Poemas Vinicius de Moraes Patria minha

Cerca de 160137 frases e pensamentos: Poemas Vinicius de Moraes Patria minha

O deleite imaginado é muito maior que o gozado, embora nos verdadeiros gostos deva ser o contrário.

Os acontecimentos políticos humilham e desabonam mais a sabedoria humana que quaisquer outros eventos deste mundo.

Fica provado que uma inovação não é necessária quando se torna demasiado difícil implementá-la.

Fazemos ordinariamente mais festa às pessoas que tememos do que àquelas a quem amamos.

Se não estás disposto a matar aquele a quem pretendes odiar, não digas que o odeias; estás a prostituir tal palavra.

Uma boa recordação talvez seja cá na Terra mais autêntica do que a felicidade.

A verdade é tão simples que não deleita: são os erros e ficções que pela sua variedade nos encantam.

É tão fácil o prometer, e tão difícil o cumprir, que há bem poucas pessoas que cumpram as suas promessas.

Para não corar diante da sua vítima, o homem, que começou por feri-la, mata-a.

É mais fácil cumprir certos deveres, que buscar razões para justificar-nos de o não ter feito.

A ignorância dócil é desculpável, a presumida e refratária é desprezível e intolerável.

Os homens geralmente preferem ser enganados com prazer a ser desenganados com dor e desgosto.

Os conselhos dos moços derivam das suas ilusões, os dos velhos, dos seus desenganos.

As obras de caridade que se praticam com tibieza e como que a medo, nenhum mérito, nem valor têm.

As pessoas importantes fazem sempre mal em se divertir à custa dos inferiores. A troça é um jogo, e o jogo pressupõe a igualdade.

Há tantos vícios com origem naquilo que não estimamos o suficiente em nós, como no que estimamos mais.

A igualdade repugna de tal modo aos homens que o maior empenho de cada um é distinguir-se ou desigualar-se.

A imperfeição é a causa necessária da variedade nos indivíduos da mesma espécie. O perfeito é sempre idêntico e não admite diferenças por excesso ou por defeito.

Frequentemente tive a ocasião de observar que quando a beneficência não prejudica o benfeitor, mata o beneficiado.

O apetite do privilégio e o gosto da igualdade, eis as paixões dominantes e contraditórias dos franceses em todas as épocas.