Que Saudade dos meus 15 anos
Por que ninguém escuta meus gritos? Será que não estou sofrendo o suficiente? Será que já não basta tudo o que passei na minha vida? Entendi agora: não consigo gritar nem para uma pessoa à minha frente, imagina para várias. Acho que é por isso que nunca saio desse poço.
Sou o último escritor que não usa i.a. meus trabalhos estão em manuscritos datados. A verdade é que sou disléxico.
Para onde quer que eu siga,
sem importar a direção do vento,
meus passos sempre me conduzem
até onde você esteja.
Às vezes me encontro em mar aberto,
à deriva no oceano da minha consciência.
Em outras, sou náufrago em ilha deserta,
rodeado apenas pela maré da saudade.
Mas em nenhuma dessas terras
eu repouso ao seu lado.
Como se o destino, em jogo cruel,
nos afastasse em planos diferentes.
E ainda que eu não creia em destino,
parece que jamais
o universo conspirará
para que sejamos um só horizonte.
Ainda sinto o cheiro do chão daquele dia
E como a brisa passava entre meus braços
As lembranças da vida nos dão vida
O corpo no presente a mente no futuro e o coração nos tempos passados
Sombras
Descobri que sou sombra,
sombra dos meus medos,
da minha insegurança.
O que faço, outros levam,
o mérito, o brilho, o nome.
Fico com o resto, com o eco.
Sou sombra da minha própria mediocridade,
mas está tudo bem.
Meus olhos, há muito,
se acostumaram ao breu.
Aprendi a ser invisível:
a estar sem ser,
a falar e ser silenciada
por gestos sutis,
por olhares que não me veem.
Já não me importo.
Já não espero.
Já não pergunto
se aquele sorriso era pra mim.
Aprendi.
Aprendi a ser sombra.
Eu sou aquilo que faço
E sou aquilo que vai além dos meus atos
Eu sou aquilo que falo
E também sou quando me calo
Sou aquele que diz de mim
Mas sou também aquilo que digo do outro
Sou aquilo que vejo
E sou meu olhar, me olhando
Sou aquilo que penso e aquilo que nunca pensei
Sou o que me conheço
E sou também o que me descubro
Sou aquele que vive e aquele que morre
Que lembra que é lembrado
Que sabe que foi inesquecível
Mas que esqueceu...
E foi também esquecido por alguém
E alguém que já esqueceu de si mesmo
E alguém que alguém nem conheceu
Sou aquele que erra e que acerta
Que sonha acordado e sonhando
Sou carne e alma ao mesmo tempo
Tenho nome e sou inominável
Sou homem e sou inomemnável
Sou aquele que chora
E aquele que ri
Sou aquilo que sou
E o que não sou
Diz também de mim
RENÚNCIA
Não permita que eu te esqueça, querida!
Os meus sonhos vão além de tudo...
Tuas lembranças se ofuscam, contudo,
Não há de me existir outro amor nesta vida!
Minha alma está a vaguear ensandecida
À procura do teu coração... Desnudo,
Eu a vejo em lágrimas, em solidão, e mudo,
Eu a vejo entre os túmulos da partida...
Não permita que eu te abrace na escuridão
Para que eu possa te amar sem ilusão
Entre os meus sonhos, sem que seja dor
Roga-me por sentimentos entre as estrelas...
Dos azuis, somente em ti, irei vê-las
Em cores lindas a refletir o nosso amor.
Meus amigos! Ouçam! Cada dificuldade, cada tropeço que surge em seu caminho não é castigo! Não é azar! É um chamado divino, uma oportunidade que Deus envia para você renovar sua vida, para escolher novos caminhos com sabedoria e coragem!
Sim! Cada desafio é uma bênção disfarçada! É Deus falando: ‘Levante-se! Recomece! Transforme-se!’ Porque quem persevera com fé, quem age com coragem, jamais será derrotado!
As adversidades existem para despertar a força interior que Deus colocou em cada um de nós! É hora de levantar, de lutar, de agir com fé e determinação! Pois a luz do Criador guia os passos dos justos, e aqueles que confiam em Deus jamais tropeçarão sem propósito!
É hora, meus amigos! É hora de vencer, é hora de se transformar, é hora de mostrar ao mundo que a força de Deus está conosco!
“Em pensamentos insólitos repousam meus pecados e minha redenção. Sou anjo e demônio, e caminho entre a luz e as trevas, porque assim me convém.”
“Meus pecados não negam minha luz, nem minha redenção apaga minhas trevas. Habito ambas, por escolha e verdade.”
Hoje, o tempo dentro de mim mudou de estação.
Meus pensamentos se dispersam como folhas ao vento,
e o horizonte parece pintado em tons de silêncio.
Não é tristeza, tampouco alegria —
é um intervalo, um espaço suspenso entre dois instantes.
Mas aprendi que até o cinza é apenas uma ponte,
e que o sol, invisível por agora,
segue aceso por trás das nuvens, esperando seu momento de voltar.
Compartilhando ideias...
Por:Patrícia Dias
E, de repente, as poucas tarefas dos meus dias se pareciam como uma montanha de afazeres. Não por serem, literalmente, muitas, mas por eu não mais sentir que sou capaz de as executar ou cumprir. Então, isto é como se sentem os deprimidos?
ESPLENDOR DOS IPÊS
Meus olhos lacrimejam pó
Minha garganta seca dá dó
Minhas pernas trêmulas dão nó
No horizonte tênue, cinza e pó
Estamos em agosto, que desgosto!
Estação seca das arvores tortas
Das flores e folhas mortas!
Do céu sem nuvens, descem vendavais
Formam redemoinhos de poeiras infernais
Estalos de galhos soltos criam asas latentes
Balanceiam como peraltas ambulantes
A mercê das correntes constantes...
Olho a imensidão dos eixos Sul e Norte,
Que unem as extremidades das asas do Plano Piloto
Onde carros apressados passam sem perceber
Do seu interior a beleza efêmera e tênue dos Ipês!
O roxo e o rosa enchem as retinas, bonito de se ver,
O amarelo é ouro e atraí abelhas e beija-flores
O branco é o símbolo da paz, que colosso!
A natureza nos brinda com esplendor
O destaque denso e um colorido revelado
Que se escondem na noite de um céu estrelado
E na manhã seguinte, o espetáculo bonito de se ver,
As explosões coloridas dos exuberantes Ipês!
Não me intimido com gigantes, porque o Senhor já decretou a vitória. Onde meus pés pisarem, Ele estará comigo.
