Poesia Agua de Mario Quintana
A saudade é uma dor que perdura
é ter sede e a água estar impura
é mosca na fruta madura
é espinho que a carne fura
a saudade é um remédio que não cura
é solidão na noite escura
é tormenta que se atura
é uma mancha na pintura
é um lamento,uma amargura
um sofrimento,é uma agrura
é simplesmente dor pura
que atormenta e que tortura
{O Mar}
Sou mar,
sou água e sou sal,
sou só e sou frio.
Sou mar,
sou água da dor,
deserto de amor,
trago a vida e a morte,
trago destino e a sorte.
Quantas embarcações,
meu Deus quantas.
Se foram em minhas águas,
levaram vidas lavadas,
nas águas da triste sorte,
fui eu quem lhes trouxe à morte.
Me lembro daquele barco,
o primeiro que navegou,
lembro de o ter levado,
nas águas, que se afogou,
lembro de ter marcado,
tais águas com mui ardor,
lembro de ter partido,
suas velas levantou,
foi-se ao sabor do vento,
foi-se e me deixou.
Veio o segundo barco,
veio ao natural,
levei-lo por minhas águas,
viagem comercial,
foi vazio e indiferente,
foi naufrágio, pois fui ausente.
A terceira embarcação,
foi em meio à um tufão,
turbulenta a viagem,
marcante de emoção,
mas eu mesmo o afundei,
pelo que me agitei,
não vi-lo à naufragar,
pois o vento à soprar,
minhas ondas à agitar,
não me deixei de encapelar,
o vento então cessou,
já nada posso fazer,
apenas optar,
por lembrar ou esquecer.
Hoje vejo outro barco,
que navega sobre mim,
vou-lhe deixar ir,
para não trazer lhe o fim.
Muitos se foram,
não mais estão à navegar,
estão dentre as águas,
são memórias à recordar.
Não mais quero ser mar,
agora quero navegar,
não importa que eu afunde,
quero dentro em ti estar.
Como mar serei só,
pois não te quero naufragar,
antes ver-te no cais,
apenas à margear.
Assim prossigo,
sempre frio,
só com o vento à papear,
não olhe a ilusória calma,
pois é triste a sorte do mar.
MEIO HOMEM INTEIRO
Meia selha de lágrimas.
Meio copo de água
Meia tigela de sal
Meio homem de mágoa.
Meio coração destroçado
Meia dor a sofrer.
Meio ser enganado
Num homem inteiro a morrer.
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Adoro, sei lá por quê,
esse olhar
meio escudo
que em vez de meu álcool forte pede água Perrier.
Não me prendas, amor
Sou como água
Que sairá por entre
teus dedos…
Não me prendas, amor
Sou, como brisa...
Escapulirei de teus braços
Não me prendas, amor
Sou como a flor
Que embeleza teu olhar
Mas…
Morrerei em tuas mãos
Não me prendas, amor
Enlaça-me com doçura…
No mar dos teus sonhos
No desejo impetuoso
Na profundidade
Do amor...
O amor deve ser como a água pura e cristalina
Eis que meu amor por você é igual a uma aliança, pois ele tem começo mas não tem fim
O amor é como o ar você sentir mas não pode pega-lo.
O amor e como a água que mata a sua sede e torna você dependente.
O amor é como ladrão quando você menos espera ele rouba o seu coração.
OINICSAF
Não me incomoda
se teus pés pisam areia
e que salgas tua boca com água do mar.
Não me peças que fale de vida
nem de vai e vem de ondas.
Não me interessam as conchas que
não vou ganhar, nem que te
fascines com o mar.
Não me incomoda nada ser
e nem ter um sorriso de ontem nos lábios.
Me incomoda saber-me não mais teu cais.
O rio é diferente do lago.
Ele está sempre fluindo, não pode ser estancado.
Sua água, rica em nutrientes, leva vida por onde passa.
Suas reservas nunca se esgotam porque existe uma
nascente que o abastece constantemente de água pura.
Da mesma forma, quando estamos conectados com
a Fonte nos tornamos doadores de bons sentimentos
a todos aqueles que encontramos no caminho.
Não importa o quanto alguém tente obstruir você,
assim como o rio, continue a fluir o bem.
Sou como a água imponente que corre sem nada temer.
Sou como as pedras que rolam pela força das mesmas.
Sou o infinito amor de Deus nas ondas do mar.
A água chia no púcaro que elevo à boca
A água chia no púcaro que elevo à boca.
«É um som fresco» diz-me quem me dá a bebê-la.
Sorrio. O som é só um som de chiar.
Bebo a água sem ouvir nada com a minha garganta.
ALBERTO CAEIRO
Seu coração
Seu coração é o sol ao meio dia,
Água que brota da fonte de água boa,
Você e mais certeira que poesia
De Chico, de Bandeira, de Pessoa...
É livre, como a lua quando brilha,
É leve, como um pássaro quando voa,
É soberana, feito a Estrela-guia,
É suave, como a mão quando abençoa,
Prudente, porque sabe aonde é que pisa,
Você possui a discrição da brisa
E a estabilidade da canoa...
A sua elegância desestabiliza...
Você me desarruma e me organiza,
Por isso, às vezes, sonho, rindo a toa...
Amor,
alimento do faminto,
água pura do sedento,
sol do homem inexpressivo;
conforto do desolado;
indispensável seiva de quem vive.
DEIXE DOER O QUE FOR HONESTO
Quando dói em mim, eu deixo. Deixo doer até a última gotinha de água salgada. Depois ela se vai. A dor não quer outra coisa que não seja exercer sua função: doer. E não é banalizando, embotando as emoções que ela vai deixar de surgir de tempos em tempos. Não sei como dói em você, mas por saber como dói a minha dor, imagino: de tão abstrata, incomoda fisicamente, de tão ignorada ela se humaniza...em nós, no que eram laços, certezas, sobram apenas as mãos entrelaçadas, sem ter onde segurar.
Deixo doer o que for honesto. Deixo alagar meus olhos de chuva, escorrer pelo meu rosto e traçar caminhos sinuosos ou retas perfeitas como fazem os rios. A dor só quer te lembrar que há vida naquilo que você rejeitou porque compunha um outro extremo do que imaginamos ser a felicidade.
Ela quer que você adquira sabedoria experimentando a totalidade...
(Acho que o que mais dói na dor é que ela nos deixa tristes...)
livros são como pingos d'água no deseto, lindo, desejado e totalmente apreciado!
Admiro as coisas belas e simples da vida de um modo singular e louco. Analiso o pérfil de pessoas e cada vez mais tenho a certeza que ver é melhor que dizer.Amo minhas poesias e filosofias de vida,minha psique é meu total mistério(até mesmo para mim). Psicologia é meu robi, meus pensamentos meu tapete mágico. Sou tudo e nada, sou o que acha que sou, menos pra mim! PENSO LOGO EXISTO Sejam bem- Vindos ao meu mundo.
Manhã triste,
tarde amarga,
noite chata,
dia horrível,
mês tenebroso
ano escuro
a água é límpida,
noite fria,
esperança que gela,
tristeza que aquece
alma que turva
Minha vida tão triste caio no choro sem parar, pelas noites afora, mágoas vou afogar, como é duro não se encontrar, talvez, nem consiga, não tenha esta conquista.
mas a vida segue em frente, em sempre, sempre avante, mesmo que com um enorme vazio.
O encontro
Em breve ao encontro daquele mar,
Da transparência,
Do arrepio da água fria,
Dos grãos de areia que juntos desenham pegada,
Ao encontro das gaivotas cantoras,
Maresia é cheiro de coisa boa,
De dia farto de risada,
Olhar a linha do horizonte e só olhar,
Ouvir o silêncio e nele, encontrar um barulinho bom
Espuminha branca marcando território,
Parece colarinho de chopp mas é salgada!
Deitar e olhar o céu,
Ver depois das horas,
O rosa pôr-do-sol,
Receber de brinde as estrelas,
Fechar os olhos,
Sentir o clarão da lua,
Dormir e ver,
Tudo recomeçar...
Os teus Poemas
São muito mais do que profundos os teus poemas
São imagens na água, nas ruínas
São malditos. São perfeitos.
São feitos por mãos divinas
São cósmicos, são rarefeitos.
São palavras que mordem, que têm efeito
é a falta de palavras nas próprias frases
é o que dizes ou o que fazes
é o olhar quase desfeito
Sou tri exagerada. Faço tempestade em copos de água, plástico, vidro, cristal e requeijão.
O que é ser normal? E anormal? Qual a linha divisória entre essas duas coisas? Eu não sei e, pra falar a verdade, não sei se me enquadro nos "normais", acho que estou fora dos padrões da normalidade.
Eu sou o whisky sem água, o fogo ou o gelo... não sou a cura nem o remédio sou o veneno puro, nunca fui solução nem saída, sou o problema, o pior e mais grave deles.
Não sou o conserto, sou o estrago, sou doce mas inflamável... perigo é a palavra certa, tentação é a explicação, tu me temes por saber do risco que é estar do meu lado, te esconde mas me persegue, me evita mas acaba me procurando sempre.
