Poemas sobre Vida dos Cangaceiros
Quanta ignorância:
Você não pode me amar, porque somos amigos.
Você não pode se apaixonar por mim, porque somos amigos.
Então!. Tudo bem:
Vou me apaixonar e amar meus inimigos, ou um estranho.
Ao Amor da Amizade
Nada é mais importante que ter amigos.
A amizade é o amor verdadeiro, por inteiro.
Quem pode duvidar do poder de uma amizade?
Uma amizade sincera é a maior prova da existência de Deus.
Imagine o que Ele é capaz de fazer por nós...
Rios atingem seus objetivos porque aprenderam a contornar os obstáculos.
A raça humana atinge os seus, somente quando tem um amigo ao lado.
E ter um amigo ao lado é uma dádiva divina.
Lutar por uma amizade...
É sem dúvida uma briga que vale a pena.
Impossível, sentir-se cansado.
Desistir de uma amizade é desistir do amor.
Infelizmente, os homens estão esquecendo de amar...
As barbaridades insistem em aparecer
Numa ordem absurda... inexplicável...
E cada vez mais intolerável.
Amai-vos uns aos outros.
Mais que um mandamento divino, um conselho.
Os homens precisam compreender a força da amizade.
Verti em seus escritos disse:
O homem cresce quando descobre o verdadeiro sentido do crescer.
Cresce quando aprende a amar.
E nós crescemos muito.
Somente Deus e nós sabemos o quanto.
VIAJAR NO MEU PEQUENO EU
Me encontro aqui, sentada a deambular entre meus ínfemes e míseros pensamentos... sem muito no que pensar
No meio de um nada e em minha constante e feliz melancolia.
Passam-se os anos eu mudo, reviro-me e me reencontro aqui num mar de contrastes...
Mil perguntas passam pela imensidão do meu cérebro, perguntas parvas de respostas concretas e desconjugáveis.
Mudam-se-me os nomes, permanecem-me os apelidos e meus contrastes, me perco em mim... morro em minhas atitudes e ressuscito em meus contrastes.
Outra vez, a mesma sensação... de novo a mesma dor da perda me consome.
o que falta em mim? o que a complicada simplicidade que me rodeia roubou de mim desta vez? Algures perdi algo que não consigo encontrar, mas onde se não sai daqui, encontro-me a séculos nesta mesma monotonia....
Ohhh!!! Agora entendo tudo... é essa monotonia que me consome, me rouba todo nada que consigo... não aguento mais isso!!!!
Mas espera aí!!!!! Que monotonia? Como sei eu que isso é monotonia se não conheço outro estado de vida se não essa latessencia em que me encontro?
ohh! Injusta de mim... condeno-me sempre a um mundinho de desesperos e futilidades úteis... apresso-me a julgar o modelo medíocre de vida numa linear constante.
Mas como posso eu querer ou ainda exigir de mim uma aderência a uma vida mais apreciável se é só esta a realidade que conheço... se minha fraca e fértil imaginação nunca viajou por outros campos se não a oscuridade da minha própria realidade?
Daí me ponho aqui sentada no meio a nada e uma vez mais viajo e percorro o interior do meu pequeno eu, numa corrida lenta e rotineira que não me cansa, e apesar de exausta me alegro com as tristezas que revivo.
O poeta do hediondo
Sofro aceleradíssimas pancadas
No coração. Ataca-me a existência
A mortificadora coalescência
Das desgraças humanas congregadas!
Em alucinatórias cavalgadas,
Eu sinto, então, sondando-me a consciência
A ultra-inquisitorial clarividência
De todas as neuronas acordadas!
Quanto me dói no cérebro esta sonda!
Ah! Certamente eu sou a mais hedionda
Generalização do Desconforto…
Eu sou aquele que ficou sozinho
Cantando sobre os ossos do caminho
A poesia de tudo quanto é morto!
Monólogo de uma sombra
Sou uma Sombra! Venho de outras eras,
Do cosmopolitismo das moneras...
Pólipo de recônditas reentrâncias,
Larva de caos telúrico, procedo
Da escuridão do cósmico segredo,
Da substância de todas as substâncias!
A simbiose das coisas me equilibra.
Em minha ignota mônada, ampla, vibra
A alma dos movimentos rotatórios...
E é de mim que decorrem, simultâneas,
A saúde das forças subterrâneas
E a morbidez dos seres ilusórios!
Pairando acima dos mundanos tectos,
Não conheço o acidente da Senectus
— Esta universitária sanguessuga ,
Que produz, sem dispêndio algum de vírus,
O amarelecimento do papirus
E a miséria anatômica da ruga!
Na existência social, possuo uma arma
— O metafisicismo de Abidarma —
E trago, sem bramânicas tesouras,
Como um dorso de azêmola passiva,
A solidariedade subjetiva
De todas as espécies sofredoras.
Com um pouco de saliva quotidiana
Mostro meu nojo à Natureza Humana.
A podridão me serve de Evangelho...
Amo o esterco, os resíduos ruins dos quiosques
E o animal inferior que urra nos bosques
E com certeza meu irmão mais velho!
Tal qual quem para o próprio túmulo olha,
Amarguradamente se me antolha,
À luz do americano plenilúnio,
Na alma crepuscular de minha raça
Como uma vocação para a Desgraça
E um tropismo ancestral para o Infortúnio.
Aí vem sujo, a coçar chagas plebéias,
Trazendo no deserto das idéias
O desespero endêmico do inferno,
Com a cara hirta, tatuada de fuligens
Esse mineiro doido das origens,
Que se chama o Filósofo Moderno!
Sofredora
Cobre-lhe a fria palidez do rosto
O sendal da tristeza que a desola;
Chora - o orvalho do pranto lhe perola
As faces maceradas de desgosto.
Quando o rosário de seu pranto rola,
Das brancas rosas do seu triste rosto
Que rolam murchas como um sol já posto
Um perfume de lágrimas se evola.
Tenta às vezes, porém, nervosa e louca
Esquecer por momento a mágoa intensa
Arrancando um sorriso à flor da boca.
Mas volta logo um negro desconforto,
Bela na Dor, sublime na Descrença.
Como Jesus a soluçar no Horto!
O Bandolim
Cantas, soluças, bandolim do Fado
E de Saudade o peito meu transbordas;
Choras, e eu julgo que nas tuas cordas,
Choram todas as cordas do Passado!
Guardas a alma talvez d’um desgraçado,
Um dia morto da Ilusão às bordas,
Tanto que cantas, e ilusões acordas,
Tanto que gemes, bandolim do Fado.
Quando alta noite, a lua é fria e calma,
Teu canto, vindo de profundas fráguas,
É como as nênias do Coveiro d’alma!
Tudo eterizas num coral de endeixas…
E vais aos poucos soluçando mágoas,
E vais aos poucos soluçando queixas!
Entre minhas palavras traduzo um contexto
Que nem se interessa em ter fim ou começo.
Eu sou assim mesmo...
Meio cão sem dono,
Sem endereço.
Minha vida é Deus
Não os meus planos.
Entre palavras descrevo fragmentos dos meus pensamentos
Que ousam confundirem-se com meus sentimentos a todo instante.
Ás vezes temos que afastar pessoas de nossas vidas que não nos acrescentam mais, que não nos somam, pessoas que ofuscam nossa visão futura, onde apagando essas interrogações colocamos pontos finais em histórias má sucedidas.
A partir de então começamos a escrever novos episódios de uma nova história e um novo recomeço para nossa vida, nos permitindo uma nova chance de ser feliz, dando continuidade na vida em que segue.
Essas atitudes não significam que tenhamos fracassados ou que temos ódio em nossos corações, apenas nos amamos, lutamos e buscamos o melhor para o nosso bem estar ou seja RESPEITO POR NÓS MESMOS.
Nunca é tão cedo... sempre é muito tarde
Amanhã pode ser tarde
não espere para dizer
Que se arrepende
Que chora toda vez que lembra...
Que ainda ama
Que já perdoou
Que sofre com a saudade
Deixa o orgulho de lado
dê um sorriso para a vida
E corra de braços abertos para o que a vida tem para lhe ensinar!
Na distância vou lembrar de você
Porque de fato, me ajudou a compreender
O valor de uma amizade
Não se pode esquecer
É preciso cuidado
Para não se arrepender
E depois perder.
Perder alguém que a mim
Tanto bem me fez
E tanto faz hoje também
Esse vínculo é do bem
Eu preciso cuidar
Para não me arrepender
E depois perder
Perder alguém que a mim
Tanto quer bem =))
''A distancia entre o amor e o ódio é a desilusão''
E aquele amor de infância, que foi guardado
As lembranças vêm, como um ataque cibernético
Não tem hora nem lugar, vocês cresceram
Cada um seguiu seu destino, sem lembrar
No vazio hostil, cada um no seu caminho
Compartilhando uma egoísta solidão
Sem saber um do outro, foram expostos
A dor de nascerem pela metade
Destino covarde, de longe planejou
Arquitetou um reencontro sem intenções
Marcaram pra sair, estavam ali, novamente
De frente um para o outro, olharam pra si
Encontrou em fim, a criança que perdida
Estava, mas o destino não estava satisfeito
A moça e o rapaz, meio sem jeito
Descobriram que a esperança havia de falecer
Mas ela não era a ultima a morrer?
E o amor, não se faz renascer?
Se enganar, confundir, se iludir
É tão comum, sorrir, chorar, gargalhar
Deprimir, sentimento e estado de emoção
A distancia entre o amor e o ódio
É a desilusão, fatigados pela esperança
Você faz o seu destino, poucos saem vivos
Desse labirinto chamado vida!
POR MUITAS E POUCAS...
Ahhh!!! Essa sensação de abandono, me consome
Me afasta das pequenas proezas da vida, me inibe
Me traz paz, é estranho como me conforto
Essas palavras desleixadas, pequenos espinhos na minha alma
Essa dor, de ausência total, me corroi, me protege
Choro por nada, me alegro por tudo
São muitas coisas em tão poucos momentos
São meus tormentos, feridas do coração
Colírios nos meus olhos, assim pequenos desgastes
Por favor, me abracem!!!!
Ninguém, me vê!!! oh!!! não me enxergo
Me reprimo e me encontro, oh!!! solidão companhia eterna
És esfinge e eu não te decifrei, me devoraste
Pudera!!! Por muitas e poucas coisas me desfaço
Choro, como sabe bem chorar,
É bom sentir o docinho amargo dos sais de minhas lágrimas
São poucas coisas, me alegro...
Por muitas coisas me entristeço e choro,
De prazer, de emoção, alegria, de tristeza
Por muitas e poucas minha face é nascente
Afluente de rios tranbordantes, deltas que dasaguam em margens estancadas nos oásis
Miragem cheias de verdades...
Por muitas e poucas eu sou ilusão...
Estado de vida latente, sou abandono
Definição concreta de solidão, sinónimo de saudades
Sou ao mesmo tempo sono tranquilo, em marés de pesadelos
Por muitas e poucas não aprendi a sonhar, imagino
Fecho os olhos e me conformo sonânbula, me debato
Por muitas e poucas sou solidão rodeada de gente, que procuro amar.
Enquanto Voce Estiver Comigo,Irei Te Fazer Mulher,
Irei Te Fazer Feliz, Em Fim,
Irei Te Dar Toda a Riqueza Da sua Vida o Meu Amor.
Prendes-te um passarinho numa gaiola?
Com ele prendes-te parte da tua alma e
perdes-te parte da tua humanidade.
Dizem que:
Pardal que voa com morcego, acorda de cabeça para baixo.
Galinha que acompanha pato, morre afogada.
Por isso!! Eu voo sozinho, e não acompanho ninguém
Kurt Staden
Parece nome de nazista... e era.
Meu pai tinha um amigo, chamado Kurt Staden.
Um alemão de quase sessenta anos, que combatera na frente Russa, na segunda grande guerra.
Esse alemão, andava apoiado em duas bengalas, tinha o rosto todo deformado e um ar austéro.
São Paulo antigamente talvez fosse um pouco mais fria do que é hoje. Por várias vezes vi o Senhor Kurt, sempre de sobre-tudo.
Pouco falava da guerra, mas quando falava reunia à sua volta muitas pessoas.
Uma destas vezes parei e resolvi escutar um pouco o que dizia.
Falou que ficou mais de um ano em uma trincheira em Leningrado; que o frio era horrível e que a carnificina era indescritível.
Os russos atacavam com muitos homens, e os alemães entrincheirados, varriam os batalhões com metralhadoras ponto 50.
Os cadáveres ficavam lá.
O cheiro da morte era insuportável.
Quem não morria pelos petardos e balas, morriam de fome, pois era impossível manter logística de abastecimento de alimentos naquele inverno tão rigoroso.
Desta forma, começaram a comer animais, ratos e por fim, o canibalismo.
Comiam parte dos cadáveres para que pudessem sobreviver.
Os russos em maior número, em determinado momento, começaram a avançar; no rolo compressor chegaram até Berlim.
Tanto era o ódio, que no avanço russo, inúmeras alemãs foram estupradas e mortas.
O Senhor Kurt foi salvo pela Cruz Vermelha, semi morto.
Era apenas um soldado seguindo ordens.
Perdeu uma perna pelo frio intenso e outra quase totalmente destroçada por estilhaços de bomba.
O Senhor Kurt tinha um olhar triste e sempre fitava o infinito, como se estivesse procurando algo que tivesse desaparecido da sua vida.
O Senhor Kurt faleceu no final dos anos 60, aproximadamente há 25 anos após ao término da guerra, sozinho e longe da velha Alemanha.
A natureza é uma magnífica paisagem viva
pintada por Deus,
hoje toda deformada e rasurada
pelas mãos impiedosa dos vândalos humanos.
