Quem tem Telhado de Vidro Evita Chuva de Pedra

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Aquele que se envergonha ainda não é incorrigível.

Aqueles que gastam mal o seu tempo são os primeiros a queixar-se da sua brevidade.

As Palavras

São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Antologia Breve, 1972

Mudai os tempos, os lugares, as opiniões e circunstâncias, e os grandes heróis se tornarão pequenos e insignificantes homens.

Os prazeres do pensamento são remédios contra as feridas do coração.

A história é émula do tempo, repositório dos fatos, testemunha do passado, exemplo do presente, advertência do futuro.

O talento é um título de responsabilidade.

Mesmo à mulher mais faladora, o amor ensina a calar.

Quanto maior é a sua sabedoria mais os homens se afastam da felicidade.

Talvez o amor seja apenas o reconhecimento do prazer.

Saboreiem do amor tudo o que um homem sóbrio saboreia do vinho, mas não se embebedem.

Sinto-me feliz por não ser homem, porque, se o fosse, teria de casar com uma mulher.

A fortuna não muda os homens; apenas os desmascara.

Onde quer que a virtude se encontre em grau eminente, é perseguida; poucos ou nenhum dos famosos varões do passado deixou de ser caluniado pela malícia.

Miguel de Cervantes

Nota: Versão de trecho do livro "Dom Quixote de La Mancha"

Nunca um marido será vingado tão bem como pelo amante da sua mulher.

A verdadeira inteligência consiste em dar valor à dos outros.

Mãe

Mãe - que adormente este viver dorido,
E me vele esta noite de tal frio,
E com as mãos piedosas até o fio
Do meu pobre existir, meio partido...

Que me leve consigo, adormecido,
Ao passar pelo sítio mais sombrio...
Me banhe e lave a alma lá no rio
Da clara luz do seu olhar querido...

Eu dava o meu orgulho de homem - dava
Minha estéril ciência, sem receio,
E em débil criancinha me tornava,

Descuidada, feliz, dócil também,
Se eu pudesse dormir sobre o teu seio,
Se tu fosses, querida, a minha mãe!

Para salvar o crédito é preciso ocultar a perda.

Nós, para os outros, apenas criamos pontos de partida.

É por fraqueza que odiamos um inimigo e pensamos em nos vingar; é por preguiça que nos acalmamos, desistindo da vingança.