Poemas sobre Ate breve Abraco
Nós não conhecemos o verdadeiro valor de nossos momentos até que eles se submetam ao teste da memória.
Moço continuarei até a morte porque, além dos bens que obtenho com a minha imaginação, nada mais ambiciono.
Para o cinema tudo se torna uma imensa natureza-morta, até os sentimentos dos outros são qualquer coisa de que se pode dispor.
Quem tem a sorte de nascer personagem vivo, pode rir até da morte. Não morre mais... Quem era Sancho Panza ? Quem era Dom Abbondio ? E, no entanto, vivem eternamente, pois - vivos embriões - tiveram a sorte de encontrar uma matriz fecunda, uma fantasia que soube criá-los e nutri-los, fazê-los viver para a eternidade!
Há pessoas que nunca se despem do seu orgulho. Até ao recordarem os seus erros fazem-no com rapidez.
O longo caminho do material através da função até ao trabalho criativo tem apenas um objetivo - criar ordem a partir da confusão desesperada do nosso tempo. Temos de ter ordem, colocando cada coisa no seu devido lugar e dando o devido a cada coisa de acordo com a sua natureza.
O papel do marido atraiçoado continuará a ser ridículo até o dia em que a sociedade reconhecer que a honra é uma propriedade como qualquer outra, e que, roubado esse património, o desprezo, como punição do delito, deve cair não no que sofre, mas sim no que perpetrou o roubo.
O envelhecimento ocorre apenas dos 25 aos 30 anos. O que se obtém até esse momento é o que se conservará para sempre.
Até mesmo num casebre se pode ter a doença da riqueza; assim como num castelo se pode encontrar alguém no caminho da cura.
As pessoas andam tão em pânico por causa da AIDS que começam a ver riscos de contaminação até numa galinha ao molho pardo. O que, naturalmente, é ridículo - a não ser que a galinha esteja com AIDS.
As pessoas nunca melhoram até que olhem para algum standard ou exemplo mais alto e melhor que elas mesmas.
A riqueza estraga a inteligência, assim como uma refeição muito pesada cobre de sono até o olho mais vivaz.
O cérebro humano começa a trabalhar no momento em que o sujeito nasce e não para até o momento em que ele sobe num palanque para fazer um comício.
Posso ir em busca dos meus antepassados até encontrar um glóbulo protoplásmico atómico primordial. Consequentemente, o meu orgulho de família é algo inconcebível.
Mais Alto
Mais alto, sim! mais alto, mais além
Do sonho, onde morar a dor da vida,
Até sair de mim! Ser a Perdida,
A que se não encontra! Aquela a quem
O mundo não conhece por Alguém!
Ser orgulho, ser águia na subida,
Até chegar a ser, entontecida,
Aquela que sonhou o meu desdém!
Mais alto, sim! Mais alto! A Intangível
Turris Ebúrnea erguida nos espaços,
A rutilante luz dum impossível!
Mais alto, sim! Mais alto! Onde couber
O mal da vida dentro dos meus braços,
Dos meus divinos braços de Mulher!
Um ponto de arrimo é um laço de abraço, mas
dá um nó no tino a enlaçadura da alma e há
envergadura do juízo, no riso há calma em sabê-lo,
lembrar todo dia...ah! como é bom esquecê-lo.