Poemas sobre Apoiar o outro
Temos, de certa forma, aversão ao diferente, por vezes não sabemos aceitar o quão diferentes são homens e mulheres. Cada qual em seu universo particular e peculiar.
Ser diferente, por vezes implica em não saber compreender as amplitudes das necessidades individuais e de personalidade do outro ao passo em que se estimula o egoísmo de suas próprias necessidades e anseios.
Compreender o outro implica em abandonar a superficialidade dos relacionamentos e aprofundar-se no conhecimento das necessidade do outro para que se possa saber como conquistar em vez de simplesmente esperar atitudes.
OUTRO CARNAVAL
Longe do agitado turbilhão da rua
Eu, num oco silêncio e aconchego
Do quarto, relembro, num sossego
Os carnavais com a folia toda nua
Mas a saudade palia de desapego
De desdém, mas numa trama sua
De tal modo que a solidão construa
Lembranças, e assim eu fique cego
Teima, lima, este fantasiado suplício
Dum folião, com o seu efeito de ter
Que no tempo não tenho mais início
Porque a disposição, gêmea do querer
A alegria pura, tão inimiga do artificio
Agora é serenidade e fleuma no viver...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
21 de fevereiro de 2020, Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Você não precisa de uma formação específica para entender o que o outro está passando, precisa apenas ser humano. É o suficiente.
Querido Deus!
Visto que a humanidade tende a festeja ou preparar a sua viajem sempre que puder, e vendo também o amor que tem pelos outros, a dor que a partida de um parte os coração de milhares, como a última viajem é inesperada e sem passagem de volta mas sim de ida. Embora dolorosa a partida de um, se soubéssemos quando é, creio que chorariamos felizes porque faríamos os preparativos para a viajem do nosso querido.
Dizer adeus aos que ficaram é o que a gente faz, nunca dissemos aos que se vão por não sabemos quando mas, se soubéssemos é claro que o R.I.P não seria para os que permanecem mas sim para os que vão.
Parece que as pessoas que amamos são roubadas de nós e não chamadas pelo seu criador, pois se fossem chamadas, elas nos diriam quando é que vão e nós, diríamos adeus chorando mas dizendo a elas e não aos que ficam e nem ao defunto (Apenas carne).
Nós meros seres humanos,
pequenos por construção,
somos capazes de nos armarmos uns contra os outros...
... e, somos quase que incapazes de nos amarmos uns aos outros.
O Outro
O outro faz o contrário do que eu quero,
Porque não consegue adivinhar?
O outro não aparece quando eu preciso,
Queres ver que tenho que o chamar?
O outro não sabe o caminho certo,
Lá vou ter eu que o indicar!
O outro trabalha para o meu sorriso,
Não percebe que a vida é para chorar?
O outro diz o que está certo,
Não vê que eu quero é errar!
Eis que, tamanha surpresa:
Disse-lhe, ele fez!
Chamei, ele veio!
Indiquei o caminho, encontramos o destino!
Aceitei o seu sorriso, deixei de chorar!
Ouvi o que ele disse, comecei a acertar!
De repente, contra tudo pelo qual eu lutava, dou por mim a ser feliz!
Poema Lirismo
Quando eu era criança,
as plantas me chamavam.
Achavam graça.
Coisa de menino, sem ter muito o que fazer.
Quando eu era jovem,
afirmei que as pedras não acordavam,
porque não sabiam da noite sonhada.
Ficaram preocupados.
Para alguns, indício de alguém transtornado.
Quando me afirmaram, és um homem,
eu contei que te vi, se florescendo de liláceas.
Por fim, sanaram-se as dúvidas.
Decretaram-me ter visão refratária, com sintomas de lirismo.
Só parei de julgar-me dissociado,
quando me disseste que havia noites com sol,
e que o remo acenava para o mar, quando não partia.
Então, assim ficamos, em nós apreendendo tochas,
fisgando lumiares, falando com os olhares.
E quando tudo escurecia se acendendo de um no outro.
Carlos Daniel Dojja
Quem é esse outro que pensa tudo saber? Que procura demasiadamente pontos inconsistentes e se não encontra os cria.
Quem é esse outro, que infla o peito para apontar atitudes, sem nem ao menos aproximar-se para conhecer uma realidade que pode ter várias formas de ser percebida, e em muito depende do olhar alienante/alienado e do que "quer" ver?
Quem é esse outro que cava com ímpeto a procura da escuridão de um ou alguns, mas que põe uma placa antes seus olhos para não enxergar a sua própria?
Quem é esse outro que fala com tanta propriedade sobre ti e com tantas lacunas de si mesmo?
Quem é esse outro que perde tempo vivendo e buscando capítulos quentes na vida de alguém(s), e esquece de aquecer o seu modo de ser gente, de ser ético, de ser luz!?
Esse e muitos outros podem rondar caminhos tão nossos, mas a repercussão de sua "entrada" penetra ou n quem decide é vc.
Antes de deixar-se por em questão, questione e aproprie-se de sua verdade, de seus princípios, de seus valores, de seu VALOR! O outro é o outro, apesar de sermos habitados por "outros", e por tbm o sermos muitas vezes, ainda assim podemos escolher o q nos habita!
Pobres homens,
Vivem afobados a procura da felicidade e logo validam e certificam pra si, que o tudo a fazer é a procura ou em prol desta dita senhora felicidade.
Porém, na primeira amostragem, interrogação ou questionamento do outro/sociedade, se privam, ocultam, calam, desistem...
Vive-se mesmo a procura da felicidade do eu? Ou essa só é possível se o outro aprovar em sua existência?
Precisamos de menos de mundo e mais de nós!
Pois, no fim de tudo a vida é sua, quem vive ou pelo menos deveria é você, e que seja por você de fato!
- Responsabilizo-me totalmente por mim, por minha felicidade, por minhas escolhas, frustrações, dores e amores - isso é necessário!
Olhar para o outro
Com olhar de atenção
Olho o outro e sua intenção,
Meus olhos se desnudam
E as coisas mudam.
No lugar do outro
A verdade perde a razão
Cada pessoa, cada coração,
Os olhares se encontram
As coisas se transformam
Ao olhar para o outro
No sentir da comoção
Uma profunda realização
Todas as mentes clareiam
E as pessoas se abraçam
Nós, não os outros...
De repente, vejo a multidão
Será tudo uma grande ilusão?
Nessa hora, meus olhos registram
Que as pessoas não se olham.
Eu e os outros...
OUTRO LADO
- Oi, moço. Uma informação por favor... a loja que ficava aqui ao lado fechou?
-Não, minha senhora. Só mudou pro outro lado da rua.
-Hã? Como assim?! - perguntou enquanto olhava pro outro lado tentando enxergar o que procurava - Acho que você não entendeu a pergunta... A loja que ficava aqui ao lado fechou, não foi?
- Sim. Fechou aqui e reabriu do outro lado. Está logo ali. Bem de frente. Basta a senhora atravessar a rua.
Ela olhou mais uma vez pro outro lado. Desta vez mais demoradamente... Me pergunto se talvez o hábito, a tradição e o costume a tenham deixado desconfortável em aceitar mudanças e se isso, de certa forma, a tenha cegado (ou pelo menos limitado sua visão).
Incapaz de enxergar a realidade, não atravessou a rua. Simplesmente agradeceu e foi embora balançando a cabeça lamentando a loja ter fechado (e possivelmente ponderando a integridade de minhas funções cognitivas e estabilidade mental).
"Moço doido"
Acontece o tempo todo.
E não apenas sobre lojas.
A dor do outro nunca será maior que a sua, se não tiver vivido ou sentido igual dor.
A dor do outro é indiferente, ante a dor da gente.
Nao há o que discutir ou mesmo ponderar.
A dor do outro com a sua pode até parecer, mas sente a dor alheia, sinta o caos maior, pare e aperceba, do semelhante tenha dó.
Os laços de aperto, muita das vezes podemos mesmo desatar, mas a dor do outro é indizível, insensível tal qual capaz de se mensurar.
Misericórdia clama o pobre moribundo sofredor, a dor alheia se ameniza, quando em cena entra o AMOR.
"Sempre que possível seja claro(a), por favor!
Até o misterioso necessita de um respiro de clareza para não perder a graça.
É a possibilidade de clareza que aviva o interesse, que nos estimula a ir além, a manter um elo mínimo de confiabilidade no intento, relacionamento ou direção.
Recalibrar parâmetros e (pré) conceitos é salutar, muitas vezes, essencial.
Não tem que ser satisfação ou violação de intimidade. Pode ser leveza e sutileza que não subtrai a delicadeza de ser claro(a), sempre que possível.
Ao menos indique, deixe claro esta intenção. Demonstre de alguma forma. Encontre seu meio. Respeite o outro. Ninguém é obrigado a ser paranormal de ocasião. O sutil e divino é de ordem sagrada e já tem lá as suas prioridades.
Bora aterrissar as nossas [prioridades], doando de nós tanto quanto pretendemos receber. A lógica desta razão é uma positiva reciprocidade."
"Você quer que o outro lhe escute mais?
Você quer que o outro lhe ame mais?
Você quer que o outro compre mais suas ideias?
A vida e os outros não podem ser mudados, porque eles são apenas um espelho do seu interior.
O mais que você quer do outro, é uma sinalização do mais que você precisa desenvolver no seu interior.
Tentar mudar o outro é o mesmo que tentar arrumar seu cabelo mexendo no seu reflexo do espelho.
Tentativas em vão. Acorde e aprimore o seu potencial!"
Quando olhamos além de nossas janelas nos deparamos com tantas situações difíceis vividas pelas pessoas. Então refletimos sobre nossas vidas e percebemos que temos muito além do que realmente precisamos, que somos felizes e que devemos somente agradecer!
#obrigadaDeus
#eusoufeliz
Somos viciados em dar respostas e soluções!
Respostas e soluções...
Para as angústias do outro
Para os relacionamentos do outro
Para os sentimentos do outro
Para as dores do outro...
Soluções que nem sempre
Os servem
Os cabem
Os calçam os pés
Talvez a melhor solução, a melhor resposta seja o silêncio e a tentativa de buscar ouvir esse outro, desabitado de nossas pré concepções e desnudo das histórias que “nos servem”.
O outro é o outro! Os caminhos que caminham são diferentes dos nossos...
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