Quase Morto
Os lados, de Paulo Mendes Campos
Há um lado bom em mim.
O morto não é responsável
Nem o rumor de um jasmim.
Há um lado mau em mim,
Cordial como um costureiro,
Tocado de afetações delicadíssimas.
Há um lado triste em mim.
Em campo de palavra, folha branca.
Bois insolúveis, metafóricos, tartamudos,
Sois em mim o lado irreal.
Há um lado em mim que é mudo.
Costumo chegar sobraçando florilégios,
Visitando os frades, com saudades do colégio.
Um lado vulgar em mim,
Dispensando-me incessante de um cortejo.
Um lado lírico também:
Abelhas desordenadas de meu beijo;
Sei usar com delicadez um telefone,
Nâo me esqueço de mandar rosas a ninguém.
Um animal em mim,
Na solidão, cão,
No circo, urso estúpido, leão,
Em casa, homem, cavalo...
Há um lado lógico, certo, irreprimível, vazio
Como um discurso,
Um lado frágil, verde-úmido.
Há um lado comercial em mim,
Moeda falsa do que sou perante o mundo.
Há um lado em mim que está sempre no bar,
Bebendo sem parar.
Há um lado em mim que já morreu.
Às vezes penso se esse lado não sou eu.
Paulo Mendes Campos (Belo Horizonte 28 de Fevereiro 1922 - Rio de Janeiro 1 de julho de 1991) - Foi poeta, escritor, cronista e jornalista brasileiro. Foi um dos mais talentosos escritores da geração mineira, junto com seus grandes amigos Fernando Sabino, Otto Lara Resende, Hélio Pellegrino e outros. Como ele mesmo disse, "fui para o Rio de Janeiro para conhecer o poeta chileno Pablo Neruda, e aqui estou até hoje". Paulo foi um dos que revolucionou o estilo da crônica na imprensa e, com certeza, foi um grande poeta brasileiro.
Pensei uma vez que os deuses são o oposto da morte, mas agora eu entendo que eles estão mais mortos do que qualquer coisa, pois são imutáveis e não podem segurar nada em suas mãos.
Estou morto. Embora ainda se encontre ar em meus pulmões, embora meu corpo se movimente ainda, mesmo que meus sentidos e membros funcionem, estou morto, pois em mim não há mais o brilho nos olhos, nem a paz e o amor que outrora habitava minha alma ali se encontram mais... Portanto, estou morto, ainda que vivo, mas morto.
Algo me diz que a dor de morrer por dentro é maior que a dor de ser morto. Você é corroído, dilacerado a cada momento, com cada palavra e não pode fazer nada. Dentro de você tem uma bagunça, um furacão, um touro indomável. A morte por dentro dói, ela te faz gritar, te faz chorar, sofrer. Ela nem sempre te mata, mais te faz nunca esquecer.
O homem que diz que sabe, já está morto. Mas, o homem que pensa "não sei", o homem que está descobrindo, investigando, que não está em busca de um fim, nem pensando em termos de "chegar" ou de "vir a ser"- esse homem está vivendo, e esse viver é a verdade.
Acelerar faz bem; Que mal tem ?
De tristeza não se morre, sem medo não vive.
Morto já estava , quando sorria para você sentindo sua fria presença, isso me acalma,
Só quero sentir o medo novamente,
Só espero voltar a viver lentamente.
STATUS ATUALIZADO :
Senão houver
Dignidade dentro de si mesmo
Estará morto em vida.
E não se deu conta
Por estar de olhos vendados
E mente fechada
Para a realidade
Do próprio "Eu"
Acorde!!!!
Você é precioso
E merece o melhor e não
O pior.
É honroso para um jovem morto e mutilado em batalha por uma lança de bronze. Em sua morte tudo que fez soa belo.
Paz, paz! Ele não está morto, não está dormindo - apenas despertou do sonho da vida.
O tempo está morto enquanto é marcado por pequenas engrenagens; só quando o relógio para é que o tempo vive.
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