Poemas que Falam quem eu sou Evangelico
Derrete-se na parede
E eu
Sou a flexa,
Orvalho que voa,
Suicida, que se lança
Dentro do vermelho
Olho, o caldeirão da manhã.
Nota: Versão do poema "Ariel".
SOBRE MIM.
Não sou de brincadeira quando falo sobre mim, afinal, eu mereço ser levada à sério. Respeito pra mim é essencial. Sou do tipo que valoriza o olhar mas que ainda carrega um gesto tímido na fala. Tenho um jeito marcante que ao mesmo tempo em que aproxima, afastam muitos. Talvez por medo, talvez por inveja, tudo depende da intenção de cada um. Sempre fui certa nas minhas atitudes, direta nas minhas opiniões e errada nas minhas decisões. Mas nunca, nunca alguém me viu de braços cruzados, disfarcei-me de cega, mas sempre observei passos errados. Quem me conhece sente saudades. Sou dia de sol misturada de uma grande tempestade.
Me chame de chata,
de maluca, mandona, mimada.
Diga que eu sou intensa, tensa, dramática, exagerada.
Reclame que tudo que eu amo, acredito, reclamo, ou sofro,
eu amo demais, acredito demais, sofro demais, e sim, eu reclamo demais.
É tudo verdade,
mas eu não vejo por que ser diferente se a realidade não é melhor do que os meus sonhos.
Eu não tenho culpa do meu querer não caber numa simples frase de "eu te amo".
Eu não tenho inimigos...
Apenas concorrentes invejosos que gostariam de ser como eu sou e fazer o que eu faço...
Por isso me hostilizam tanto e tentam distorcer minha imagem, fazendo dela o que certamente não condiz com o real...
Eu apenas lamento...
Porque ainda não fiz um terço do que sou capaz!
Velho de coração, mas eu tenho apenas 28
E eu sou jovem demais para deixar o amor partir meu coração
Jovem de coração, mas está ficando muito tarde
Para nos achar tão separados
SOU MAIS EU
Não sou de mandar recado, nem tampouco dar um toque. O que faço dou por acabado, sem precisar fazer retoque.
Não sou nada submissa, isso não me empolga nem atiça. Sou mais eu em qualquer lugar, sem querer a ninguém incomodar.
Da minha vida cuido eu e não adianta querer me mudar. Não acredito em quem prometeu e não prometo para ninguém me cobrar.
Não me meto na vida alheia, para ninguém se meter na minha, tenho sangue bom na veia e não misturo com erva daninha.
Sou fiel, mas sou desconfiada, ando sempre com um pé atrás. Poupo-me para não ser enganada, para que nada roube a minha paz.
Não sou do tipo que fala e depois nega tudo que diz. Falo o que preciso na cara, assim eu vivo mais feliz.
Não tenho tolerância para suportar a falsidade. Podem achar ignorância, mas eu gosto é da verdade.
Quem quiser me conquistar não terá trabalho algum, é só saber me respeitar que não me vendo por preço nenhum.
FAUSTO
Que sou eu, se não posso alcançar, afinal,
A coroa com louros da nossa humanidade,
A que todos almejam com tanta ansiedade?
MEFISTÓFELES
Não és mais, meu senhor, do que és: um mortal!
Perucas podes ter, com louros aos milhões.
Alçar-te com teus pés nos mais altos tacões,
Serás sempre o que és: um pobre ser mortal!
Eu sou eu
Em todo o mundo,
Não há ninguém igual a mim.
Há pessoas,
Que têm alguns talentos iguais aos meus,
Mas a natureza de ninguém se compara a minha.
Por essa razão, tudo
Que sai de mim é meu de verdade
Porque eu sozinha fiz a escolha.
Sou dona de tudo o que diz respeito a mim.
Meu corpo, inclusive
Tudo o que ele faz;
Minha mente e inclusive todos os seus pensamentos e idéias;
Meus olhos, inclusive as imagens de tudo o que contemplam;
Meus sentimentos, seja quais forem
Raiva, alegria, frustração, amor, desengano, excitação;
Minha boca e todas as palavras que dela provêm;
Gentis, doces ou ásperas,
Próprias ou impróprias;
Minha voz, ruidosa ou suave;
E todas as minhas atitudes,
Com os outros ou comigo mesma.
Sou dona de minhas fantasias, meus sonhos, minhas esperanças,
Meus temores.
Sou dona de todos os meus triunfos e sucessos, de todos
Os meus fracassos e erros.
Porque sou dona de mim, sei o que se passa em meu íntimo.
Então, gosto de mim e sou afetuosa comigo em tudo que me diz respeito.
Desse modo, possibilito a mim trabalhar como um todo para o meu bem.
Sei que há em mim alguns aspectos que não conheço.
Mas enquanto eu for terna e
Afetuosa comigo mesma,
Poderei com coragem e esperança,
Procurar soluções para os enigmas e meios de descobrir mais sobre mim.
Seja como for que eu pareça e me comporte,
O que quer que diga e faça, pense e sinta em dado momento, tudo isso sou eu.
É autêntico e representa onde estou neste exato momento.
Quando mais tarde recordo como pareci e me comportei, o que disse e fiz e pensei e senti,
Talvez algumas partes revelem-se inadequadas...
Jogo fora o que não me serve, guardo o que foi aprovado e invento algo novo para substituir o que descartei.
Vejo, ouço, sinto, penso, falo e faço.
Tenho as ferramentas para sobreviver, para ficar perto dos outros, para ser criativa e compreender o mundo das pessoas e as coisas fora de mim. Sou dona de mim!!!
Eu, visto pelo outro, nem sempre sou eu mesmo.
Ou porque sou projetado melhor do que sou, ou porque sou projetado pior.
Não quero nenhum dos dois.
Eu sei quem eu sou.
Os outros, apenas, me imaginam.
Cógito
eu sou como eu sou
pronome
pessoal intransferível
do homem que iniciei
na medida do impossível
eu sou como eu sou
agora
sem grandes segredos dantes
sem novos secretos dentes
nesta hora
eu sou como eu sou
presente
desferrolhado indecente
feito um pedaço de mim
eu sou como eu sou
vidente
e vivo tranqüilamente
todas as horas do fim.
Sei, mais do que eu quis,
Mais do que sou, e sei do que sei
Só não sei viver, sem querer ser
Mais do que sou
E o fato é o ato da procura
E a cura não existe só
E o que era certo eu descobri
Nem sempre era o melhor
Abri os olhos, não consigo mais fechar
Assisto em silêncio,
Até o que eu não quero enxergar
Não sei afastar
A dor de saber que o saber não há
Só não sei dizer
Se esse meu ver se pode explicar
Enquanto eu penso tanto
entendo que é mais fácil não pensar
E o que era certo
eu aprendi a sempre questionar
Abri os olhos, não consigo mais fechar
Assisto em silêncio,
Até o que eu não quero enxergar
Sei, mais do que eu quis,
Mais do que sou, e sei do que sei
Eu não sou da sua rua,
eu não sou o seu vizinho,
eu moro muito longe, sozinho.
estou aqui de passagem.
Opostos
Eu sou o preto; ele o branco.
Eu sou MPB; ele rock.
Eu sou a lua; ele o sol.
Eu sou mar; ele montanha.
Eu sou doce; ele salgado.
Eu sou matemática; ele português.
Eu sou lado B; ele lado A.
Eu sou vermelho; ele amarelo.
Eu sou silencio; ele multidão.
Eu sou Brasil; ele Argentina.
Eu sou Iemanjá; ele Exu.
Eu sou cachorro; ele gato.
Eu sou dia; ele noite.
Eu sou filme; ele futebol.
Eu sou terra; ele ar.
Eu sou sussurro; ele grito.
Eu sou pandeiro e violão, ele bateria e guitarra.
Eu sou chá; ele coca-cola.
Eu acredito em Deus; ele ateu.
Eu sou positivo; ele negativo.
E agora me pergunto: Os oposto se atraem?
É margarida colorida
Mas na intensidade é rosa
Sim, essa sou eu.
Despindo-se da mulher contraditória...
A que tem a fortaleza no coração
E a fragilidade do mesmo
Aquela que é mais sonho que realidade
E porque não?
Sim...
Sou devaneio, intensa, imaginação, poesia.
Não sou a prudente, a que exala praticidade...
Sou a que chora filha da entardecida melancolia
Não me acerto com a exatidão
Mas sim com as indescritíveis emoções
Aquela que não aguenta se segurar por dentro
Sou o livro aberto, as páginas escritas com o coração
A história que se entremeia de sentimentos
Sensações a flor da pele, romântica incurável
Que machuca, dói e sangra as dores do mundo.
Porquanto sou lágrimas quando ferida, sou vulnerável
Sou presença, companheira e creio no amor profundo!
Não sei caminhar em linha reta, sem apego...
Meu caminho é assim: Imensidão...
Olhos que volteiam ao redor, cheios de afeição
Demasiadamente ternura, crença, pulsação
Olhar arisco em olhos ternos
Carrego um espírito bordado à mão...
... Ora dócil, ora selvagem em tez translúcida
Quem me conhece, me vê por dentro
Por vezes a voz terna entoa em grito
Um grito reprimido, contrito
Que às vezes revela uma mulher insegura
Com alma de criança pura
Sou a subjetividade da fé sem a teoria da religião
A que crê na imensidão de Deus, do caminho, da vida...
Sem explicação ou complexidade, mas facilmente concebida.
E eu sou simples assim... A palma da mão
Aberta, franca... Profusão.
EU SOU ASSIM:
Incoerente, inconstante, inconsequente... Eu sou assim: Imprevisível, tenho aversão a todo e qualquer tipo de jogo de cartas marcadas. Sensível a essa realidade morna.
Me defino como uma chuva de verão ou, até mesmo, um furacão: que chega sempre sem avisar. Intenso, avassalador, destrutivo. Mas, com a mesma intensidade que chego, tão logo parto. Sem deixar rastros ou pistas sobre de onde vim ou pra onde irei.
Sou introspectivo, tenho alergia a essa rotina descabida do dia-a-dia. Já me peguei com a necessidade mortal de sair andando, sem rumo, em uma madrugada de segunda feira. Da mesma maneira que me vi deitado, sem perspectiva, ás 9 da noite de uma sexta feira.
Sou um nômade, um pirata. Meu navio é guiado ao sabor das batidas pouco ritmadas do meu coração. A minha única lei é não respeitar lei alguma. A minha única regra é não seguir regra alguma. E o meu único amor é o amor próprio. Não exija de mim nada que seja considerado “normal”. Não me enquadro em nenhum padrão de comportamento aceitável.
Em meio de tantos, apenas mais um
Em meio de milhares, sou ninguém
Em meio de bilhões, uma estatística
Minha mãe estava certa
Sou especial pelo o que sou
Pelo o que mesmo?
Logo mais serei apenas menos um
as vezes quero dormir e nao acordar mais para nao ter que aguentar mais um minuto mas lembro que eu tenho alguem que eu posso contar sempre nessa pessoa eu posso confiar e contar tudo
para essa pessoa ja contei o maior segredo que eu ja tive ela e a unica pessoa que sabe tudo sobre min e eu amo ela
BRASÍLIA
A flor do cerrado
não tem praia nem mar
mas tem lindo lago
de lábios rosados
e olhos azuis
que se prendem ao céu.
Tem pedra bonita
tem luz de pepita
e lua de cristal
Brasília é infinita
constelação de poderes
estrelas soberbas
que sobem e que caem
do alto da torre
à rampa do congresso...
Brasília é rock roll
da Capital Inicial
das Plbes Rudes
e Renatos Russos
de camelos e Para-lamas
do voo da gaivota
da Asa Norte à Asa Sul
Brasília é uma flor
que ainda desabrochou
da praça sem poderes
ao autódromo esquecido
governo falido
servidor ausente...
Brasília de presente
de passado distante
da fé do bandeirante
do padre sonhador
Brasilia ainda é menina
de laços de fita
que o poeta cantor.
Eu amo Brasília
em suas grandezas
e em suas carências
quem dera que um dia
o vale perdido
o dito paraíso
sem medo e sem culpa
assumisse a sua sina
de ser jovem menina
na paz entre os homens
na justiça e no amor.
Evan do Carmo
nascemos em poemas diversos
destino quis que a gente se achasse
na mesma estrofe e na mesma classe
no mesmo verso e na mesma frase
rima à primeira vista nos vimos
trocamos nossos sinônimos
olhares não mais anônimos
nesta altura da leitura
nas mesmas pistas
mistas a minha a tua a nossa linha