Próprio
"Se sentir invejado é bem próprio daquele que não consegue arcar com a responsabilidade do seu fracasso!"
☆Haredita Angel
Quem carrega o coração cheio de cuidado também carrega asas invisíveis, que o próprio Deus sustenta quando as forças se vão.
Nem sempre é preciso fugir para recomeçar; às vezes, o voo começa por dentro, quando a alma entende que é amada e não está só.
Até quando vou aceitar migalhas do meu próprio eu? Se meus objetivos fossem favores de alguém ou ordens do patrão, já os teria feito em um prazo curto.
Uma bela flor
que outrora fora regada
pelas lágrimas de suas dores,
agora, exala o seu próprio amor,
está mais formosa
por ter passado pelo os espinhos
do seu sofrer,
ter ficado mais forte
e, graças a Deus,
ter conseguido florescer.
O mundo real,
às vezes, é tão perigoso
que ficamos no nosso
próprio mundo alternativo
que criamos para sentirmo-nos
mais seguros e menos aflitos.
Quando o amor-próprio se torna profundo, aquilo que for menos se mostra raso e aceitá-lo passa a ser um grande absurdo, um descaso com a própria existência, que faz ignorar tudo que não é amável apenas por carência
portanto, um despertar muito necessário para transformar o mundo particular, provando a prudência de se amar para não aceitar um amor falso ou sem a profundidade suficiente, prestado com pouca vontade, de um jeito negligente,
Amar de acordo com uma visão humana, obviamente, não é algo fácil, muito menos, perfeito, são raros os momentos de amor de verdade, há mais erros do que acertos, da sutileza à complexidade, mas já é um começo a capacidade de amar a si mesmo.
Há pessoas que não arrumam o próprio quintal, não por falta de meios, mas porque é mais divertido reformar o mundo pela janela.
Da mesma forma, os maridos devem amar, cada um, a sua esposa como ao seu próprio corpo. Quem ama a sua esposa ama a si mesmo.
Cada pessoa tem seu próprio caminho, onde a falta de recursos pode se tornar um estímulo, e embora o apoio possa ajudar, o sucesso verdadeiro é uma jornada única, guiada pelo próprio ritmo e estilo.
A escrita é um rascunho do próprio viver, com pequenos fragmentos de pensamentos que se esvaem com o mais sútil sopro de vento, por vezes ocultos em nosso subconsciente. Cada palavra é como um vestígio do que fomos em determinado instante, um eco daquilo que não quis se perder no silêncio. Escrever é capturar o efêmero, transformar o intangível em forma, dar corpo ao que, de outra maneira, se dissolveria no tempo. Assim, cada linha é memória e invenção, confissão e mistério, como se a própria alma buscasse se perpetuar no papel.
Existem pessoas que são carniças pulsantes, infestadas de vermes, esquecidas na escuridão do próprio ser. Ao menor sinal de luz em alguém, avançam como pragas vorazes, dilacerando sem piedade até o último resquício de brilho, apenas para ocultar a imundície que as devora por dentro.
Superar é ato feroz de amor-próprio, pacto diário de sangue e coragem, aliança sagrada com o próprio ser.
Perder fez-se oficina de reconstrução, coletei pedaços e os tornei ponte, atravessei o meu próprio abismo.
O respeito próprio nasceu do enfrentamento, não é soberba, é limite sadio, mantenho nele meus passos.
