Quem tem Telhado de Vidro Evita Chuva de Pedra
VALOR DA ALMA
(Dueto poético)
Sabe aquela pedra rara... Quem foi acostumado com bijouterias dificilmente vai reconhecer.
Da mesma forma
São pessoas que não tem sensibilidade para perceber a beleza de uma alma quando à procura de um querer,
Muitas vezes passam despercebidas por àqueles que não sabem reconhecer o brilho que emana de alguém, como uma pedra rara que poucos tem e outros nunca vão ter
Autores: Simone Lelis & Roberto Lopes
Nunca nada foi fácil pra mim, mas quando eu quero uma coisa eu luto por ela. Tem gente que desiste fácil quando encontra resistência.
Infelizmente pessoas assim não sonham.
Desistir mostra que não houve empenho, ou o valor era pequeno.
Pra mim desistir é para os fracos ou para quem já não acredita mais no impossível.
No amor desistir nunca será ato de coragem pq estará sempre gravado na alma o preço da covardia.
Mariana Chuva
Quero poder conhecer você melhor, me divertir rindo das suas histórias de quando era criança e do jeito como falava as palavras erradas. Quero me acostumar com o som da sua risada, o encaixe de nossas mãos juntas, quero poder reconhecer o seu perfume de longe e poder cantar no meio de todos qualquer música que lembre todos os nossos momentos. Eu quero isso e quero muito mais, eu quero, sim, quero eu e você pra realizar. Quero nós.
Ela tem um coração de pedra.
Ela é tão crítica.
Ela é tão cruel.
Ela ri da sua dor.
Ela supera qualquer terror.
Dizem que mulher que chora por homem não tem vergonha na cara; então que atire a primeira pedra a mulher que nunca chorou por causa de um cafajeste. Dizem que toda mulher precisa saber lavar, passar e cozinhar; mas se esquecem que homem também precisa saber ser homem. Dizem que mulher que beija mais de um cara numa noite não é pra ser levada a sério; mas não dizem nada a respeito de homens que transam com qualquer mulher, só pra matar seus desejos. Dizem que casar é o mesmo que ir pra forca, lamentável é não darem valor ao que é verdadeiro. Dizem que mulher que não dá, voa; ridículo é essa desvalorização e vulgarização da mulher. Dizem que homem que chora, não é homem; mas pra mim, homem que bate em mulher que não é homem. Dizem que quem tem sorte é solteiro, triste é essa supervalorização da liberdade. Dizem que o que tiver que ser, um dia será; uma pena a vida passar tão depressa e eu não ter tempo para esperar. Dizem que "chifre" é uma coisa que todo mundo vai ter um dia, o que me assusta é a falta de respeito com os sentimentos do próximo. Dizem que quem procura acha; contraditório é eu procurar tanto e nunca encontrar. É uma pena tanta imaturidade, tantas palavras ditas sem pensar. Te julgam por tudo, pelo tamanho das suas roupas, pela cor da sua pele, pela sua altura, pelo seu peso, pela sua conta bancária, criticam o próximo pela aparência, sem conhecer a essência. Dar palpite nas atitudes do próximo parece mais fácil do que repensar suas próprias atitudes. Todo mundo quer ser respeitado, mas ninguém quer respeitar, dizem ser maduros, mas continuam com a mentalidade de uma criança, acham que sabem de tudo, mas não sabem de nada, se acham os espertos, mas não passam de amadores diantes da vida. Tá na hora de aprender a dar valor ao que realmente merece ser valorizado. Tá na hora de aprender a calar antes de julgar, antes de aconselhar com clichês baratos.
O mago tem o poder de tudo, alquimia até para transformar pedra em ouro. Alias, quase tudo, o mesmo não consegue simular o amor.
O meu ou o seu caminho
Não são muito diferentes
Tem espinho, pedra, buraco
Pra mode atrasar a gente
Mas não desanime por nada
Pois até uma topada
Empurra você pra frente
Quem nunca se irritou com a disciplina alheia, quando na hora da fome a pessoa anuncia: "Comerei só uma salada!" ?
Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta sentiu que nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é história do mundo. Ela o olhava com um olhar intenso, onde existia uma incompreensão e um anelo, como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo impossível entre eles.
Viu-a assim por um lapso, em sua beleza morena, real mas já se distanciando na penumbra ambiente que era para ele como a luz da memória. Quis emprestar tom natural ao olhar que lhe dava, mas em vão, pois sentia todo o seu ser evaporar-se em direção a ela. Mais tarde lembrar-se-ia não recordar nenhuma cor naquele instante de separação, apesar da lâmpada rosa que sabia estar acesa. Lembrar-se-ia haver-se dito que a ausência de cores é completa em todos os instantes de separação.
Seus olhares fulguraram por um instante um contra o outro, depois se acariciaram ternamente e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer. Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de seccionar aqueles dois mundos que eram ele e ela. Mas o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce.
Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e dele separada por imperativos categóricos de suas vidas, não lhe dava forças para desprender-se dela. Sabia que era aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca. Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais. E no entanto ali estava, a poucos passos, sua forma feminina que não era nenhuma outra forma feminina, mas a dela, a mulher amada, aquela que ele abençoara com os seus beijos e agasalhara nos instantes do amor de seus corpos. Tentou imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em suas cogitações próprias - um ser desligado dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas.
De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para onde...
Rosto
Rosto nu na luz directa.
Rosto suspenso, despido e permeável,
Osmose lenta.
Boca entreaberta como se bebesse,
Cabeça atenta.
Rosto desfeito,
Rosto sem recusa onde nada se defende,
Rosto que se dá na duvida do pedido,
Rosto que as vozes atravessam.
Rosto derivando lentamente,
Pressentindo que os laranjais segredam,
Rosto abandonado e transparente
Que as negras noites de amor em si recebem
Longos raios de frio correm sobre o mar
Em silêncio ergueram-se as paisagens
E eu toco a solidão como uma pedra.
Rosto perdido
Que amargos ventos de secura em si sepultam
E que as ondas do mar puríssimas lamentam.
Não se pode acumular ouro e pedras preciosas, sem ter lugar seguro para guardá-los.
Quem é rico e estimado, mas não conhece a sua limitação, atrai a sua própria desgraça.
Sabe quando você me disse se sentir usada? Como você se sentiu?
- No fundo quem estava sendo usada? "Usada"...
Tem outra definição para tanta falta de respeito e consideração? - E agora querida, eu não sirvo mais?
De todas as paixões do homem, depois de satisfeitas as que são comuns aos brutos, nenhuma tem mais veemência e força para impulsioná-lo, do que o desejo de se distinguir e ser superior aos outros.
Que hei-de eu fazer dessas alforrecas que não têm ossos nem forma? Vomito-os e restituo-os às suas nebulosas: vinde ver-me quando estiverdes construídos.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus,
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Muitas vezes eu tento entender o ser humano, mas fica mais difícil entender por que as pessoas têm o prazer de ferir, magoar...
Mas de uma coisa eu sei: sou como a água a correr. Se tem uma pedra no caminho apenas contorno e continuo seguindo o meu destino, pois não será essa pedra que vai fazer eu chegar até o mar, onde eu o encontrarei...