Poesia Agua de Mario Quintana
Média
A manteiga dá o sal,
o pão amansa a fome,
a rua vira quintal...
Mas a média é sempre fria
(mesmo que fervente)
Quando servida
por um estranho
a uma mulher de pé,
sozinha,
na padaria.
(Verônica Marzullo)
Não se preocupe comigo
sei me cuidar
talvez eu não saiba chorar
é que nasci sorrindo
mantra de mãe que adota o filho
e logo que nasce aprende a viver
a vida vicia,
tanto quanto coca-cola
barbaridade, tchê,
não quero morrer...
" Sombras de alheios,
aviões de guerras
lutas pelas terras
uma confissão
o poder na batuta,
da capa do ancião
e o medo covarde
insano medo
atropela até o amor
sufrágios, latidos, cães
ávidos pelos potes de ouro
que abundam dos nossos tesouros
impostores,
seus amores são ridículos
aposto nas suas inércias, como matriz
de um novo amanhecer...
" Ao poeta que não sou, desejo estudo
para dissipar toda a ignorância
do poeta que eu acho que sou...
" O frio aprisiona
dentro de casa
em roupas pesadas
em cobertores
mas o frio é especialmente bom para mergulhar
mergulhar numa garrafa de vinho
e tudo irá melhorar...
" E eu que de tantas madrugadas, era amante da insônia
não acreditava mais no sonho
a vida por um fio, a esperança abandono
e vem o sol me acordar e dizer
levanta, há vida lá fora,
vem ver as luzes de um novo amanhecer...
" Apenas o que cabe nas mãos
a paz, o pão
a benção
o clamor
os sentidos e calos da vida
as lutas,
vitórias e derrotas
os afagos do amor
o abraço carinhoso da filha
é só o que quero
apenas o que cabe nas mãos
o que é meu
e de mais ninguém...
Na beleza de todos os trajetos
na ternura de jamais sermos sozinhos
na confiança que são, todos os passos,
adiante, precisos, e certos ...
o que lhe compreende a confiança de se estar certo?
A vida, tão imprecisa e incerta, mas ela é sem margem à qualquer dúvida: viva, certa... e nela, tudo é "certo"!
E lá vamos nós nesse barco, entre traços, linhas, letras, vagas, versos, além das entrelinhas e "entreversos". E talvez há tanto a se ampliar, "entretextos", "entresilêncios" e outros tantos "entres" nesse mar infinito. Mas, vamos... eu, você e eles, nós quem sabe ou ninguém, mas estamos indo ou ficando, sentindo e deixando o fluir acontecer ...
Que venham então, os ares que se abrem entre céus sem mais horizontes e algumas nuvens a dissipar-se!
Caminharei pelos teus reinos porque já não bastam os cumprimentos e apertos de mãos...
Quero mesmo é saber que não sei!
Não basta ser pássaro
a vida pede mais
se faz orquestra
saúda-nos num coral
diversos tons numa tela
que nos convida
a semear!
As aparências enganam sim,
o roto retalho que somos,
fica entre as nuvens dos olhos
que nos alcançam.
É preciso mais que olhos,
é preciso alma,
é preciso ir além
desse "eu" recoberto
e encrustado na pele
já tingida por tantas máscaras!
" Eu sou meio da vida...
me criei nas gírias da pobreza,
e sempre valorizei um pedaço de pão,
vaguei por luares perdidos.
fui onde não deveria,
porém nunca me enclausurei,
meus deslizes não mereceram condenação,
mas vivo cativo de lembranças
e ainda espero papai noel, em noites de natal..
Ah!! O tempo
tempo que te dedico
e implico,
quando não fazes o mesmo
porquanto ele, o tempo,
não é nosso inimigo
nem amigo,
ele apenas passa....
" No relento os pássaros cantam e brincam
e tudo ganha vida
quem o tempo tem, passatempo
a beleza dos anos, somados aos risos
de uma vida que segue, rompendo fronteiras
novos horizontes e pessoas
alegres, livres e fortes
alguém planta uma árvore
a criança sorri,
sombra
e nós seguimos o curso da vida,
surfamos ondas,
corremos abraçados
o tempo é de viver
cada amanhã...
Talvez quisesse ouvir sinos tocando
vozes de anjos, ou algo parecido
e esquecemos,
esquecemos a areia da praia
o real
pensando em bocas luxuosas
empobrecemos com vaidades
tantas
os colares de contas
as perolas que tínhamos nas mãos
foram deixadas de lado
a música lembrou a saudade
o vento chamou atenção
bailando pelos becos de nossas almas
moldando no pano do tempo
cicatrizes em nossos corações...
" Se dou crédito ao meu coração apaixonado
ele te santifica, dignifica tanto
que só o encanto pode te traduzir
então és assim, toda liberdade e poesia
num êxtase supremo,
que minha alma sente,
mas não consegue explicar...
ESPELHOS DA ALMA ACESOS
E hoje,
A luz das estrelas da constelação de gêmeos acenderão o brilho dos teus belos olhos castanhos...
...E não me hipnotizarão mais.
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