Poesia Agua de Mario Quintana
O superpoder do Batman é o de ter transmutado a dor de perder os pais em força para combater o crime.
O desejo é o horizonte, aquele que norteia, mas nunca se alcança. Como escreveu Eduardo Galeano sobre utopia como horizonte: eu caminho dois passos em direção ao horizonte, e o horizonte se afasta dois passos de mim. Caminho dez passos, ele se afasta dez passos. O horizonte não existe para que se chegue até ele, e sim para não me impedir de caminhar. E o desejo é o que impede que eu não pare de caminhar. Por isso, o desejo é imortal.
Quem domina o seu mental, domina-o até nas ruas mais movimentadas de uma cidade metropolitana; quem não o domina, nem no silêncio de uma gruta é capaz de fazê-lo.
Não sei qual é a perfeição do leão se me perguntarem. Mas sei que, neste momento, há um leão que é o mais leão dos leões vivos e que, na história de toda a espécie leonina, há de haver um exemplar que atinja a maior perfeição da sua raça.
A vida em abundância não é a vida do excesso, do desperdício, da perda. A vida em abundância é a vida da suficiência.
O movimento marxista, sem a força dada pela coerência, acabou por obter uma coerência conquistada pela força.
Apesar do peão ser a peça mais fraca do xadrez, ela pode se transformar até numa rainha, que é a mais forte, se perseverar até o fim.
Queixar-se do destino é blasfemar. Conformar-se com o destino é blasfemar. Amar o destino para superá-lo é a mais nobre de todas as orações.
O sentido da vida é torná-la plena de propósitos sadios, de convivências prazerosas, de desejos viáveis e de partilhas afetivas.
A expressão mais inteligente, mais forte que existe para criar renovação, reinvenção, inovar a vida, inovar a capacidade e reforçar é a expressão: “NÃO SEI”. É a expressão que inaugura o novo. Aquele que entre nós que incapaz de pensar “NÃO SEI”, ele só repete. Por isso, cuidado com gente que não tem dúvida, essas pessoas não inovam, não reinventa, não revigora competência, só repete...
A índole pacífica e hospitaleira do nosso povo é realmente democrática, mas a inércia, decorrente do analfabetismo, da incultura e da falta de saúde, não lhe permite aspirar à responsabilidade. Aceita fatos consumados, é povo fatalista.
Cristianismo não é uma religião cultural, porque não depende de uma cultura determinada; não é uma religião racial porque não depende de qualquer raça; não é uma religião de casta, de estamento, de classe, porque não depende de nenhum deles. O Cristianismo é a religião do homem concreto, do homem tomado em sua totalidade, e por isso independe inclusive do tempo.
Não se preocupe com o que os outros dizem ou pensam ao seu respeito, confie em si mesmo e serás vitorioso.
A vingança é como duas sepulturas em que a primeira é destinada para quem busca se vingar e a segunda para o alvo do vingador.
As religiões sabem e afirmam que a virtude não encontra infalivelmente na Terra a sua recompensa, nem o vício o seu castigo.
A primeira forma de se libertar da manipulação é desligar os meios de comunicação e buscar descobrir a verdade dentro de si mesmo.
Hobbes disse que o homem é lobo do próprio homem, Rousseau que o homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe, Voltaire que homem é bom, mas a sociedade o muda, afinal, quem muda de fato? Se pra viver em sociedade o homem deve se moldar ao sistema posto, logo quem muda é o homem, a sociedade apenas segue sendo a representação da vontade humana que Schopenhauer disse brilhantemente em uma de suas obras.
Os exemplos de homens que não podem em estado normal vencer seus ímpetos não é suficiente, porque há aqueles que podem vencer. O que se revela aí é uma fraqueza da vontade.
A melhor propaganda é a do ato, e a cooperação só pode impor-se pela prática, assim como a liberdade só se torna prática pela prática da própria liberdade.
Vez ou outra há uma tendência, quando se vai falar em política, de a pessoa dizer: "Ah, não quero falar sobre isso, isso não é da minha conta". Cuidado. A política é da sua conta e é da minha. Partido é uma coisa que a pessoa decide se tem ou não. Política é da nossa conta o tempo todo. Colocar-se como neutro é um ato político. Porque, como a política é a tentativa de acerto de interesses que nem sempre coincidem, colocar-se neutro é ficar sempre do lado de quem é mais poderoso. Se alguém vê um menino de 15 anos disputando uma bala com um menino de 5 anos e diz: "Não vou me meter", bem, já se meteu. Porque ficar omisso é ficar do lado de quem vai ganhar. É claro que o menino de 15 anos tem mais força que o menino de 5.
