Quem Gosta de Ouvir Nao quer Falar

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Poucas vezes quem ganha o que não merece, agradece o que ganha.

Há que, na medida do possível, prestar favores a todos: quantas vezes não precisamos de quem é menos do que nós.

Se não estás disposto a matar aquele a quem pretendes odiar, não digas que o odeias; estás a prostituir tal palavra.

Quem não desconfia de si, não merece a confiança dos outros.

Não há pai nem mãe a quem os seus filhos pareçam feios; nos que o são do entendimento ocorre mais vezes esse engano.

Nunca melhora o seu estado quem muda só de lugar mas não de vida e hábitos.

Os homens, para não desagradarem aos maus de quem se temem, abandonam muitas vezes os bons, a quem respeitam.

Os homens não são importantes. O que conta é quem os comanda.

Quem não pode ou não sabe acumular, nunca chega a ser sábio nem rico.

Quem não espera na vida futura, desespera na presente.

Todo o espírito que existe no mundo é inútil para quem não o tem; ele não tem perspectivas sobre nada e é incapaz de aproveitar as dos outros.

A virtude encerra todas as coisas, e todas as coisas faltam a quem não a tem.

Quer saber? Cansei. Cansei de correr atrás. Não preciso disso. Não sou segunda opção nem de você de ninguém. Se me quer, me procure. Se sente saudades, demonstre. Você pensa o quê? Que eu não percebo? Acha mesmo que eu te amo tanto a ponto de me humilhar por atenção? Hahaha, depois a boba aqui sou eu. Cansei. Depois não diga que eu não avisei.

Pra que falar?
Se você não quer me ouvir
Fugir agora não resolve nada
Mas não vou chorar
Se você quiser partir
Às vezes a distância ajuda
E essa tempestade um dia vai acabar

Só quero te lembrar
De quando a gente andava nas estrelas
Das horas lindas que passamos juntos
A gente só queria amar e amar
E hoje eu tenho certeza
A nossa história não termina agora
Pois essa tempestade um dia vai acabar

Quando a chuva passar
Quando o tempo abrir
Abra a janela e veja: eu sou o sol
Eu sou céu e mar
Eu sou seu e fim
E o meu amor é imensidão

Ouvi falar de amor como de um crime...

É mais seguro escrever do que falar; falando improvisamos, para escrever refletimos.

Fala-se pouco quando a vaidade não faz falar.

É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer, porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo. Ou pelo menos o que me faz agir não é o que eu sinto mas o que eu digo. Sinto quem sou e a impressão está alojada na parte alta do cérebro, nos lábios – na língua principalmente –, na superfície dos braços e também correndo dentro, bem dentro do meu corpo, mas onde, onde mesmo, eu não sei dizer. O gosto é cinzento, um pouco avermelhado, nos pedaços velhos um pouco azulado, e move-se como gelatina, vagarosamente. Às vezes torna-se agudo e me fere, chocando-se comigo. Muito bem, agora pensar em céu azul, por exemplo. Mas sobretudo donde vem essa certeza de estar vivendo?

Clarice Lispector
Perto do coração selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Estilo é saber quem você é, o que quer dizer e não dar a mínima.

É óbvio que eu não sou quem você quer, senão seria igual a muitas outras.