Poemas sobre Ate breve Abraco
O sofrimento pode até roubar seu conforto, mas ele te entrega a coragem e a força que só os verdadeiramente fortes possuem.
Vencer não foi destino, foi decisão cotidiana, repeti atos simples até que virassem caráter, agora caminho com a certeza do que plantei.
Meus limites foram redesenhados pela prática, hoje sei até onde posso rasgar sem perder a trama, a ousadia ganhou contorno seguro.
Já desisti tantas vezes que aprendi o gosto amargo do fim, até perceber que, no fundo, eu já havia desistido até de desistir.
Até aqui, minha existência tem sido uma verdadeira odisseia. Sobrevivi a provações que desafiaram os limites do possível, aprendi a domar o ímpeto do coração e a pronunciar um “te amo” somente quando a alma reconheceu a verdade do sentimento. Vivi realizações tão grandiosas que reduziram meus antigos sonhos à mera sombra do que a realidade me concedeu.
Já chorei tentando entender os porquês da vida, até descobrir que a paz mora em confiar nos pra quês de Deus.
Cada lágrima que caiu construiu a ponte que me trouxe até aqui. As pontes feitas de lágrimas ligam o passado ao presente, cada gota virou caminho que trouxe aprendizado.
Perdi a esperança, reencontrei na manhã, a primeira luz trouxe novo ponto de apoio, até a noite mais longa se dobra ao sol, a esperança volta com cada amanhecer.
Fui refém da culpa até o perdão me soltar, perdão abriu a porta da liberdade interna, soltar a culpa foi voltar a caminhar leve, liberdade veio quando deixei de me prender.
Quando tudo naufragou, a fé foi tábua, na escuridão, a fé manteve-me flutuando, segurei nela até ver a margem chegar, a fé foi ponte entre o afogar e o chegar.
Jesus é o fogo sagrado que, nas sombras mais densas, reacende a coragem até mesmo dos mais exaustos.
Quando o peito aperta até sufocar, Ele não só vira abrigo, mas sussurra a paz e sincroniza o ritmo da minha respiração.
Meu rastro na solidão foi a bússola que te trouxe até mim. Nenhuma sombra, nenhum abismo deteve os passos do teu amor. Tu vieste sem cansaço, somente com propósito.
Teu caminho até mim foi traçado com sangue na terra. Cada pedra feriu Teus pés, não porque eu merecesse, mas porque Tu escolheste me amar.
A fé que me move não nasceu em templos, mas nas noites em que chorei até não restar voz, foi ali que descobri o Deus que me reconstrói em silêncio, não preciso vê-lo para saber que Ele me sustenta, sinto-o no lugar exato onde a dor tentava me matar.
Puxe o ar até o fundo da alma, que o caos ululante do mundo seja um som distante, pois seu peito é um santuário autônomo onde a tempestade externa não tem permissão para entrar.
