Quanto Vale um Abraco

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Se você quer uma imagem do futuro, imagine uma bota prensando um rosto humano para sempre.

George Orwell
ORWELL, G, 1984, Companhia das Letras, 2009

Sou um alcoólatra que virou escritor para poder ficar na cama até meio-dia.

É melhor não dizer nada do que ter um diálogo estéril e burro em conversas com os bípedes.

Arthur Schopenhauer

Nota: citado em "A Cura de Schopenhauer", Irvin D. Yalom

Eu acho que eu sou um bobão. Ou talvez eu seja apenas feliz.

Kurt Cobain

Nota: Trecho adaptado da letra da música "Dumb"

Você pode me fazer chorar, mas quando eu voltar a sorrir, só um aviso: Cuidado comigo.

O estado nada mais é que um "grande bando de ladrões", uma máfia. Só que muito maior, mais opressiva e mais perigosa.

Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que foram feitos um para o outro. Eles preferem não dizer nada.

Talvez nem me queira bem. Porém faz um bem que ninguém me faz.

Chico Buarque

Nota: Trecho da música Ela faz cinema.

Possuímos em nós mesmos pelo pensamento e a vontade um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea.

Tem muita gente honesta neste país. Só não se identificam para não ficar de fora se aparecer um bom negócio.

Um homem nunca sabe aquilo de que é capaz até que o tenta fazer.

Existe um porre muito antes do álcool. É a bebedeira egoísta e narcisista de ignorar os outros.

Se quiser ter uma vida plena, prenda-a a um objetivo, não às pessoas nem às coisas...

Segunda-feira é um dia mais difícil porque é sempre a tentativa do começo de vida nova. Façamos cada domingo de noite um réveillon modesto, pois se meia-noite de domingo não é começo de Ano Novo, é começo de semana nova, o que significa fazer planos e fabricar sonhos.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica E amanhã é domingo.

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Naturalmente eu sou irritável, naturalmente meu humor não é brilhante, mas de um modo geral sou alegre.

Clarice Lispector
Minhas queridas. Rio de Janeiro: Rocco, 2007.

Nota: Trecho de carta escrita em 12 de maio de 1946.

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Escolha


Eu te amo como um colibri resistente
incansável beija-flor que sou
batedora renitente de asas
viciada no mel que me dás depois que atravesso o deserto.
Pingas na minha boca umas gotas poucas
do que nem é uma vacina.
Eu uma mulher, uma ave, uma menina…
Assim chacinas o meu tempo de eremita:
quebras a bengala onde me apoiei, rasgas minhas meias
as que vestiram meus pés
quando caminhei as areias.

Eu te amo como quem esquece tudo
diante de um beijo:
as inúmeras horas desbeijadas
os terríveis desabraços
os dolorosos desencaixes
que meu corpo sofreu longe do seu.
Elejo sempre o encontro
Ele é o ponto do crochê.
Penélope invertida
nada começo de novo
nada desmancho
nada volto

Teço um novo tecido de amor eterno
a cada olhar seu de afeto
não ligo para nada que doeu.
Só para o que deixou de doer tenho olhos.
Cega do infortúnio
pesco os peixes dos nossos encaixes
pesco as gozadas
as confissões de amor
as palavras fundas de prazer
as esculturas astecas que nos fixam
na história dos dias

Eu te amo.
De todos os nossos montes
fico com as encostas
De todas as nossas indagações
fico com as respostas
De todas as nossas destilairias
fico com as alegrias
De todos os nossos natais
fico com as bonecas
De todos os nossos cardumes
as moquecas.

“Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”, diz um provérbio.
Precisamos das raízes: existe um lugar no mundo onde nascemos, aprendemos uma língua, descobrimos como nossos antepassados superavam seus problemas. Em um dado momento, passamos a ser responsáveis por este lugar.
Precisamos das asas. Elas nos mostram os horizontes sem fim da imaginação, nos levam até nossos sonhos, nos conduzem a lugares distantes. São as asas que nos permitem conhecer as raízes de nossos semelhantes, e aprender com eles.
Bendito quem tem asas e raízes. E pobre de quem tem apenas um dos dois.

A compaixão é um profundo desejo de ver os outros aliviados do sofrimento, o amor é a outra faceta, um forte desejo de ver os outros felizes.

Um dia você usa de tanta indiferença com alguém
que consegue exatamente o que deseja:
ser esquecido.

Quando éramos crianças, chorar parecia ser a resposta perfeita. Hoje, chorar é um desabafo! Às vezes, é a única resposta que podemos dar.