Poesia de Reflexão
O Propósito da Minha Voz
Minha voz não precisa ecoar por multidões para ser significativa. Não é a quantidade de ouvidos que a escutam que determina seu valor, mas a profundidade com que alcança um coração.
Se minhas palavras tocarem uma pessoa — apenas uma — e fizerem com que ela se sinta compreendida, acolhida ou inspirada, então já terei cumprido meu propósito. Porque acredito que propósito não é sobre números, mas sobre conexão verdadeira.
A vida é feita desses encontros sutis, quase invisíveis, onde uma alma encontra outra e algo se transforma. E se minhas palavras deixarem uma marca, mesmo que pequena, então minha voz terá encontrado seu caminho, seu sentido.
Não preciso de aplausos para saber que estou seguindo meu propósito. Basta saber que, em algum lugar, alguém sentiu que não está sozinho. E isso, por si só, já é grandioso.
Caminhando na Chuva
Na vastidão do ser, o desejo de ser luz,
deixar o corpo se transformar em sol,
de não deixar marcas no chão,
caminhar livre, sem rastros,
apenas a pureza do agora.
Mas, em cada passo,
a chuva insiste em cair,
a tempestade de erros e escolhas
se faz presente, como um peso
que não se apaga,
não se apaga, mesmo no desejo de renascer.
É na dança do fogo da alma
e na chama da mente que busco fugir,
mas a chuva continua, incessante,
como se a dor não soubesse descansar.
E eu, que procuro entender o que fui,
que busco apagar o peso do ontem,
me vejo perdida nas correntes da memória,
nos primeiros erros que me definiram,
e ainda assim, a chuva cai.
Mas então, aprendo a aceitar,
a deixar o vento secar meus olhos,
a me encontrar na calma que vem com o tempo,
na serenidade que surge
não pela fuga das tempestades,
mas pela compreensão de que elas são parte de mim.
E, ao fim, encontro a paz,
não porque a chuva tenha cessado,
mas porque aprendi a caminhar na chuva,
sem medo de ser, sem medo de errar.
A Natureza das Coisas
O curso de tudo acontece sem o controle dos envolvidos, mas há uma força que, de alguma forma, orquestra os encaixes com tanta precisão que nos faz acreditar que sempre esteve destinado a ser assim. A vida se desenrola em seu próprio ritmo, indiferente às nossas pressas e ansiedades.
A natureza daquilo que é – e do que há de ser – ensina que o amanhã pode trazer tudo, ou pode não trazer nada. E que lutar contra isso é como tentar segurar o vento. Há momentos de espera e momentos de transformação. O tempo não se adianta nem se atrasa, ele apenas segue, inexorável, como um rio que corre para o mar.
Cada passo dado é parte de um caminho maior, onde a subida exige esforço, mas também revela paisagens que antes não podiam ser vistas. Para chegar mais alto, é preciso atravessar o percurso, sentir a estrada sob os pés e entender que a verdadeira conquista está no movimento e não apenas no destino final.
A Sabedoria da Natureza: Aceitação e Fluxo
A natureza, em sua imensidão silenciosa, ensina que a verdadeira aceitação está na fluidez do tempo. Como as ondas que tocam a areia, somos convidados a nos entregar ao que é, sem pressa de mudar, sem medo de ser. É na quietude de um momento natural que encontramos a chave para a aceitação – de nós mesmos, do outro e do processo da vida.
Deixando-me Ir
Estou me deixando aos poucos,
como quem deixa rastros no caminho,
sinais de uma despedida silenciosa,
sem palavras,
mas com a marca de cada passo dado.
Estou me permitindo, lentamente,
mergulhar no vazio e no silêncio,
como quem vai,
se entregando ao fluxo da vida,
sem resistência,
apenas deixando o que vem me conduzir.
Seja sempre você mesma, mas nunca a mesma.
Carregue consigo suas virtudes e imperfeições, pois são elas que te fazem única. Mas não se prenda a uma versão fixa de si mesma, pois a vida é movimento, aprendizado e transformação. Permita-se evoluir, expandir-se, desdobrar-se em novas versões sem perder sua essência.
E quando sentir que o mundo ao redor parece desalinhado, que os outros erram em suas palavras e atitudes, que tudo parece fora do lugar, não se apresse em julgar. Antes de tentar mudar o que está fora, volte-se para dentro. Há momentos em que a mudança que buscamos no outro é, na verdade, um chamado para reinventar a nós mesmas.
Reinvente-se quantas vezes for preciso. Não por imposição, não para agradar, mas para crescer. Para se tornar, a cada dia, uma versão mais verdadeira, mais alinhada com quem você realmente é.
Foco também é dizer não!
Dizer não é um ato de coragem. É traçar limites, proteger sua energia e manter o olhar firme no que realmente importa. Foco não é apenas sobre o que você escolhe fazer, mas também sobre o que decide deixar para trás.
Mantenha-se conectada àquilo que te faz crescer. Cultive uma visão positiva que te impulsione, que te leve além. Cada dia é uma nova chance de ser melhor do que ontem, de lapidar sua essência, de construir a melhor versão de si mesma.
Priorize-se.
Valorize seu tempo, sua paz e seus sonhos. A meta não é aceitar menos do que você merece, mas sim reconhecer o seu valor e se posicionar à altura dele.
E, no caminho, lembre-se: foco não é apenas persistência, é também saber quando é hora de soltar, de recusar, de escolher-se.
Olhar não tira pedaço, mas mexer causa embaraço.
Nem tudo precisa ser tocado, explorado ou decifrado. Há coisas que existem para serem admiradas à distância, sem a necessidade de interferência. O olhar pode ser curioso, contemplativo, até mesmo invasivo, mas é no toque – na ação impensada – que se criam os verdadeiros desencontros.
Respeitar o espaço do outro, compreender limites e reconhecer que nem tudo precisa ser desvendado é um gesto de sabedoria. Porque, no fim, o problema nunca esteve no olhar, mas na intenção por trás do movimento.
Nem sempre é a falta de amor que impede o crescimento, mas o solo onde escolhemos plantar nossas sementes. O amor pode ser intenso, dedicado, cheio de cuidado, mas se o terreno não for fértil, os esforços se perdem, e a flor nunca desabrocha.
Aprender a reconhecer onde vale a pena plantar é um ato de sabedoria e preservação. Nem todo lugar nos nutre, nem toda terra nos sustenta. Há ambientes que sufocam, relações que drenam, espaços que, por mais que tentemos, nunca serão morada para o florescer que desejamos.
Então, ao invés de insistir onde nada cresce, escolha melhor o solo. Regue onde há espaço para raízes profundas, onde a luz chega sem esforço, onde o vento não arranca aquilo que você cultiva com tanto carinho. Algumas sementes precisam de um novo lugar para finalmente florescer.
POLIMENTO DO SER
Na jornada da vida, um ser a nascer, como pedra bruta, sem brilho a se ver.
Mas o tempo e a vida com seu cinzel, vai esculpindo a alma, fiel.
As dores e alegrias a lapidar, com cada experiência, um novo lugar.
Os desafios são como o fogo a arder, forjam a essência a crescer.
E assim, a pedra bruta se transforma, em diamante lapidado, que encanta e ilumina.
A alma polida pela vida em ação, reflete a luz da transformação.
Cada faceta, um aprendizado a brilhar, cada cicatriz, uma história a contar.
O ser humano é uma obra em constante evolução, que busca beleza e perfeição.
Que a vida nos guie, com sabedoria e amor, para sermos um dia, diamantes reluzentes a cintilar, beleza do ser a irradiar.
E mesmo quando a noite esconde o céu, a esperança acende um novo anel, pois dentro de nós, a força se esconde, e em cada amanhecer, um novo elo se expande.
Assim seguimos, com passos firmes e serenos, aprendendo com os erros, colhendo os acenos.
A vida é um palco, onde somos atores, e cada ato, uma lição, um mar de sabores.
No "polimento do ser", a alma se revela, em cada detalhe, a vida se modela, com paciência e fé, a gente se encontra, e no espelho da alma, a beleza se apronta.
Que a jornada seja leve e a alma fique em paz, que a luz do amor nos conduza e jamais se desfaça, pois somos diamantes, em constante lapidação, buscando a beleza, a eterna canção.
Hora de parar.
Quantas vezes você já parou para (re)pensar nos seus hábitos?
Quantas vezes, no seu dia a dia, pratica atividades movidas por hábitos que, de tanto serem repetidos, acabam se tornando automáticos?
No auge de uma vida em que pagamos inteligências artificiais para pensar por nós, acabamos desperdiçando a chance de pensar em nós mesmos.
Não percebemos a lógica controversa — e ilógica — que nos faz esquecer de ser quem somos, à medida que atribuímos personalidade, ainda que inanimada, a seres que, por mais irreais que possam ser ou parecer, nos retratam o vazio existencial de pessoas que falam, ouvem e sentem, mas que, talvez por capricho ou vaidade mental, se esvaem em uma realidade inanimada, movidas por seres que, de tamanha fantasia, não extrapolam a barreira mental de seus idealizadores.
Qual seria a razão, ainda que irracional, que nos faz acreditar na métrica de atribuir personalidade a quem de fato não a detém, usurpando direitos de quem, como a gente, fala, ouve e, principalmente, sente?
Seria esse um reflexo de uma realidade que, a cada dia, caminha para o desabastecimento de valores morais? Ou o medo, quase que instintivo, de encarar o outro em sua humanidade crua, imperfeita, imprevisível?
"O homem de uma ideia fixa, causa-me medo.
O homem de uma causa só, causa-me espanto. O homem sem nenhuma causa, causa-me vergonha. O homem sem nenhum propósito, causa-me repúdio. O homem sem valor nenhum, causa-me incredulidade. Mas homem que não é livre de pensamento, não me causa absolutamente nada."
"Nada se tem, quando se nasce.
Nada se leva, quando se morre.
O que se deixa, é quando se vive.
O que se perpetua, é quando se doa."
"...E assim, uma sábia lagosta disse para um siri:
- Não adianta esconder os olhos e camuflá-los pela carapaça. Para se ter uma visão apuradas das coisas, procure andar com os tamarutacas e não fuja pela tangente frente aos conflitos..."
"O que eu era, não sou mais.
O que eu sou, jamais voltarei a ser.
Pois a cada dia, tornamo-nos o que somos agora, nesse momento. E o que somos agora? Somos o que pensamos, e os pensamentos mudam, como os ventos mudam a direção..."
"Outros sonhos.
Outros riscos.
Outras emoções.
Não posso me queixar das minhas decisões.
Quem quer viver outros sonhos, correrá riscos,
sentirá outras emoções e, ainda, inéditos..."
O sábio e o anfitrião
Um homem na sua exuberância e equívoco conforto, na mesa de um bar, com muitas bebidas e com várias pessoas em volta, conhecidas suas, provavelmente, vê um sábio do outro lado da rua e o chama pra se juntar a ele. O sábio, na sua perturbante tranquilidade, aproxima-se, mas nega-se a beber o que é-lhe oferecido, mas reflete por alguns segundos sobre a pergunta que o anfitrião lhe faz:
- Nessa mesa, quem são os meus verdadeiros amigos?
Então o sábio responde:
- Os seus verdadeiros amigos se encontram aqui, porém, não são nenhuma dessas pessoas.
- Quem são, então?
- As bebidas sobre a mesa, essas são suas verdadeiras amigas. Elas te acompanhariam mesmo estando sozinho. E ainda digo mais, se não fosse por elas, ninguém dessa mesa estaria aqui.
O anfitrião não foi mais o mesmo desde esse dia. Concluiu que algumas amizades não solidificam-se com álcool, pelo contrário, são tão frágeis que até um sopro forte as consomem, simplesmente desaparecem.
Tem melhor explicação para expressão: "Dar um tiro no pé", do que o sucesso que faz na sociedade brasileira o hit "Que tiro foi esse?".
Somos carentes de cultura e transbordados de ignorância. Manifestamos por paz e promovemos a violência. Quantos pais perderam filhos por bala perdidas e ainda fazem essa incógnita e perturbadora pergunta: Que tiro foi esse?.
"Agradeço a todos aqueles que não me deram esmola quando eu pedi.
A todos aqueles que me humilharam quando eu estava fraco.
A todos aqueles que me disseram não quando eu pensei que estava pronto.
A todos que duvidaram de mim quando eu não desistir.
A todos os pessimistas que alimentaram o meu otimismo.
Enfim, todos aqueles que me incentivaram a não depender das minhas limitações.
O ser humano só enfraquece na luta quando tem uma mente fraca."
Subitamente confuso
"Tenho tanta coisa pra dizer, tantas coisas que não são muitas tampouco inúteis, mas não encontro palavras, palavras essas que não me encontram - desencontradas são as mesmas que eu disse anteriormente - a mente desfaz o que eu quero expressar. O 'Tudo' se torna um tanto nada e o 'Nada' se torna o quanto tudo. A verdade é tão pequena nessa massa de mentiras. A mentira e a verdade são irmãs siamesas que foram separadas mas criadas juntas. O que eu quero dizer com isso? Não sei. Não sei se omito a verdade ou a escondo, não sei se escrevo verdadeiras mentiras ou mentiras verdadeiras. Estou sem ação. Porém, acredito que essas mesmas palavras escritas são só um conjunto de letras - escritas ou proferidas - são só palavras vagas se não vierem juntas de um sentimento ou de atitudes. Confuso? Confuso estou comigo mesmo, as palavras surgem e somem subitamente, aproveito um descuido da mente, resta-me uma ou duas palavras, não consigo mais e paro... Continuo querendo dizer algo, mas o 'Nada' me vem com tudo e tudo me escapa. Contudo, tudo isso falo mas não me declaro e nem sei mais o que dizer, não estou sendo sucintamente claro, indubitavelmente confuso. A equação das variáveis não expressa matematicamente a minha mente. Mente? A minha não mente, não pra mim mesmo, mas agora..."
Agora...
Não tenho mais nada a declarar.
Fui claro?
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp- Relacionados
- Poemas de Reflexão
- Poemas e textos sobre psicologia que abordam a profissão da mente
- 153 frases de reflexão para ampliar os seus horizontes
- Poemas de reflexão curtos
- Frases de despedida para refletir sobre finais e recomeços
- Frases de Sócrates para refletir e inspirar
- Mensagens de Reflexão