Quem sou eu nesse Mundo Tao Confuso

Torno-me especial ao aceitar as minhas peculiaridades.

Sempre vivi tudo intensamente, equilibrando-me entre a responsabilidade e a liberdade.

Agradeço a todos os que me auxiliaram a caminhar para chegar aonde estou agora.

Existe cor em tudo o que vejo.
Existe abraço em tudo o que faço.

O que me equilibra é o que me move.
O que me move é o que me faz ir mais além.
Nem tão forte como queria.
Nem tão fraca como temia.

Sou fiel a mim mesma.
A mim mesma, no que há de melhor em mim.

Quero ter a certeza de que fui. Ontem.
Quero essa certeza em mim. Hoje.
Quero ter a certeza de que serei. Amanhã.

Verdadeira.

As únicas opiniões que me importam são, na verdade, as dos que me amam.

A minha estrada pode significar ir no caminho contrário, mas será sempre a minha estrada.

Deixei de colecionar nãos.

O meu tempo é em todos os tempos.

Eu assimilo cada linha como uma nova linha.

O meu coração sente em comunhão com a minha alma.
Vivo o agora e permito-me abertamente caminhar, sem receios, para receber, com humildade e amor, o que preciso, de acordo com as minhas experiências e percepções, sentindo, percebendo e fluindo.

A bola ressaltava uma e outra vez, num movimento contínuo e perfeito, molhada pela chuva miudinha que pingava sem fim.
O silêncio recortava-se no horizonte e o calor era tímido, molhando-me o corpo, ao qual a roupa já aderia como uma segunda e profunda pele.
De sorriso molhado, soltei a gargalhada, os lábios húmidos e quentes, em uníssono com o ladrar do meu imprevisível cão.
O ribombar de um trovão passou por mim e, algures, bem longe, ouvi o zipar do relâmpago azul e branco cortar o ar e cair.
Todo o mundo recolhido e eu aqui, louca como eu só, deliciando-me na chuva.

Não murmuro sequer.

Afinal talvez tenha mesmo de partir sozinha.

Olhei na direcção do horizonte.
Franzi o nariz e ri-me.
As circunstâncias sempre mudam.
Depois de ter superado tanta coisa, de ter conseguido chegar onde estou e de ter entrado em mim, a minha consciência absorve um universo múltiplo como um espelho, clara e poderosa, e é desconcertantemente suave.
Se sou um holograma de mim mesma, onde estarei verdadeiramente?

Nada do que escrevo é total, apenas um ínfimo das minhas emoções. Tudo o resto é tão delicado… instintivamente tranquilizador.

Por acreditar em mim mesma saberei sempre ir.

Um dos meus traços é o de sentir em silêncio.
Ninguém saberá jamais quando estou bem ou quando estou mal.

Nunca fugi de mim mesma. E jamais o farei.

Não penses. Eu, simplesmente, já me encontro muito mais à frente.

Quero praia, quero cafuné, um bom dia, uma carícia, rir até não puder mais, e um café.