Prosa Amizade
Ela é toda Prosa
E rima com Bossa Nova...
Se você cita uma Cifra
Ela logo te Decifra...
Parece uma Musa
Dizem que não Anda
Só Desfila...
Na Passarela da Vida
Bondade é sua roupa Preferida...
Da Música
É a Melodia
E faz Refrão
Com o seu Sorrisão...
É Poeta
É da escrita
LOBATO
Não é Apelido...
Ela é Menina
Também Mulher
Seu nome é SCHEILLA
E é cheia de Fé...
Moça que sonha
Lá vai ela toda prosa
Vestida de flor nos cabelos
Não sei quem brilha mais
Se o girassol ou o sol que leva no peito
Lá vai ela com aquele olhar sonhador
Passando por terras ácidas Convertendo em feixe de luz
Essa moça deve ter uma orquestra de sorriso nos olhos E sementes de coragem no coração
Pois mesmo com medos bobos
Não desiste de viver não
Põe fé nos passos e sempre segue o seu coração
E ao cair a noite
Ela seduz a lua e acende um vagalume
Um pouco de emoção
Um pouco de loucura
Viver de sonhos é bom
Por que ficar no chão?
Se ela pode voar até a lua
Poema autoria #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 05/05/2020 às 23:50
Manter créditos de autoria original Andrea_Domingues
Girassóis e borboletas
Lá vai ela toda prosa;
vestida de saia amarela,
tão linda e formosa,
quanto a bela da fera.
Ela dança e rodopia;
tão leve quanto a brisa.
Bem ao longe numa fila,
borboletas coloridas.
Vão vagando em silêncio,
com o barulho do vento.
A fila cresce;
o sol aquece;
entre paz do universo,
o girassol se fortalece.
E ela dança,
divagando pela rua;
com sua saia amarela.
Entre o ritmo da orquestra;
as borboletas fazem a festa.
Quão lindo de se ver;
aquela moça de amarelo,
leva sol no coração
e perfume em suas mãos,
onde em cada estação
faz o amor renascer.
Autora #Andrea_Domingues ©
#Poema todos os direitos autorais reservados ao autor original Andrea Domingues 23/04/2019 às 10:30
Sou prosa... sou poesia
No silêncio da madrugada sou o caos e a bonança.
Sufocada por nova crise.
Dormindo feito criança.
Ora tempestade… ora calmaria.
Às vezes sou chuva tensa… chuva densa.
Às vezes sou sereno o mais sereno.
Sou alegria.
Sou melancolia,
Ora sou paz total.
Ora, guerra mortal.
Sou prosa… sou poesia.
Nesse mar de variação… vivo inteira o meu dia a dia…
Parafraseando Elke Lubitz...
"O sol é prosa
a lua, poesia."
O verão é energia
o inverno, aconchego.
A primavera é esperança
o outono descarrego.
O jovem é afoito, fogoso
O idoso, experiente
é prudente, carinhoso.
O mar é solidão.
O céu imensidão
a terra, criação
a musa, paixão.
Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Mais dia, menos dia
Numa hora escrever prosa
era tudo que eu queria
de maneira religiosa
comparar-te à cor da rosa
pois por rosas você ria
eu tive essa garantia
noutra hora escrever versos
conversar sobre o universo
olhando pro céu você escolheria
qual estrela eu te daria
e então poderia escolher
você quer que eu vá buscar
ou nós vamos morar lá?
de tanto que pode escolher
escolheu ficar distante
se pedisse um diamante
escondido na mais alta montanha
minha vontade era tamanha
até lá eu te carregaria
montada num elefante
a vida seguiu adiante
e eu estou só na noite fria
olhando pro céu e pensando
na estrela que te daria
meu Deus, quando imaginaria
que ainda penso em você
hoje em dia
enquanto escrevo poesia.
Brasil em verso e Prosa
Presenciamos um momento diferente,
veio a guerra e a repressão,
e com ela o crescimento,
na sequencia a inflação,
que corroeu o pensamento,
de mais conforto e segurança,
e só durou por pouco tempo.
Veio a brisa que liberta,
A liberdade exacerbada,
E a censura que acerta
Ao leve riso a gargalhada?
Penso, existo, falo e voto,
Meu poder veio mudando,
Se dirigindo pro que gosto,
Onde o povão vem conquistando,
Eu vou lutando não me encosto.
A economia se acerta,
E renasce a esperança,
mas lá em casa o que liberta,
de “libertas tamem” encho a pança;
de moral me esvazio,
e não encho a criança.
Alegria e alvoroço,
Falo, logo penso, enquanto ainda moço,
Hoje em parte fraco ainda sou,
De certo e não não se enche o bolso,
Meu irmão vai pro comando,
Pra policia, pro governo, capital,
Desgastando, até quando, vou trocando,
Por revolta e por dinheiro a moral?
Compro morte, vendo cultos,
vou vivendo da desgraça,
faço frete, de tumultos,
arruaça em plena praça,
eu reclamo, dez centavos,
mas no fundo quem eu sou?
Se dissipa a fumaça
Minha face não disfarça,
Estou perdido de valor.
Vendo lixo e desgraça,
Traição em plena praça,
A ganância é de graça,
Se corrompe e não disfarça,
Logo cai toda esta farsa,
Pois o tempo ameaça,
Este tempo de pavor.
O dinheiro não será,
Liberdade não verás,
Dia e hora ultrapassar,
Os limites do amor.
E a Poesia virou Prosa
Nasce mais um dia e morre mais uma noite. Mário acabara de acordar, tomou um café forte se arrumou e saiu para trabalhar. Todo dia pegava o ônibus na mesma hora e no mesmo lugar.
Foi quando sua rotina mudou.O elevador de seu prédio quebrou e ele teve de descer do 15° andar de escadas. Belo atraso de 8 minutos. Tão belo que chegou no ponto e nem viu seu ônibus passar.Teve de esperar outro, por mais 7 minutos. Depois, fez o sinal e subiu. Sentou-se na janela esquerda da segunda fila. Apoiando a cabeça contra o vidro cochilou, mas logo uma freiada brusca seguida de uma forte buzina, o despertou. Olhava ,nesse instante, para calçada onde passeava uma graça feminina com uma calça de lycra. Era uma deusa numa bicicleta. Ficou estarrecido, pasmo e torcia para que o sinal jamais se abrisse. Ela andava devagar, todavia quase não dava mais para acompanhar. Ela já dobrava a esquina e sua visão, discreta.
Não sei como, mas por um momento trocaram um olhar penetrante.Era hora. Pulou do assento e foi atrás do gracioso par de pernas pedalante. Porém ao descer na rua, sua pele ficou crua. O atraso antes despercebido se mostrava doloroso, agora. Ela estava com outro. Então, sentou-se na praia aspirando a maresia e viu ir embora a sua diva sinuosa, da mesma forma que esta poesia virou prosa.
Ela é toda prosa.
Um rosto que brilha, um olhar que chama, uma voz que te faz ficar.
Palavras que saem da alma, e perfumam o dia de quem lê.
Ela é toda linda, toda encanto, toda paz. E eu, diante dela, sou todo desassossego.
Ela é toda arte, toda canção.
Ela é toda poesia.
De alma, sorriso e coração.
Princesas e cowboys...
Banco de prosa no canto da praça
Viola a entoar canções sertanejas
No céu, balões a subir
Dançam princesas cirandas de roda
Fogueira queimando, estrelas que brilham
Por sobre meninos, são todos cowboys
Chega a manhã que ara com brilho
Os olhos da cor de esperança
Dos pequeninos
Brincando entre tantas fantasias
Sem saberem que na vida
São todos heróis
Resta e falta...
Resta a orquídea maravilhosa,
com a mais linda cor,
resta um pouco de prosa,
resta muita dor
resta a amizade,
a solidariedade,
a saudade,
a cumplicidade
resta o juramento,
a confiança,
o sofrimento,
a esperança
resta a taça de vinho,
o espaço no edredom,
todo o carinho,
a marca do batom
resta o luar,
resta o mar,
resta a tarde crepuscular,
resta o aperto ao abraçar
resta um nome,
um prosador,
um homem,
um sonhador
resta o palhaço,
o sorriso,
o espetáculo,
o paraíso
resta a atitude,
a ternura,
a plenitude,
a candura
resta a canção,
o coração,
a paixão,
falta-me o perdão
o que resta não falta,
resta uma poesia,
resta a tua volta,
espero por esse dia
ainda é amor,
e nada mais resta,
e se assim não for,
é o fim de uma festa
resta a opinião,
resta a franqueza,
falta tua sedução,
falta tua nobreza
resta a teimosia,
resta a firmeza,
resta a alegria,
falta tua beleza
resta a arrogância,
resta a implicância,
falta tua tolerância,
falta tua elegância
resta a carícia,
resta o carinho,
falta tua delícia,
falta teu ninho
resta a massagem,
resta a gentileza,
resta a mesma mensagem,
"eu te amo com certeza"...
00:31
Desta vez és uma prosa diferente. Gostaria de falar, que você se deixou apaixonar por alguém que adora escrever. E que, ainda bem, que nós somos ilimitados por dentro. Somos um “vazio’’ cheios de espaços, e cheio de coisas ao mesmo tempo. Não vejo meus limites em escrever poesias sobre você. Na verdade, se tratando de você, é como chegar numa sessão de poesia em uma biblioteca. É só caminhar meus olhos sobre você. E tudo se torna tão fácil, porque, no momento em diante em que eu fito meus olhos nos teus, eles me contam segredos quando tua voz não tem coragem. Teu corpo te desobedece quando sente meu toque. Você pode até ser bem racional, mas meu romance consegue tirar você da pista, como um carro desgovernado que passa a cem quilômetros por hora numa curva fechada. O bom é que após perder todo seu controle, não existe penhasco nenhum, não existe fim, nem se quer um ponto final. Após que você passa direto pela curva, tudo que lhe resta é mergulhar no meu romance exagerado.
A poesia
Quer seja em prosa, ou a rimar;
Não passa de um recitar;
Do que se está a pensar!
É de nós tudo entregar;
Feito para consolar;
A todo o desconsolar.
É um pôr A Alma a falar;
Aliada a pensamento;
Para a todos se amostrar.
É fazê-LA combinar;
Todo o SEU contentamento;
Com todo o nosso pensar!
É decente conversar;
Da Almita de certa gente;
Com A de quem A escutar!
É contentar descontente;
É sorrir, que faz chorar;
Ao pôr, triste; contente!
É o mais lindo doar;
Que se pode partilhar;
Com quem bem para ela olhar…
Por só ter Nela bom dar;
Pensamento, com Amar;
Por ter O da Alma pensar!
Com Carinho, a tod@s dedico este pensar
A prosa se alinha com a alma,
no resquício do esquecimento.
lhe apresento novas contradições,
meras adições na solitude, deverás verdade do...
descarrego da vontade, nas alças do sentido
torna se o apogeu de tantas vezes que amou,
abrangendo o luar que se despede da vida.
oriundo de outras dimensões se dá no horizonte...
para tais qualquer amanhecer difunde se outra auroras...
no demais o ocaso translucido por querer viver.
se despede da vida transcendendo o destino...
de repente se vê o amor namorar a paixão...
dando voltas no estrelado mundo de sonhos.
O conveniente ignorado
A sensibilidade vigorosa.
O diálogo além da prosa.
Um lutador em questão.
A batalha pelo pão.
Capaz de se compadecer ao sentimento oposto.
Um semblante fiel estampado no rosto.
Ele e ela, fortemente armados com humildade.
No lar, no campo de luta traz a verdade.
Um pai e uma mãe exemplar.
Preocupa em educar.
Ensinar.
Transmitir os preceitos da honestidade.
A bagagem de integridade.
Caráter acumulado na bagatela da experiência.
Desentortando da vida as pendências.
Humanos falhos e possíveis de necessidades.
Porém sensíveis para elevar suas petições.
Agrega a consciência em devidas ocasiões.
Valentes pelo temor do criador.
Prontos para o amor.
Mas a referida vaidade faz tudo moldado.
O conveniente é ignorado.
Giovane Silva Santos
Devo dizer que sempre preferi
os versos feridos pela prosa
da vida, os versos turvos
que tornam mais transparentes
os negros palcos do tempo, a dor
de sermos filhos das estações
e de andarmos por aí, hora após
hora, entre tudo o que declina
e piora. Em suma, os versos
que gritam: Temos as noites
contadas. E também
os que replicam:
Valha-nos isso.
VANITAS
Só, em silêncio, a inspiração tímida e fria
Poeta... A prosa sai tremulante e inquieta
Rascunhando a estrofe em uma linha reta
De ilusão secreta, dor e suspiro em agonia
Febril, sua o devaneio, amotina a euforia
Bravia a alma grita, palpita, e então espeta
O nada, por fim, quer ser qual um profeta
Iluminado, falante e de alucinada idolatria
Poeto... cheio da minha imaginação cheia
Nascente do meu mais abismo profundo
E desagregada das paredes da teimosia...
Farto, agora posso descansar a cavalaria:
As mãos nervosas e o coração moribundo.
Arranquei-ti-ei pra vida, vivas tu ó poesia!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Se escrever uma prosa pode deixar o escritor mais prosa, se escrever uma poesia ao dia, pode fazer de cada dia, uma poesia...
Ósculos e amplexos,
Marcial
RECADO AOS PROSADORES E POETAS
Marcial Salaverry
Falar sobre prosa e poesia, pode ser realmente um tema interessante, ficando a pergunta: "Existirá alguma diferença entre prosa e poesia?"
Na realidade posso afirmar que todo prosador é um poeta em potencial e vice-versa. O fundamental é que se tenha alma de escritor.
Antigamente essa diferença era bem acentuada, pois a prosa sempre teve um estilo livre para ser escrita, ao passo que, para escrever-se uma poesia, era necessária a observância de certas regras de rima e métrica, que tornavam a poesia quase que um exercício de matemática. Basta que se considere a quantidade de prosadores e de poetas de antigamente (d’antanho fica mais adequado...).
Por essa razão, os poetas eram exclusivamente poetas, e os prosadores mais ainda, dedicavam-se à prosa.
Os grandes autores do passado, sempre seguiram seus estilos. Por vezes fizeram algumas incursões em seara alheia, mas não conseguiram desenvolver-se fora de sua especialidade.
As poesias sempre foram consideradas leitura de elite. O vocabulário dos poetas sempre foi considerado pernóstico pelos leitores não iniciados. As regras poéticas sempre exigiram o uso de palavras consideradas “difíceis”. Para ler-se uma poesia, por vezes exigia-se um dicionário ao lado. Por essa razão, apenas uma minoria mais intelectualizada apreciava o gênero poético. Muitas vezes, sem entender o que o poeta quisera dizer.
Com o correr do tempo, alguns autores começaram a popularizar mais a poesia, trazendo-a ao alcance do público em geral. E assim, as antigas regras poéticas foram aos poucos sendo desprezadas, chegando-se à rima livre. Para escrever-se uma poesia, há que se ter sentimento. Sequer a famosa rima é exigível.
E na verdade, fica bem melhor assim, os poetas procuram em seu interior os temas a serem desenvolvidos. E como tem surgido poetas. E como tem surgido lindas poesias.
Atualmente, pode-se considerar uma poesia como uma mini prosa. Assim sendo, pode-se mesmo dizer que para um prosador escrever uma poesia, basta saber sintetizar sua prosa, e dar-lhe um certo ritmo poético. E, para um poeta escrever uma prosa, basta “inchar” sua poesia, desenvolvendo um pouco mais o tema, portanto prosa e poesia podem perfeitamente ser escritas por um só autor, desde que tenha a sensibilidade necessária para saber “sentir” as pequenas diferenças existentes entre ambos os estilos.
Poesias sempre dão um enlevo maior. Puxam mais para o romantismo. São de leitura mais leve. Falam de amores, de desejos. Também contam histórias breves, com um certo ritmo. São mini prosas. Sempre divididas em versos curtos, e nem sempre rimados. Na poesia livre, não mais é necessário observar-se número de estrofes, e os versos podem ser simplesmente soltos.
Prosas são crônicas. São histórias. São estórias. São temas mais desenvolvidos, que falam de amores, de desejos. São maxi poesias.
Hoje praticamente pode-se dizer que não há diferença nenhuma entre escrever-se uma prosa e uma poesia. Basta que se tenha a alma de escritor, a que me referi acima.
O que se pode apontar como diferença, é apenas uma certa preguiça poetal. Nem sempre um poeta se dispõe a desenvolver seu tema e escrever uma prosa. Nem sempre um prosador se dispõe a procurar sentir em seu espírito a poesia que está dentro dele, e assim, aqui vai um convite aos amigos escritores. Aos poetas, que experimentem descobrir seu lado prosador, e aos prosadores que descubram seu lado poético, eis que o importante é saber explorar o talento de escritor que existe dentro de você.
Dentro da poesia, existem algumas, digamos “especialidades” que observam até hoje regras específicas, como as trovas, sonetos, poetrix (este bem mais recente), alguns temas regionais, como desafio e repentes.
As trovas são como que minipoesias com 4 versos, formando uma estrofe. Os versos devem obedecer rima alternada, devendo-se obedecer uma contagem silábica não totalmente definida, entre 6 a 8 sílabas. Claro que uma trova deve ter um sentido lógico, contido nesses quatro versos.
Os sonetos já são um tanto mais complexos. Devem ser formados por 14 versos, distribuídos em dois quartetos e dois tercetos, com os versos sempre rimando alternadamente.
Versos, são as sentenças que compõe uma poesia, e estrofes, são os conjuntos de versos.
Poetrix, são poesias com apenas três versos, formando um sentido lógico. Não é exigível apresentar rima, mas sempre ficará mais artística uma rima. Podem ser concisas a ponto de apenas 3 palavras formarem um poetrix, desde que contenham um sentido lógico.
Repente, é uma poesia popular, composta de momento, sob um tema apresentado ao repentista, que deve ter muita rapidez de raciocínio, para desenvolver um tema assim, de surpresa, e de repente, fazer um repente.
Desafio, é uma espécie de duelo entre dois repentistas. Vence aquele que disser uma quadrinha que não encontre resposta de seu “adversário”.
Dito isto, desejo a todos boa sorte em suas prosas e poesias, e UM LINDO DIA, que pode ser vivido perfeitamente entre prosa e poesia, e cantado em prosa e verso...
Prosa de um Escritor: Comentários e Desabafos…
Sou um apaixonado pela leitura, pela boa arte, principalmente a brasileira, seja a interpretada em palcos, seja pintada em quadros e/ou couro, esculpida em madeiras ou em pedras, mas, especialmente pela música: se for MPB ou uma moda de viola, melhor ainda!
Mas, confesso: me dei conta de que não sou um artista de sorte apinhada!
Sou homem caseiro, de meia idade, não gosto de viajar distâncias demasiadas longas, também, nem curtas: não gosto de idas a lugares que sei que corro o risco de nada de prestante venha me somar, se há um incomodo que jamais me importei, são os que me trazem meus familiares ou uns poucos amigos.
Meus pares, em especial, não me apetecem quando se acham incumbidos de me darem palpites e conselhos, e é o que mais me pedem e, geralmente, independentemente do assunto, na grande maioria das vezes, me esquivo e assumo: não, me agrada opinar quanto a temas que são de fórum íntimo, seja para quem quer que seja!
E, quem bem me conhece sabe disso!
Admiro-me com o fato de não raro, receber em minha casa uma ou outra visita para dizer-me sobre quais temas devo ou não escrever ou simplesmente para tecer uma ou crítica, tomando meu tempo e perdendo o dele: muitos chegam a me encomendar uma poesia, prosa, uma mensagem para um seu amor ou ente querido, muitas vezes, gravemente enfermo, como se palavras o fossem dar a cura!
Na verdade, me incomoda perder meu tempo em receber pessoas que se creem músicos e vem em meu descanso me apresentar suas composições musicais e, na maioria das vezes, pra meu desespero, geralmente um Funk, e outros, de diversificados, estilos, mas, considero que, ou bem ou mal, são temas que fazem parte de nossa cultura, mas, no íntimo, muitos compositores e escritores podem ser considerados “doídos”, criando melodias e textos sem sentido, que nada conta ou nos soma em valia.
A expectativa é, num repente, receber à mão, digamos, um “enunciado” contendo uma nova ideia, uma escrita, mesmo sem rima, mas que seja prestante, o que seria uma surpresa, com passagens, que até sejam metafóricas, porém, que tenha excelência, ou pelo menos, seja uma construção literária ou musical que faça sentido, que tenha a capacidade de ter, em sua essência, uma mensagem, ou uma visão estética e instrutiva do tema abordado nos versos ou no desenrolar da prosa.
Como dizem os grandes pensadores: “A inteligência nos livrou da memória”, e isso se deu graças ao advento da criação do “ São Google”, e, voltando aos que me trazem o que produzem, a partir da sua capacidade de criar, para que eu os avalie, penso: “Vamos lá, pois, a princípio, só existem duas formas de se avaliar uma obra, a partir de sua criação: “as fatais e as não fatais à cultura”! As fatais são aquelas que, no excesso de erros gramaticais e que não “iluminam” o leitor, não tem a capacidade de “prender” a atenção e acho isso muito triste, dá a impressão de que os escritos ambicionam assassinar a língua mais bela e sonora do mundo: a língua portuguesa!
Tenho comigo que muitos escritores estão nivelando o bom gosto da boa leitura e a capacidade de criar obras pouco ou nada interessantes, com gosto nenhum e isso tende a colocar a literatura brasileira num patamar que não merece estar!
Saia do casulo
Se torne acessível
Como uma linda rosa
No jardim da prosa
Empreste seu acervo original
A quem por ti procura
Seja a arte do escritor
Mesmo que os espetos lhe causem dor
A vida é joia em forma de espinhos
Às vezes fere
Corta a alma
As vezes reluz, encarece
Quem a ela dá o dom da palavra.
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