Próprio
Ok! Nós mulheres devemos ser independentes, revolucionárias e logicamente esquecermos definitivamente o príncipe encantado.
Mas o que fazemos com as doses cavalares que nos foram introduzidas de romance durante toda nossa vida.
Tudo bem a gente casou, separou, ou seja lá como esteja sua vida, mas quem se esqueceu de "Uma linda mulher", "Diário de uma Paixão", "A culpa é das estrelas", o príncipe de "Como eu era antes de você" e dos vampiros lindos Damon e Stefan Salvatore, Edward Cullen.
A culpa não é nossa, não importa a sua idade, não param de criar Contos de Fadas e de produzirem apenas Homens-sapos que nunca viram príncipes.
Nossa história deveria ser passado, o tempo passou, mas eu a trouxe comigo.
Trouxe e não sabia.
Só a percebi diante da simples possibilidade de reencontra-lo.
Vendo a iminência de um desastre onde tudo parecia seguro.
Já tive tantos Domingos de carnaval em lugares, onde na verdade não sabia o que estava fazendo, mentira sabia sim!
Eu estava "curtindo a vida", ou seja, dormia pouco, ria muito, com ou sem vontade, beijava razoavelmente muito e achava que estava fazendo o certo. Se era certo ou errado até hoje não sei, tudo foi experiência. Na época seguia o dilema não era de ninguém e ninguém era meu também.
Mas, diga-se de passagem eu queria mesmo era dar de cara com um príncipe encantado...
Por quê na vida as vezes "Mexer" uma panela da tanto prazer e faz tanto sentido, que até a filosofia perde a graça.
Algumas coisas a gente só entende de verdade quando acontecem com a gente.
Algumas coisas a gente só entende por que doem, quando o machucado é na gente.
Existem pessoas que nos ferem tão profundamente que perdoa-las ou não parece um detalhe hipócrita.
O mau que nos causaram foi tão devastador que na verdade simplesmente deixamos de nos importar com sua existência.
Não é um caso ao qual temos que nos policiar pelo que lhes desejamos ou não.
Na verdade, essas pessoas deixam de existir e só nos lembramos delas quando sentimos dor, e então lembramos que ainda devem estar vivas em algum lugar e que um dia passaram por nossas vidas.
A verdade é que nos pregamos peças o tempo todo.
Um copo de cerveja a mais, um dia de sol, uma noite estrelada, tudo pode ser motivo para nos inspirar a uma ligação inusitada ao passado sem calcular as consequências no presente.
E aí então somente após todos os resultados definidos, culparemos ou agradeceremos aos anjos e ao destino pelo acontecido, ou não.
Mas até esses resultados, claro redesenharemos todos nossos caminhos e dos a nossa volta, sem nem de longe assumirmos a responsabilidade por isso.
Verdades que nem sempre queremos saber. Mentiras que talvez não sejam tão más assim.
É que o coração depois de certo tempo de vida já não é mais o mesmo, e os "mas" se tornam demais para ele.
E na incerteza, melhor mais um dia de felicidade plena, do que muitos mais sob a ameaça do "mas".
Pessoas passam por nossas vidas.
Algumas deixam uma saudade gostosa, uma lembrança que provoca sorrisos.
Algumas, quando lembramos fechamos os olhos, por que na verdade queríamos poder esquecer.
Por que essas pessoas deixaram espaços, vazios que não conseguimos preencher.
Não entendemos por que partiram, nos perguntamos o porquê, o que fizemos ou não, ou o que poderíamos ter feito ou não.
Não é simples viver.
Encarar a vida, se entregar a cada desafio, a cada oportunidade.
Depois de ter caído, errado e se machucado, abrir o coração é muito difícil.
Não é simples confiar novamente.
A gente até diz que é melhor ser sozinho, que está se auto-conhecendo, e assim tenta se proteger de mil maneiras.
Mas, o problema é que não conseguimos ser felizes assim por muito tempo, por que, por mais auto-suficientes que nos tornemos, nunca seremos uma ilha.
Sempre precisaremos de alguém com quem partilhar, o dia, a noite, as alegrias, as tristezas, enfim a nossa vida.
Então mesmo sem perceber, nosso coração volta a procurar por alguém que o faça bater de verdade novamente.
Pessoas são movidas por diferentes motivos.
É hipócrita quem acredita, que acha que não corre atrás de uma cenoura, assim como o burro na parábola.
E, se realmente não corre, tem motivos reais a lamentar, pois não há mais nada na vida, motivos pelos quais lutar.
Muitas vezes na vida esquecemos quem somos.
Nos enganamos, nos forçamos a acreditar que esgotamos nossas chances.
Quando na verdade, estamos apenas nos escondendo da batalha,seja, por cansaço ou falta de fé.
Hoje, agora, a vida me acordou e me disse é agora,siga!
Faça apenas seu melhor!
Na vida só existem mortos ou vivos.
Portanto, se o seu coração se partir, decida-se rápido qual será sua postura.
Nesse mundo não há espaço para zumbis.
Por mais que a ficção insista, a realidade é única! Ou você sobrevivi ou não!
Tem dias que tudo se torna pesado, que o fardo parece maior do que podemos suportar.
Ao olharmos em volta, o mundo parece só nos cobrar.
Ser bonito, bem sucedido, estar acima da média se tornou parâmetro.
Temos que ser magros, sorridentes, bem vestidos, estarmos bem o tempo todo.
Essa armadura vai se tornando tão pesada que para carrega-la vamos deixando de lado o que temos por dentro.
E nessa busca desesperada pela perfeição, em alguns momentos nos damos conta do vazio que estamos deixando por dentro, de quanta falta de sentimento, de do que realmente é preciso e precioso estamos perdendo.
É nessas horas que percebemos o quanto perdidos estamos, sem saber onde estamos ou para onde estamos indo.
Sabe qual talvez seja um dos erros mais fatais de nossas vidas.
Acreditar em "verdades" que nos são ditas como se fossem nossas.
Permitir ao longo da vida que pessoas nos digam quem somos ou não, e o pior, nos tornarmos a pessoa que nos dizem sermos.
Passarmos a vida sem saber de fato quem realmente somos.
Chega uma época da vida que nossa paciência se esgota.
Sem exagero, parece que fomos contaminados pela raiva, nosso grau de tolerância cai ao nível zero.
Para alguns isso pode ser considerado como crise de pensamento acelerado, crise de ansiedade, ou um dos diversos quadros do estresse.
Na minha opinião, por questão de segurança deveríamos nos dar férias, nos afastar da civilização que substima e é indiferente a nossa inteligência e situação de limite.
A verdade é que toda essa realidade afetou de tal forma pessoas serias e comprometidas, que passamos a ser vistos como loucos.
Dizem que na vida a matemática está em tudo, soa engraçado, mas talvez seja verdade.
Conhecemos pessoas, vivemos histórias que parecem perfeitas, mas que se desdobram no que poderíamos chamar contas dízimas periódicas, contas sem fim.
Melhor dizendo, histórias sem fim, onde nunca encontramos respostas, apenas uma sucessão de resultados iguais.
Sou aquele tipo de pessoa que, modéstia parte, valho muito. E, com toda sinceridade do mundo, não valho nada.
