Que meus Pes me Levem
Hora de acordar para realidade, pois na realidade é sempre cada um por si. O fim vira só passado, e passado é algo que alguns esquecem e outros tentam esquecer.
Pés no Chão!
As vezes não podemos ter tudo o que queremos e nem sempre queremos aquilo que realmente podemos.As vezes precisamos ter os pés no chão e conseguirmos discernir: "O que eu quero" do que " eu posso"
Como diz Cortella: "Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode"
PÉS DE BARRO
Será que nada sobrará?
Vejo na minha frente tudo ruindo.
Nossos ídolos virando bandidos.
Nossas conquistas (OLÍMPIADAS, COPA) desmoralizadas.
Nossas empresas transnacionais naufragando em denúncias.
Nossos estados submergindo em dívidas.
Nossos políticos se encobrindo com o manto do foro privilegiado.
Sobrará, pois o país é maior que tudo isso, e tudo isso passará.
Isso é que a história nos conta.
No futuro, seremos história, e tudo isso, passado.
É pura lógica.
Levei muito tempo para encontrar minha melhor versão.
O tempo que levei para despertar, fez-me enxergar, que eu não posso aceitar, qualquer coisa ou qualquer pessoa, adentre em minha vida.
LAVA-PÉS
dá-se para se lavar
a fé, o lenho, a sujeição
as mãos, a alma, o olhar
areie o cunho, o coração
permita-se lavar
a selvageria
a falta de amar
asseie-se com poesia
banhe-se na verdade
raspe a hipocrisia
então, sentirá
alegria
companhia
sabedoria...
varre-se de bem
sem revés
o Divino é além
é através
permita-se lavar
a boca, o mal viés
empunhe sua cruz
e no seu convés...
o caminho, a verdade... Jesus!
permita-se no lava pés!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
14, abril, 2022, 17’11” – Araguari, MG
paráfrase Frei José Ariovaldo
Nada do que tem que ser deixará de acontecer. Por isso, acredite em sua luz, ela iluminará sua estrada. Siga apenas seus pés, pois Deus haverá de te conduzir!
(Jorge Tolim)
O Mesmo Erro
Então enquanto eu me reviro nos lençóis
E, mais uma vez, não consigo dormir
Saio porta fora e subo a rua,
Olho as estrelas sob os meus pés
Relembro coisas certas que eu transformei em erradas
E aqui vou eu
Não estou pedindo uma segunda chance,
Estou gritando com toda a força da minha voz
Me dê razão, mas não me dê escolha,
Porque eu cometerei o mesmo erro outra vez,
E talvez um dia nós nos encontremos
E talvez possamos conversar e não apenas falar
Não acredite nas promessas porque
Não há promessas que eu cumpra,
E minha culpa me inquieta
Assim aqui vou eu.
Seu amor era corrosivo e saiu danificando tudo aqui dentro e o meu coração foi o mais atingido, você fez um estrago irreversível.
Você fez chamas acenderem dentro de mim e eu queimava de amor. Mas você as desfez quando resolveu ir embora e não mais me levar contigo.
Se me oferecessem novamente o ano passado,
E a escolha entre o bem e o mal me fosse apresentada,
Será que eu aceitaria o prazer com a dor
Ou ousaria desejar jamais termos nos conhecido?
Esperança
Se mil vezes
Meus pés
No lodo afundassem,
Mil vezes
Meus braços emergiriam
E mil vezes
Meu clamor se ouviria.
Se mil vezes
A derrota me derrubasse,
Mil vezes
Meu corpo se levantaria
Meus punhos se cerrariam
E meu desafio se ouviria.
Se mil vezes
Minha garganta secasse,
E meus olhos inchassem
Minha pele rachasse
E as chagas aumentassem,
Mil vezes
Meus lábios sorririam,
Minhas mãos se uniriam
Minhas preces voltariam
E minh’alma,
Mil vezes,
Se iluminaria.
Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR.
Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.
Eternizar-se
Para você espalhar o amor por ai…
Na minha alma gravei seu nome,
nos meus dedos, registrei sua pele,
nos meus sonhos, sua presença é constante,
no ar, só o teu perfume, inebriando-me.
Na noite, as estrelas que eu vejo refletem você.
Na natureza, me inspiro e te sinto:
na força do mar, que é generoso,
na delicadeza das flores que se abrem,
na paz da brisa da tarde, que me acalma,
na serenidade do alto da montanha,
onde posso ver o mundo, alcançar Deus.
Em você o meu segredo, a esperança,
nuvem que se desenha na minha vida,
carinho sincero de criança,
trecho da estrada que ainda não percorri,
lugares por onde ainda quero passar,
e infinito onde eu espero chegar.
Pois o infinito são teus olhos,
que acendem a chama incompleta do meu ser,
e que nesta data tão especial, se revela,
se mostra como um todo, como tudo,
como a vida deve ser, bela em sua eternidade,
ainda que não seja eterna diante do tempo,
pois somos feitos de matéria perecível.
O relógio do amor não marca horas,
não conta minutos, não se perde em segundos,
registra sentimentos, eterniza os momentos.
Te amo!
Meu coração dispara, mas eu mando ele parar. Estraguei todos os meus relacionamentos de tanto que meu coração dispara.
Dizer que meus dias estão contados nada significa! Assim foi sempre. E assim sempre será para todos nós. Mas a incerteza do lugar, da ocasião e do modo, incerteza que nos impede de ver distintamente esse fim para o qual avançamos inexoravelmente,...
Não: devagar.
Devagar, porque não sei
Onde quero ir.
Há entre mim e os meus passos
Uma divergência instintiva.
Há entre quem sou e estou
Uma diferença de verbo
Que corresponde à realidade.
Devagar...
Sim, devagar...
Quero pensar no que quer dizer
Este devagar...
Talvez o mundo exterior tenha pressa demais.
Talvez a alma vulgar queira chegar mais cedo.
Talvez a impressão dos momentos seja muito próxima...
Talvez isso tudo...
Mas o que me preocupa é esta palavra devagar...
O que é que tem que ser devagar?
Se calhar é o universo...
A verdade manda Deus que se diga.
Mas ouviu alguém isso a Deus?
Os meus pensamentos foram-se afastando de mim, mas, chegado a um caminho acolhedor, repilo os tumultuosos pesares e detenho-me, de olhos fechados, enervado num aroma de afastamento que eu próprio fui conservando, na minha pequena luta contra a vida. Só vivi ontem. Ele tem agora essa nudez à espera do que deseja, selo provisório que nos vai envelhecendo sem amor.
Ontem é uma árvore de longas ramagens, e estou estendido à sua sombra, recordando.
De súbito, contemplo, surpreendido, longas caravanas de caminhantes que, chegados como eu a este caminho, com os olhos adormecidos na recordação, entoam canções e recordam. E algo me diz que mudaram para se deter, que falaram para se calar, que abriram os olhos atónitos ante a festa das estrelas para os fechar e recordar...
Estendido neste novo caminho, com os olhos ávidos florescidos de afastamento, procuro em vão interceptar o rio do tempo que tremula sobre as minhas atitudes. Mas a água que consigo recolher fica aprisionada nos tanques ocultos do meu coração em que amanhã terão de se submergir as minhas velhas mãos solitárias...
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
(...)
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
