Poemas sobre Ate breve Abraco

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⁠CONVERSANDO SOBRE O MUNDO

Dois amigos estão na beira do rio conversando sobre o mundo enquanto apreciam o sol surgindo no horizonte. Um deles pergunta:

— Já percebeu que a maioria das pessoas confunde vingança humana com justiça divina?

— Sim, já percebi — responde o outro, mostrando sinais de que tem uma mente saudável. — Se Deus faz mal aos que fazem mal, que diferença Deus terá dos que fazem mal?

— O mal provém da ignorância do povo em conjunto com o mau-caratismo dos seus governantes.

— Ainda bem que, mesmo em meio a essa bagunça, acontecem coisas maravilhosas, e é nessas que a tua alma precisa focar, pra não se desgastar com perspectivas decepcionantes.

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Eu, aliás, quando sobre filosofia digo eu mesmo algumas palavras ou as ouço de outro, afora o proveito que creio tirar, alegro-me ao extremo; quando, porém, se trata de outros assuntos, sobretudo dos vossos, de homens ricos e negociantes, a mim mesmo me irrito e de vós me apiedo, os meus companheiros, que pensais fazer algo quando nada fazeis. Talvez também vós me considereis infeliz, e creio que é verdade o que presumis; eu, todavia, quanto a vós, não presumo, mas bem sei.

(Em "O Banquete")

Ele é delicado. Não é com efeito sobre a terra que ele anda, nem sobre cabeças, que não são lá tão moles, mas no que há de mais brando entre os seres é onde ele anda e reside. Nos costumes, nas almas de deuses e de homens ele fez sua morada, e ainda, não indistintamente em todas as almas, mas da que encontre com um costume rude ele se afasta, e na que o tenha delicado ele habita. Estando assim sempre em contato, nos pés como em tudo, com os que, entre os seres mais brandos, são os mais brandos, necessariamente é ele o que há de mais delicado. É então o mais jovem, o mais delicado, e além dessas qualidades, sua constituição é úmida. Pois não seria ele capaz de se amoldar de todo jeito, nem de por toda alma primeiramente entrar, despercebido, e depois sair, se fosse ele seco. De sua constituição acomodada e úmida é uma grande prova sua bela compleição, o que excepcionalmente todos reconhecem ter o Amor; é que entre deformidade e amor sempre de parte a parte há guerra.

(Em "O Banquete")

Somadas ao avanço tecnológico,
as leis que versam sobre misoginia,
racismo, homofobia e transfobia,
farão com que as poucas vagas de emprego
restantes no mercado
sejam destinadas apenas aqueles
que forem homens e brancos.

Não é sobre ser o topo, é sobre ter base quando o chão some.


EduardoSantiago

Notas Sobre o Que Permanece


por Neno Marques


Há escritores que não precisam de grandes artifícios para mostrar a que vieram. Basta observar o modo como organizam uma ideia, como escolhem um termo em vez de outro, como evitam o excesso para chegar ao essencial. Esse tipo de escrita não exige decorações; exige atenção.


O que me interessa, nesses casos, não é o tema em si, mas a postura de quem escreve. Há autores que tratam a palavra como instrumento de trabalho, não como ornamento. Preferem a clareza ao espetáculo. Trabalham com precisão, mesmo quando o assunto é difícil ou desconfortável.


Também noto que alguns textos ganham força não pelo que afirmam, mas pelo que recusam. Recusar fórmulas prontas, recusar expectativas externas, recusar aquilo que transformaria a obra em produto fácil. Essa recusa, quando coerente, se torna parte da identidade do autor.


Outro ponto importante é o compromisso com a própria voz. Não me refiro a originalidade forçada, mas a algo simples: escrever sem pedir permissão. Quem mantém esse compromisso costuma produzir obras mais consistentes, mesmo que passem despercebidas num primeiro momento.


Por fim, acredito que a relevância de um texto não depende de alcance, e sim de honestidade. Quando o autor sabe o que está fazendo — e por que está fazendo — o leitor percebe. Não precisa concordar, mas reconhece que ali há uma intenção sólida, não um improviso disfarçado.


É isso que, para mim, permanece.

Vejo o vazio das pessoas vazias
Conversam sobre outras pessoas, nunca sobre elas mesmas
São conversas rasas, recheadas de esquecimento

Esquecidos de quem são
Vivem sobrevivendo
Sem olhar para dentro
A inveja é minha vizinha

Ela olha e pensa:
“Eu queria ser você, mas eu não sou”.
Mal sabe as dores que carrego e já suportei
Porém, a paz que habita em mim transcende o ego da matéria

O brilho incomoda quem está no escuro
Quem está no escuro, mal se enxerga
Vê a beleza do outro com aspecto negativo
Esquece-se de lapidar a si mesmo.

Com um bom raciocínio martelar o pensamento dando pernas a uma frase... colocando sobre ela delícias da linguagem e, reunindo em torno dela leitores famintos, pregada com esmero assim ela conforta a imaginação dos convidados a baterem pernas, nas delícias da linguagem, puxar conversa e sentar-se à mesa — o papo rolando
e o raciocínio toc! toc!ler é abrir a mente... como pregos na mão de carpinteiro pensamentos sustentam poemas e na alegria dessas palavras
em torno dessa mesa, mesa cara de imagens (de madeira) das terras das letras...


Leonardo Mesquita

Talvez seja o sentimento de culpa o que mais pese sobre os ombros de todos aqueles que não conseguem se ver com olhos de amor.
Não que você tenha culpa. Não que eu tenha culpa.
É que as pessoas vão dizendo que a gente errou, errou, errou, e nem sempre foi assim.
O primeiro amor que você deve ter é o amor por você mesmo.
Se você mudar o olhar, se sair de dentro e olhar para si de longe, vai se apaixonar, com certeza, pelo ser humano que você é.
Se, por acaso, você não se apaixonar, se sentir vergonha daquilo que está sendo no mundo, está na hora de repensar.
E, quem sabe, ainda dê tempo de ser melhor.


Nildinha Freitas.

Havia uma mulher que vivia sobre um palco. Ela não caminhava pelas ruas da alma alheia como quem busca encontros, mas como quem encena. Seus gestos não eram diálogos, eram ensaios.


Suas palavras vinham com pausas medidas, silêncios calculados e olhares coreografados. Vivia para ser vista, não para ver. Queria aplauso, não presença.


Precisava de plateia, não de vínculo.

Digitais deixadas em palavras abrem investigação, poética, sobre se há pensamento perfeito


Leonardo Mesquita

“O brilho do sol sobre meus ombros,
em meus olhos, traz um sentimento de vida e felicidade.
Na água, ele parece tão adorável,
e sempre me faz tão bem.


Se eu tivesse um dia que pudesse dar a você,
eu te daria um dia como hoje.


Se eu tivesse uma canção para cantar a você,
eu cantaria para que se sentisse assim.


Se eu tivesse uma história para te contar,
contaria uma história que te fizesse sorrir
e te trouxesse uma doce sensação de felicidade.


Se eu tivesse um desejo para te conceder,
eu desejaria que o sol brilhasse o tempo inteiro,
irradiando em você alegria e vida.


Ah, se eu pudesse…
se eu pudesse.”

"A verdade não está na vitória de uma voz sobre a outra, mas na sua Integração.”




Dollber Silva

A nobreza de tua imagem é parte do que faz ser sublime o meu conceito sobre você.
Defeitos? Sim, mas eles exploram uns aos outros, pois nada podem contra todas as qualidades existentes em você.
Linda, como sabe sublime ao extremo. Para alguns isto é uma beleza insuportável,
e nada a torna “inferior”, o que do antônimo desta palavra, posso entrar em uma breve conclusão: significa para muitos, mas revela a inferioridade de milhares.
Célebre? Sim e ainda não estou sendo demasiado.
Desejada pelo meu bom senso, almejada por inúmeros que a cercam.
Uma figura de grande realeza, humildade e revestida por beleza de dentro a fora.
Perco-me nas palavras, é um contrassenso compara-la.
O que direi agora?

Adoção!
Muitos trazem nos pensamentos enganos sobre a adoção,
Nem imagina em verdade, como que funciona então,
Quando o coração avisa, que por ai vem irmão!
Já estavas preparado, destes não escapas não...
Recebes ai no teu meio, achando ser devoção,
Pensas que faz caridades, mas cuidado meu irmão!
Aquele que hoje te chega, vindo por outras mãos,
Na realidade é seu. Pode ter isto, como boa razão...
Estavas bem registrado, em tempos que longe vão,
Escolhas que escolhestes nestas formas de irmãos,
Que entraram em suas vidas de outros vindos então!
Colocando em seu caminho! Pagando os atrasados, que devias meu irmão...
Quero que tenhas na mente e também no coração,
Por não ter gerado, este que trazes hoje nas mãos,
Escolhestes em outros tempos terminar esta missão,
Que no hoje abraçastes, carregando ao coração...
Dar guarida e ensinamentos! E alimentando, também.
Provar que estava certo á aquele que te confiou o bem,
Não falharás nesta vida! E ainda dizendo amém,
Agradecendo o Cristo, pagando os seus vinténs...
Que ficaram em algumas dividas, que às vezes, tu nem lembras não!
Mas por bondade divina teve outra ocasião,
De resgatar seu passado, como forma de benção,
Abraçando estas crianças, e dando lhes educação...
Peço a você meu amigo que estejas em situação!
Cuidar bem destes pequenos com amor e devoção,
Nunca deixar de ensinar que Jesus é a solução,
Que os caminhos pra esta vida seguem junto com o perdão...
Independentemente da cor, do sangue, dos corações!
Todos somos mesmo irmãos, queira sim ou queiras não,
Do teu ventre ou de outro, o que mandas é a educação,
Esparramando o amor, seus filhos serão então...
(Zildo de Oliveira Barros.30/12/11)

CONSIDERAÇÕES SOBRE O TEMPO – A trilogia do Viver

O inesperado pode roubar-nos o presente; as mudanças, desviar-nos completamente do futuro; mas o PASSADO jamais nos é tirado, por onde quer que sigamos e até o último momento.

A relevância do FUTURO não consiste em vê-lo concretizado ou não, mas em emprestar sabor ao presente e converter-nos em molas propulsoras para buscá-lo neste exato e mais recente amanhecer.

O PRESENTE só faz sentido como resultado direto de toda uma história que construímos para chegar até ele, e atinge seu ponto máximo quando cada partícula do agora chega plena de prazer no exato momento entre o último que se foi e o primeiro que o seguirá.

Diálogo Visionário sobre o Calor Em clareira etérea.
Goya, Hades e Mansa Musa debatem o aquecimento global como profetas adiantados.
Goya: O ar ferve! Geleiras derretem, florestas viram cinzas – monstros do vapor devoram tudo. Como deter?
Hades: Minhas forjas rugem! Petróleo liberta fúrias térmicas, oceanos sobem, terra racha. Freiem o dragão fóssil!
Mansa Musa: Desertos devoram o verde, monções falham. Plantem árvores, usem sol e vento, ou o calor nos iguala no pó.
Unidos gritamos: despertai, ou o mundo se consome!

O choro vem silenciosamente como a água de um pequeno riacho caminha sobre as pedras, o peso de cada gota é o peso de cada lembrança, momentos bons e felizes que não voltam mais.
O preço da culpa e o peso de se entregar tanto.
A saudade que bate é como uma marreta, que faz o coração entrar em uma tempestade imparável, aquele fio se cortando e ver tudo aquilo e não poder fazer nada, é oque faz pensar que não tem mais volta.

Tantas faces deixadas sobre a mesa,
flechas cravadas no corpo do guerreiro.
Caminhos que não conduzem a lugar nenhum,
vidas esquecidas que ninguém a tem.

Escrevi uma carta ao tempo sobre você.
Espero a resposta sentado na calçada,
perguntando onde está você.


Que o tempo não demore muito,
pois te amo e sou apaixonado por ti,
mesmo sem ainda te conhecer.


Tempo, tempo, tempo…
não te atrases,
traz para mim aquela mulher
que tanto espero.