Que Saudades eu tenho da Aurora da minha Vida

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Te vejo perdendo-se todos os dias entre essas coisas vivas onde não estou. Tenho medo de, dia após dia, cada vez mais não estar no que você vê. E tanto tempo terá passado, depois, que tudo se tornará cotidiano e a minha ausência não terá nenhuma importância. Serei apenas memória, alívio, enquanto agora sou uma planta carnívora exigindo a cada dia uma gota de sangue para manter-se viva. Você rasga devagar o seu pulso com as unhas para que eu possa beber. Mas um dia será demasiado esforço, excessiva dor, e você esquecerá como se esquece um compromisso sem muita importância. Uma fruta mordida apodrecendo em silêncio no quarto.

De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

Tenho dias ruins. Fico mal humorada, irônica e bruta com qualquer um. Respondo com grosseria e não suporto ouvir besteiras. Falo demais e me estresso sem motivos. Fico com raiva, choro, grito, fecho a cara. Porque eu sou humana, cara. E isso é normal na vida de qualquer um. Será que dá pra entender?

Tenho amor a isto, talvez porque não tenha mais nada que amar - ou talvez, também, porque nada valha o amor de uma alma, e, se temos por sentimento que o dar, tanto vale dá-lo ao pequeno aspecto do meu tinteiro como à grande indiferença das estrelas.

Posso não saber nada do coração das gentes, mas tenho a impressão, de que, de tudo, o pior é quando entra a segunda parte da letra de “Atrás da porta”, ali no quando “dei pra maldizer o nosso lar pra sujar teu nome, te humilhar”. Chico Buarque é ótimo pra essas coisas. Billie Holiday é ótimo pra essas coisas. E Drummond quando ensina que “o amor, caro colega, esse não consola nunca de núncaras”. Aí você saca que toda música, toda letra, todo poema, todo filme, toda peça, todo papo, todo romance, tudo e todos o tempo todo, antes, agora e depois, falam disso. Que o que você sente é único & indivisível e é exatamente igual à dor coletiva, da Rocinha a Biarritz. O coro de anjos de Antunes Filho levanta no ar, em triunfo, os corpos mortos de Romeu e Julieta enquanto os Beatles pedem um Litlle help from my friends, e a platéia ainda aplaude e pede bis (o Gonzaguinha também é ótimo pra essas coisas). Meus amigos, abandonados para que eu pudesse mergulhar, voltaram a mil. Tem seus prazeres o fim do amor. Se é patologia, invenção cristã-judaico-ocidental-capitalista, ou maya, ego, se é babaquice, piração, se mudou-através-dos-tempos, puro sexo, carência, medo da morte: não interessa. Tenho certeza que estive lá, naquele terreno. Ele existe.(…) O que quero dizer é justamente o que estou dizendo. Não estou com pena de mim. Está tudo bem. Tenho tomado banho, cortado as unhas, escovado os dentes, bebido leite. Meu coração continua batendo - taquicárdico, como sempre. Dá licença, Bob Dylan: it’s all right man, I’m just bleeding. Está limpo. Sem ironias. Sem engano. Amanhã, depois, acontece de novo, não fecho nada, não fechamos nada, continuamos vivos e atrás da felicidade, a próxima vez vai ser ainda quem sabe mais celestial que desta, mais infernal também, pode ser, deixa pintar. Se tiver aprendido lições (amor é pedagógico?), até aproveito e não faço tanta besteira. Mas acho que amor não é cursinho pré-vestibular. Ninguém encontra seu nome no listão dos aprovados. A gente só fica assim. Parado olhando a medida do Bonfim no pulso esquerdo, lado do coração e pensando, pois é, vejam só, não me valeu.

Tenho sempre diante dos olhos Tereza sentada num tronco, acariciando a cabeça de Kariênin e pensando na falência da humanidade. Ao mesmo tempo, surge para mim uma outra imagem: Nietzsche está saindo de um hotel em Turim. Vê diante de si um cavalo e um cocheiro lhe dando chicotadas. Nietzsche se aproxima do cavalo, abraça-lhe o pescoço sob o olhar do cocheiro e explode em soluços.
Isso aconteceu em 1889 e Nietzsche já estava, também ele, distanciado dos homens. Em outras palavras: foi precisamente nesse momento que se declarou sua doença mental. Mas, para mim, é justamente isso que confere ao gesto seu sentido profundo. Nietzsche veio pedir ao cavalo perdão por Descartes. Sua loucura (portanto, seu divórcio com a humanidade) começa no instante em que chora pelo cavalo.
É esse Nietzsche que amo, da mesma maneira que amo Tereza, acariciando em seus joelhos a cabeça de uma cadela mortalmente doente. Vejo-os lado a lado: os dois se afastam do caminho em que a humanidade, “proprietária e senhora da natureza”, prossegue sua marcha adiante.

Milan Kundera
A insustentável leveza do ser. São Paulo: Companhia das Letras, 2022.

Tenho um instinto para amar a verdade; mas é apenas um instinto.

Por isso mesmo – pelo amor, fé e luz – tenho absoluta certeza que tudo vai dar certo.

Tenho alguns poemas que sei que aumentarão o ódio. É bom ter hostilidade, mantém a cabeça relaxada.

Dizem que sou um cara de sorte. Só sei que quanto mais me esforço mais sorte tenho!

Me explica, que às vezes tenho medo. Deixo de ter, como agora, quando o vento cessa e o sol volta a bater nos verdes. Mesmo sem compreender, quero continuar aqui onde está constantemente amanhecendo.

Prefiro ter a coisa agora ou saber que nunca vou ter, assim não tenho de pensar nela.

Andy Warhol
WARHOL, A., The Philosophy of Andy Warhol: (From A to B and Back Again), 1975

Você é tão maravilhosa que faz um homem preferir o inferno ao invés do céu só para ficar com você.

Dan: Sócrates estou um pouco apressado, você pode não demorar?
Sócrates: Tudo bem.
E joga Dan no lago. Dan sai furioso:
Dan: Ei! Estou falando com você! Qual o seu problema hein?
Sócrates: Você estava com pressa.
Dan: Por isso me empurro na ponte?
Sócrates: Eu esvaziei sua mente.
Dan: Você o que?
Sócrates: Eu a esvaziei.
Dan: Não esvaziou não! Você me jogou no rio.
Sócrates: E no que você pensou enquanto caia?
Dan: Não sei!
Sócrates: Estava pensando na escola?
Dan: Não!
Sócrates: Nas compras?
Dan: Não!
Sócrates: Onde estava indo?
Dan: Não...
Sócrates: Estava 100% dedicado à experiência que estava tendo. Tem até uma palavra para isso: Ahhhhhh!!!!
Dan: Você é maluco sabia?
Sócrates: É preciso praticar a vida toda.

A morte não é triste. O triste é que a maioria das pessoas não vive nada.

O que as pessoas chamam de impossíveis, são as coisas que elas ainda não viram.

A vida raramente te dá momentos como esse, e é um pecado não aproveitá-los.

O mundo vai quebrar o seu coração de 10 formas diferentes até o domingo. Isso é garantido. Não dá para explicar isso. Ou as loucuras dentro de mim e de todo mundo. Mas adivinhe? Domingo é o meu dia preferido de novo. Eu penso no que todos fizeram comigo, e eu me sinto um cara muito sortudo.

Estou praticando ser gentil em vez de ter razão!

Você precisa saber que são suas ações que fazem de você uma boa pessoa, não sua vontade.

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