Poemas Vinicius de Moraes Mulher Aries
Vejo teu sorriso cativante que me deixa radiante.
Nem por um instante me deixe ficar sem um sorriso teu.
coisas boas geralmente acontecem quando tudo está dando errado.
Erga a cabeça, agora!
pessimismo é a ruína da alma!
Plante com alegria e se alegre com a colheita.
Tão lindo quanto sol, o brilho do seu olhar.
Me cativa facilmente ver teus olhos.
Os meus olhos marejados são os mesmos de um marinheiro que econtra o porto.
O sentimento são quase impossíveis de descrever: Suor, frio, calor, medo, alegria e centenas de outros.
Ela é linda;
Linda ao ponto de conseguir ofuscar tudo e todos ao redor quando minha visão está focada nela.
Ah, e a sua beleza não chega nem perto de suas qualidades.
Mude posição para ser valorizado!
Às vezes, a gente não se sente valorizado porque estamos no lugar errado. Pense em uma garrafa de água: no supermercado, ela custa R$1,00; no sinal, R$2,00; e na praia, R$7,00. O valor muda conforme o lugar.
Na sua vida profissional, é igual. Se você não se sente reconhecido, talvez não seja por falta de habilidade, mas por estar no ambiente errado. Mudar de lugar pode fazer toda a diferença.
Você tem valor. Às vezes, tudo o que precisamos é ter coragem para mudar de posição. Lembre-se: você merece ser valorizado. Se valorize e busque o lugar que reconheça isso.
Um dia você vai parar , pensar e entender tudo que você está passando hoje,pois a vida ela é feita de altos e baixos de alegrias e tristezas , por isso eu te peço,
não desista.
Frases do vini
Águas claras caindo no chão pés descalços sob a elevação.
Dedos sem pontos unidos meus braços abertos além disso.
Estéril fuga um aceno estirado na fileira esquecida estirpe.
Noite toda barbárie gota a gota mortalmente o resoluto feri.
Rescente reacender luminar frequente sob luar estimando-se.
Cego afundará reluz espero sonhar completo refletindo espiral.
Bel-prazer adianto o inevitável o querer sem definição real.
Interceptações e negligênciais degradam a rua dentre mortais.
Brusco atirar flecha e fogo foi morto sem espectador absorto.
Ingrediente constituído sem ler o manual o listrado pijama.
Conto primeiro se despede-te fronte ao pátio protesto vigorou.
Obnubilação mestre rei e guardiã clara luz que vem logrando.
Aflora sementeira irrigando-se a passo curto prazo puro.
Ajeita sexta respectiva pinça valente balanceando o centrista.
Romancista emigrando de tempo a porta a verdadeira vida.
Parte 1
Eis me aqui juntando os meus últimos
fragmentos.
Enfim tardou-se e não encontrei o bom
contentamento.
Mais e agora o que será do meu corpo carne e
osso?
Moldando na terra um inteiro juntando dois
pedaços.
Avistei o sinal no trilho seria um lugar de
descanso pacífico?
Cai a noite saio andando cego e mudo na cidade
que princípio.
De longe reconheci o teu aroma de vidro e água
transbordando.
Meu irmão coroado rei obviamente eu o barro a
terra e marte observei.
Não quero ir embora sem antes lhe buscar o mais
belo estandarte.
Mais tu se foi com o passar como um vento forte
de dezembro.
Virei um solitário e por medo sair voando rumo a
um abraço acalento.
Deveras eu busco qual instante a boca calou-se
dizendo: basta!
Meu senhor calante servo nos encantou com uma
harpa.
Nas bruscas ainda feito vinho amargou sem
defeito.
Foi meu peito afogando-se nas rasas águas de um
algibe corrompido.
Agora dei-me teu veneno na boca com três gotas
eu me deito.
Serei a sitilante flor da tua raiz fertiu: Um deleite
serei!
E eis-me aqui para assistir teu crescer salinte
outra vez!
Pra mim ouvir o cantar o som de quem me abriu o
portal do invisível.
Abaixo um castelo tijolos escadas e mil quadros
imersivos.
Naquela subida montanhosa vem vindo se
aproximando um brilho.
Solte-me destrave as correntes ao sair desse
portão.
Viva minha liberdade enfim liberto dessa rápida e
ante-sagrada vermelhidão!
Sou o vento um suspiro no fim do mangue
escurecido.
Vivendo por um fim que não ganhou fim nem
finalmente.
(continua...)
Parte 2
Brilhará as luzes sobre teus cabelos brancos
molhados.
Assim caiu e arruinou o último do favo de mel
dourado.
Afundei a terra descalço pois pisei sobre uma
folha salgada.
Dedos sem pontos a se descolorir meio a meio
numa paisagem.
Beijo que arde os poros dilatados de ser um ser
vivo.
Menina de luz caiu pelo chão sem perecer do rio
nenhuma palavra.
Esqueço e me apavoro diante dos meus apagões
grisalhos.
Uma lágrima para você enxugar ao te ver sumir na
raia.
Nem o andorinha quer ser tão mais minha
esquerda na praia.
Oh justiça do querer que prendeu o meu sentir
desse amor.
Assim deus cria um teste se for tão longe ter todo
esse rigor.
Arranho a mesa enquanto a vela acesa na beirada se
derreteu.
É doce morrer de sede em frente ao mar azul
pulsante sussurrei.
Pois no fim aquilo era obra de um imã de serpentes
um lagar.
Proteção ao meu querer realiza-se um fixo
trancar-viar.
Esqueço fitas de madeira e fixas chamas nesse longo deslumbre.
Virarei os poços de sangue que você se mantém sempre tão submersa.
Sei que meus pais vão dizer ao ser que era outora um
casulo.
Bem feito escritor se despiu da vida vivida num
papel obtuso.
Morri de querer ser além do ser, que é além do
meu ser, um tudo.
Quem costuma caminhar,
Não para em qualquer ladeira.
Sei que a vida é passageira
Da busca por um lugar
Iluminado pelo destino.
E sendo eu, ainda menino,
Escrevi – sem mais tardar –
Versos, outrora, medonhos:
Não me queiras viver teus sonhos,
Pois só sei me representar.
Profundezas
Eu tô cansado de águas rasas,
de passos curtos na beira do mar,
de conversas que evaporam no vento
sem nunca chegar a um lugar.
Quero mergulhar em oceanos,
sentir a correnteza da alma,
descobrir segredos guardados
onde a superfície se acalma.
Quero pessoas inteiras,
com luz e sombra a brilhar,
com histórias que falam de vida
sem medo de se revelar.
Não me venha com meio sorriso,
com frases feitas, vazias no ar.
Quero a verdade nos olhos,
um mundo inteiro num simples olhar.
Em algumas cenas da vida,
Os diretores (consoladores) insensíveis, dizem:
Finja! Você é ator.
Seja forte na fraqueza;
Quando ferido, não sinta dor.
No caos, mantenha a calma;
Sustente, na tristeza,
A máscara do sorriso
Que é o eufemismo
Da alma.
Ainda que use flores artificiais,
Você não as poderá regar todas as manhãs;
Ainda que se alimente de sabores artificiais,
Nunca os poderá colher em pés de uvas e maçãs;
Ainda que se criem versos artificiais,
Eles nunca sairão de um coração.
Compasso
Vasculho pelo lago
traços de meu reflexo que,
Malgrado o aparente nada,
Trepidam,
como que conscientes
de um Primeiro Motor que,
a cada compasso,
conduz o nosso comportamento,
conquanto pensemos estar livres.
Ô cólera
Por que razão te compraz sentir tanto ódio?
Tão facilmente mergulhas em águas ociosas
perambulando por cenários de descomedida cólera,
onde anseias por justificar,
em meio a razões inóspitas,
o seu ódio infundado.
Deixas, por fim, este caminho sinuoso,
assim como um rio que,
a todo momento,
já não é mais,
pois tudo passa, efêmero que é,
e deixa de ser.
Eu estou triste. Perdi meu grande amor, não por deixar de me amar, mas sim por não ter sido no momento certo desse amor existir. É difícil aceitar que você tem que se separar de algo que te traz felicidade, te faz crescer, te mostra que a vida é muito mais do que você pensava e ensina que você pode ser amado quando não tinha mais esperança de conseguir isso. Perder algo assim faz você se sentir impotente, frustrado, insuficiente, bagunçado, pois doí, mas também demonstra a força que ela possui, até porque você não é o único que está perdendo algo e não sabe como foi difícil para quem teve que tomar a decisão.
Amar não é simples, vão haver milhões de motivos de querer se separar, como também vão haver milhões de motivos de querer estar junto, nunca vai ser uma equação exata, existem muitas variáveis que podem mudar em um instante o que se sente, como se sente e porque sente. Mas, ao mesmo tempo, não viver essas variações faz você perder o sentido de estar vivo, como viver sem amar, sem sentir a dor de perder um amor, mesmo estando triste te faz sorrir ver aquela pessoa que se ama bem, você ainda se sente triste de não ser você ao lado, mas feliz de saber como seu amor está bem.
É muito estranho estar ao lado e sentir falta e muito gratificante por saber que continua ao lado. Que conflito. Amar é lindo e triste ao mesmo tempo, te olhar e continuar vendo esse brilho que fez eu me apaixonar.
Eludir-se
Das vinhas enraizadas
Corria o sangue,
fruto do pecado original,
Sangue corruptível e devasso.
Na gestação, concebeu discursos,
Justificando os vis atos
A seu modo apologético.
Das causas semeou,
Das consequências colheu
Perenes infortúnios.
Baldado o coletivo,
apelava à autocomiseração.
De si lograria, ao menos,
nem que ínfima simpatia.
O paraíso não está aqui.
Conflituosa escrita
Seguro em minhas mãos um cilindro afunilado vermelho. Com ele percorro as alvas páginas listradas de um diário anônimo, lançando mão de palavras alvejadas de valor. Seu comprimento se estende para além do alcance de minha mão, embora metade do corpo cilíndrico afigura-se circundado por esta, cuja pegada firme não é possível testemunhar, salvo os momentos de afetada intencionalidade: o montante que permanece da vontade subjugada pela mente, que flui sob luz de pensamentos descomedidos.
Flor de lótus
Envolto por uma redoma percebo estar.
Refratam-se os raios de luz que,
ao tocar a borda,
se voltam para os materialistas que aqui vivem,
e cuja visão meu espírito deixou-se apegar,
pois, contrário ao que era aparente,
não havia livre arbítrio, e eles sabiam,
pois assim o desejavam.
Tudo isso, que jaz dentro da redoma,
me acorrenta, iludindo-me,
mas algo me transcende, mesquinho tempo,
para fora dessas paredes cristalinas,
cingindo-me de sensações estranhas,
das quais não me é possível nomear
nem apreender pelos sentidos.
Tudo isso, que jaz dentro da redoma,
turva minha visão, desnorteia-me,
como uma flor de lótus,
mas em guarda me ponho,
ávido por mais uma vez
pôr os pés naquele mundo das ideias,
pois apenas lá meu espírito edifica-se
e permite-se enxergar
aquilo que de belo nunca pôde ver.
Da caverna quero sair,
em busca da verdade.
Sensações
Arrebata-me a visão
tonalidades infinitas de cores.
Destas, meus olhos
captam a mais pura essência de sua forma.
Não obstante, os sentidos se cruzam,
como se atrelados uns aos outros estivessem.
Assim, uma visão ou cheiro particular
são passíveis de evocar
memórias esquecidas no tempo,
e dessa forma, nos vemos possuídos
por sensações variadas,
cujo caos não nos permite distingui-las.
Imiscuem-se, por conseguinte,
todos os sentidos possíveis,
reavivando memórias, como se,
ao abrir a janela do quarto,
testemunhássemos o desenrolar
de eventos inteiramente alheios a nós,
revelando-nos memórias de um passado
longínquo e nostálgico.