Poesia de Carinho e Afeto por um Menino
o Rio pendura mas não cai.
a mãe grita, com força
“Ô menino venha cá
deixa eu passar o protetor”
o menino volta de lá, do infinito
em pleno regozijo, gritando:
“eu sou livre mamãe, eu sou livre”
Rio de Janeiro, agosto de 2018
menino franzino da mente malhada
olhos atentos e a língua afiada
ouvido macio, alma brilhante
coração colorido, peito cintilante
ohh menino
nas ruas do mundo a quiçá
ohh menino
crê que não se aprisionará
menino no rio nadando com esperteza
vê gente igual vai contra a correnteza
seus olhos atentos faz vê a esperança
buscais lindas flores meio a tanta lambança
ohh menino
não te desanimes com a humanidade
egos são maleáveis
independe de idades
não te cale que não falhas
acreditar na mudança é enfrentar as batalhas.
Bom da vida é o homem buscar a sua sabedoria,
sem perder a sua tão preciosa essência de menino!
Que preserva no seu coração a fé em Deus e a alegria,
de confiar plenamente em quem traça o nosso destino...
Minha força vem dos sonhos que me alimentam,
de todas aquelas batalhas que só eu posso enfrentar!
Não saberia passar pela vida como aqueles que não se arriscam,
e não compreendem que na vida é somente tentando que a gente consegue acertar...
Oh grandioso
Grandioso tu és menino
Teus belos olhos me fascinam
Teu sorriso resplandece
Teu olhar me enlouquece
Seus cabelos ao vento sao de admirar
Tao grandioso es tu
Só deixe eu te cuidar
Tao grandioso será meu amor por ti
Em nosso lar.
A menino se soubesse
Quanto sentimento tem dentro dela
Se talvez ela pudesse
Ela fugiria e pularia até a janela
Que nem ela sabia
O quanto amor nela cabia
Não lembrava o que era alegria
Porque não sabia que em sua vida você surgiria
Ela quer tanto te amar
Mas o medo dela é maior
Tem tanto medo de demonstrar
E no fim acabar só
Ela é pensativa
Se perde em tantos pensamentos
Mas ter você na vida
Espantou todo o sofrimento
Chegastes de mansinho
Como quem seria uma aventura
Ela com o coração desprevenido
Se entregou e o coração perdeu a luta
Hoje ela só quer esse mocinho
Que já deu tela azul,rir e chorar
Entrou e bagunçou seu mundinho
E hoje ela percebe que a bagunça a fez se encontrar
Se vai durar ela não sabe
Sabe que é maravilhoso com ele estar
E que se por acaso acabe
Ela sabe que ele a fez voar.
Hoje vou escrever sobre você,
Menino bonito do sorriso largo,
Olhar doce e mãos fortes,
Abraço que preenche todo meu ser.
Você que joga,
Que faz do teu sonho
O sonho de outros meninos
Que acolhe aquele que não é bem visto.
Partilhei com você meu esconderijo
Com sonhos e ilusões
Todos guardados em caixas
Junto com as velhas canções.
Você sabe ouvir,
Sabe ser e sentir,
Olhos brilhantes cheios de emoção,
Que encantam meu coração.
Menino novo também morre!
conversa sobre peça nova que estragou no caminhão do meu pai. dia dos pais hj pra variar kk
Vontade de voltar a ser menino. Correr, pular, sonhar e voar...
Cair, chorar no colo da mãe até a dor e a angústia passar...
Olhar de menino, perdido no horizonte de um céu azul, pintado de nuances brancas, sob as montanhas que tanto lhe aquecem o coração,
Será isto que foi procurar lá em cima da alta montanha?
Reflexão? Meditação? Ou simplesmente olhar para o seu coração?
Não menina, nada disto! Só estou em meu habitat natural!
Ao te abraçar o meu coração explode
Meu corpo estremece
Minha mente enlouquece.
Ah, menino!
Quando nossas almas se colidem, um big-bang acontece em meu ser.
Menino do interior
Deixe-me de pés descalços sentindo a argila entre os dedos.
Quero apenas jogar futebol com os amigos sem pensar em ganhar milhões.
Não me importo com as mãos sujas na terra preta, o importante é que sou um bom motorista de carro feito de lata.
Deixe-me sentir o vento batendo no rosto e encher meu peito de ar puro, que vem temperado com o cheiro de flores e mato molhado.
Os meus ouvidos querem apenas ouvir as árvores balançando e dançando ao vento.
Quero ouvir o lindo canto dos pássaros.
Deixe-me correr, correr até cansar, até se me molhar de suor.
Depois me refrescar ao mergulhar nas águas límpidas de um rio aqui perto.
Deixe-me sentir o sol.
Sei que está chovendo, então vou dançar na chuva, pular, correr, deitar e rolar, para chegar em casa todo molhado, receber uma reclamação e até uma surra, mas depois vou tomar um chá que mamãe preparou para eu não resfriar.
Agora, deixe-me dormir, porque amanhã ao acordar não tenho nada com o que me preocupar a não ser brincar.
Deixe-me sonhar, sei que não é possível fazer o tempo voltar, mas posso dizer: Tudo isso eu já fiz, porque fui criança no interior.
BALEIROS
Que saudade dos meus tempos de menino...
Hora eu estava brincando ou estudando...
Hora estava vendo um baleiro girando...
Hoje as balas giram no tambor de um revólver...
Quando menino, eu vibrava quando achava uma bala perdida na rua...
Hoje são as balas perdidas que acham os meninos nas ruas...
Para onde caminha a humanidade?
Provavelmente para algum lugar que eu não gostaria de estar...
Mas o que é isso menino,
acha que sou desinformada,
mulher sozinha em desatino
que vive de ilusão e mais nada ?
Pare com essa sua afirmação,
sou é muito bem resolvida,
faço personagens por convicção
para deixar a vida mais divertida
A ninguém firo ou prejudico,
sou uma simples poeta,
gosto de cantos e gritos,
nos versos que são minha meta
Sei muito bem onde sigo,
para que, porque e muito mais,
não gosto de brincadeira comigo,
levo a vida a sério e em paz !
No dia 5 de julho,
Faltavam 5 dias.
Ela saiu pela porta da escola
O menino a chamou
Ela sorriu, e não via,
Mas na esquina uma flor caiu.
No dia 6 de julho,
Faltavam 4 dias.
Ela saiu pela porta da escola
A amiga a chamou
Ela olhou, e não via,
Mas na esquina, uma senhora passou.
No dia 7 de julho,
Faltam 3 dias.
Ela saiu pela porta da escola
O professor a chamou
Ela parou, e não via,
Mas havia um cachorrinho na esquina.
No dia 8 de julho,
Faltavam 2 dias.
Ela saiu pela porta da escola
O mesmo menino a chamou
Ela chorou, e não via,
Mas havia um casal na esquina.
No dia 9 de julho,
Não faltavam dias.
Ela saiu pela porta da escola
Ninguém a chamou
Ela atravessou a rua, e não via,
Mas um carro em alta velocidade vinha,
E a atingiu.
No dia 10 de julho,
Todos queriam mais dias.
Ninguém saiu pela porta da escola
Ninguém foi para a escola,
Eles estavam na Igreja, vendo uma grande caixa preta.
O menino, a amiga e o professor choravam,
Porque naquele dia não chamaram,
A menina que não via.
Um menino encontrou seu parque de diversão, mas ficou com medo de brincar.
Então, pensou se enfrentava ou partia. Fez do seu olhar um novo mundo e que mundo de incerteza, de dúvida, de medo, de insegurança.
Em seu coração estava seguro com o que queria. O problema se deu quando ele percebeu que há muito tempo não havia manutenção (os brinquedos balançavam com o mais simples vento que vinha do horizonte).
A dúvida diretamente cresceu do parque e indiretamente mexeu em seus pensamentos.
Hoje o menino cresceu e não sabe se fez a melhor escolha. O medo de machucar-se foi maior do que a vontade de brincar.
Os ventos mais suaves gritam o lado escuro do nada, que despertam a incerteza e a consequência pode ser nefasta, simplesmente por não viver a verdadeira felicidade dentro do propósito ora estabelecido nos céus.
<O menino quase invisível>
De tão leve naquela noite, parecia voar por entre os carros...
Bailava pelo asfalto feliz, como se estivesse no teatro municipal.
Seu corpo parecia flutuar pelas calçadas manchadas de dores e silêncios enormes.
Marchando solene pela madrugada seguia calado, silenciado, parecendo cansado de estar sempre em modo repetição... Exausto! Era como se sentia quando se deitou na porta da padaria naquela noite.
Assim como fez praticamente todos os dias de sua vida até ali, (treze insólitos dias),
com as mãos trêmulas e sujas do pó do asfalto,
arrastou-se lentamente, e rastejando puxou para o seu lado uma latinha de metal encardida (dessas de refrigerante)
que qualquer criança compra na vendinha da porta da escola.
Acendeu com dificuldade o isqueiro,
que por diversas vezes naquela noite o aqueceu.
Rodou a carretilha do isqueiro como quem brinca de roleta russa.
Riscou a pedra do isqueiro como quem puxa o gatilho de uma arma na direção da própria cabeça.
Aquele projétil foi o último. Aquela pedra foi a última.
Quando voltou do transe o trânsito já estava complicado...
Buzinas, carros por todos os lados, pessoas caminhando apressadas e o olhando atravessado como se ele fosse um bicho e prestes a atacá-las.
Ainda meio sem saber aonde estava, espreguiçou-se lentamente, por duas vezes seguidas. Logo após isso, deitou-se novamente sob a marquise. E apesar de ser ainda uma segunda-feira nem se importou! Não teria mesmo de ir para a escola.
E antes que pudesse voltar a sonhar novamente, foi enxotado às turras e a vassouradas pelo dono da padaria, que além de uma caneca de água fria, atirou-lhe também dois ou três pães dormidos.
A sua sorte era tudo o que lhe restava. Tomara que só lhe atirassem pão e água; paz, cama e teto ele já tinha desde a inauguração daquela padaria, há uns três ou quatro anos atrás.
E só pra constar... as vassouradas diárias do dono da padaria era a sua
Odair Flores
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Nega véia, as cadeiras requebrando e seu pito pitando, no menino deu pito, por causa do apito que ele vivia apitando...
odair flores
Quanto custa seu tempo?
_ Um menino, com voz tímida e os olhos de admiração, pergunta ao pai, quando este retorna do trabalho:
_ Papai, quanto o Sr. ganha por hora?
O pai, num gesto severo, responde:
_ Escuta aqui meu filho, isto nem a sua mãe sabe. Não amole, estou cansado!
Mas o filho insiste:
_ Mas papai, por favor, diga o Sr. ganha quanto por hora?
A reação do pai foi menos severa e respondeu:
_ Dez reais por hora.
_ Então, papai, o Sr. poderia me emprestar três reais?
O pai, cheio de ira e tratando o filho com brutalidade, respondeu:
_ Então essa era a razão de querer saber quanto eu ganho? Vá dormir e não me amole mais, menino aproveitador!
Já era noite, quando o pai começou a pensar no que havia acontecido e sentiu-se culpado. Talvez quem sabe o filho precisasse comprar algo. Querendo descarregar sua consciência doída, foi até o quarto do menino e, em voz baixa, perguntou:
_ Filho, está dormindo?
_ Não, papai! (respondeu sonolento, o garoto);
_ Olha, aqui está o dinheiro que pediu, três reais.
_ Muito obrigado papai - disse o filho.
Levantou-se, retirou mais sete reais de uma caixinha que estava sob a cama e disse:
_ Agora já completei, papai. Tenho dez reais. Poderia me vender uma hora de seu precioso tempo?
Lembre-se papai e mamãe, o seu filho precisa de qualidade de tempo e quantidade de tempo.
Eu e Apenas eu-
Sim, este sou eu
Sou eu esse menino frágil
Sou eu esse menino sentimental
Sou eu esse monte de falha
Sou eu, e me sinto mal
Eu não pedi pra nascer
Eu não pedi pra crescer
Eu não peço pra ser julgado
E muito menos mal olhado
Dói ser eu...
Dói ser diferente
Dói ouvir que tudo tudo é drama
Dói não ter ninguém
pra dizer que te ama
Em fim, sou eu e apenas eu
Nunca digo que estou mal
Mas sempre faço o bem
E mesmo quando
me afogo em lágrimas
Não espero a ajuda de ninguém.
O pão que mofou lembrou
O vovô que morreu
E o menino que não comeu.
O cheiro que exalou deixou
Tristezas no menino que não tem
A fórmula mágica desse bem.
Menino curioso investiga
Descobre o segredo do pão
Trocando a tristeza pela emoção.