diariamente me deparo com a intolerância ao desfavorecido, como se a responsabilidade por uma sociedade enferma não fosse também nossa. A desigualdade não nasce do acaso, ela persiste porque, em algum momento, alguém escolheu rejeitar, excluir, negar humanidade ao outro. E, assim, sustentamos um ciclo em que a indiferença se transforma em norma, esquecendo que toda injustiça social é também um reflexo de nossas próprias escolhas."

Em uma tarde fria de um dia qualquer, vou tentando me reerguer… entre lembranças que insistem em doer e a esperança que, mesmo frágil, ainda teima em permanecer. Cada passo é lento, mas carrega em si o peso da coragem de não desistir.

Tive uma segunda chance, já atravessei portais invisíveis e experimentei, em minha própria vida, o esplêndido sabor da glória de Deus. Vi rostos iluminados de todas as idades, ouvi louvores que transbordavam amor sincero ao Senhor. Desde então, carrego em minha alma uma saudade profunda do céu, pois sei, com convicção, que para a linda cidade um dia voltarei.

O homem se molda à sua realidade. Reclama de uma refeição repetida quem nunca sentiu o estômago vazio por dias. Reclama de seu amor quem nunca dormiu sozinho em um colchão duro, sem abrigo nem abraço. Reclama de acordar para o trabalho quem nunca sentiu o peso da porta fechada do desemprego e o olhar de desprezo da sociedade. Reclama da vida quem nunca enfrentou a violência, a injustiça, a miséria, a fome que corrói ossos e esperança. Reclama de existir quem nunca precisou lutar para sobreviver, quem nunca foi invisível aos olhos de um mundo cruel.

Estou em uma fase da minha vida em que abri mão de tantas coisas… e percebi que a mais sábia de todas foi abrir mão das discussões, pois percebi que a paz interior vale muito mais do que a vitória momentânea de uma palavra.

Não posso ensinar nada, porque ainda vivo em construção, minhas certezas são andaimes e meu eu, uma casa inacabada.

Me reconstruo tijolo por tijolo, um castelo de esperança erguido da ruína, cada pedaço, uma vitória sem testemunhas.

O mal não é uma falha ocasional da humanidade, mas um traço indelével de sua essência, irreversível como o tempo.

O silêncio cresce em minha mente como uma floresta de ossos. Cada palavra que escrevo é uma ave de vidro, tentando voar sem quebrar.

A dor me feriu, mas dela nasceu uma força eterna.