Poemas quando eu me Amei de Verdade
Ao alvorar
Quando o sol já nascido
Vem me ver de fantasia despido
Traz consigo um litro e meio de poesia
Um favo de mel e um pedaço de pão
Traz tua boca de veraneio
E o coração cheio de amor.
Sô mesmo!
Sô extremo
Quando boa sou serena
Mais poética mais amena
Inspirada Sô poema
Mas quando neura
Sô poeira
Surto Sô furacão
E susto até o vento
Por exclusão
Recolho-me em tempestade
E sossego meu coração.
Um bom dia vem
quando você saber que tem
riso compulsivo
céu da boca com hálito de hortelã
Beijo subjetivo com sabor de foliã
Café, pão e poesia na janela
maçã do amor e sebo nas canelas...
Você devorou minhas quimeras
Vestiu meu corpo com poesias
Quando embriagou minh’alma
Com beijos reais e rasgou sutilmente minha fantasia...
Terrenos felizes
no sereno da noite ou no crepuscular
quando lá pela tardinha sabiás
se deleitam porque já ar de tarde
inunda a atmosfera terrestre
é que o celeste nos concede
o belo que nos embriaga
e logo mais nos traga
feito um dragão-de-komodo
o ocaso do dia que não tarda
um lindo pôr do sol num êxodo...
e vou aguardando por aqui
no céu do meu lugar
um motivo a mais pra sonhar
um dia para agradecer
amor e amar para amanhã ser...
Amor.
Olha seu moço,
quando meus olhos cinzentos
dobram a esquina seguindo
a curva dura do tempo
ouço um grito vindo do alto
E um passarinho passionário azul escuro da cor do cobalto
Pousa no meu imaginário
Fazendo alvoroço
No pé de uva anuncia
juro que ouço a poesia
da chuva.
""FIDELIDADE""
O cardeal lá da colina...
Abre asas sobre nós
quando o sol descortina
felicidade se arrima entre aspas
tanto nos foge como abrange
o pensamento de nós
Vai das entranhas ás falanges
e voa feitas as aves de rapina...
Mas feito o galo da campina
e o pintassilgo lá longe...
Nos encanta...
Entorpece em clorofílica
numa poesia à beira etílica
em verdade com fidelidade
fidedigna da tinta acrílica
da poesia exposta
da lírica artista que amostra
a natureza que pinta.
No núcleo do cerebelo o belo
A efígie é o elo do fortim oculta
Linda quando alma impoluta...
A verdade não finge
se esfinge come um quindim com cicuta.
Dizem que a gente tem o que precisa. Não o que a gente quer. Tudo bem. Eu não preciso de muito. Eu não quero muito. Eu quero mais. Mais paz. Mais saúde. Mais dinheiro. Mais poesia. Mais verdade. Mais harmonia. Mais noites bem dormidas. Mais noites em claro. Mais eu. Mais você. Mais sorrisos, beijos e aquela rima grudada na boca. Eu quero nós. Mais nós. Grudados. Enrolados. Amarrados. Jogados no tapete da sala. Nós que não atam nem desatam. Eu quero pouco e quero mais. Quero você. Quero eu. Quero domingos de manhã. Quero cama desarrumada, lençol, café e travesseiro. Quero seu beijo. Quero seu cheiro. Quero aquele olhar que não cansa, o desejo que escorre pela boca e o minuto no segundo seguinte: nada é muito quando é demais.
Quando eu quero uma coisa eu vou até o fim. Podem me chamar de teimosa, do que for, mais eu me definiria como determinada. Não descanso enquanto não conseguir. Pode ser que a vontade diminua, mais eu não deixo de querer. Sou determinada a ir em busca dos meus objetivos, a conseguir minhas conquistas, a sonhar e a buscar meus sonhos sempre. Sou mimada desde pequena, eu queria, eu tinha. Dei com a cara na parede muitas vezes por causa dessa minha mania de achar que vou conseguir tudo sempre, mais eu não desisto, a vida é assim ué. Uma coisa que aprecio muito é o gostinho da vitória, da conquista, não tem igual. Mas também, aquela corrida contra o tempo e contra todos pra alcançar meus sonhos por mais impossíveis que sejam é o que me faz sempre correr atrás e sonhar de novo. Aquela sensação, não importe o tempo que demore, de estar indo atrás de uma coisa que você realmente quer, de ver o finalmente se aproximando, e de olhar pra trás e dizer eu lutei, eu conquistei, eu vou conseguir, é a melhor coisa do mundo. Sei reconhecer que as vezes desisto de certas coisas, mais é só quando eu vejo que não vale a pena, nunca é pela dificuldade de obstáculos. Já quis tanta coisa que eu lutei demais, lutei mesmo, e no fim quebrei a cara. Mas pergunta se eu deixei de querer? Lógico que não! Porque eu sei que um dia eu vou conseguir. Só vou deixar de querer quando eu ver que realmente não vale a pena. E pode ter certeza que quem decide se um sonho é muito grande, se ele é impossível, se é besteira, se ele não vale a pena, sou eu, nunca são os outros; porque no fim sou eu que saio ganhando, não eles. E como diz um sábio poeta: "Nossas dádivas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o nosso medo de tentar." Eu tento. SEMPRE. E você?!
Mas é que é desmotivador perceber que mesmo quando eu tento fazer tudo certinho, tudo continua dando errado. Depois me perguntam por que eu apronto tanto, e seria verdade dizer que é simples, porque quando eu não apronto as coisas são um desastre do mesmo jeito. E antes de dormir eu pensei: É bom que Deus saiba o que tá fazendo, porque eu não tô entendendo nada.
Senhor, quando eu tiver fome,
dai-me alguém que necessite de comida.
Quando tiver sede,
dai-me alguém que precise de água.
Quando sentir frio,
dai-me alguém que necessite de calor.
Quando tiver um aborrecimento,
dai-me alguém que necessite de consolo.
Quando minha cruz parecer pesada,
deixe-me compartilhar a cruz do outro.
Quando me achar pobre,
ponde a meu lado alguém necessitado.
Quanto não tiver tempo,
dai-me alguém que precise
de alguns dos meus minutos.
Quando sofrer humilhação,
dai-me ocasião para elogiar alguém.
Quando estiver desanimada,
dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.
Quando sentir a necessidade
da compreensão dos outros,
dai-me alguém que necessite da minha.
Quando sentir necessidade de que cuidem de mim,
dai-me alguém que eu tenha de atender.
Quando pensar em mim mesma,
voltai minha atenção para outra pessoa.
Tornai-nos dignos, Senhor,
de servir nossos irmãos
que vivem e morrem pobres e com fome,
no mundo de hoje.
Dai-lhes, através das nossas mãos,
o pão de cada dia e dai-lhes,
graças ao nosso amor compassivo,
a paz e a alegria.
Quando a solidão doeu em mim
Quando o meu passado não passou por mim
Quando eu não soube compreender a vida
Tu vieste compreender por mim
Quando os meus olhos não podiam ver
Tua mão segura me ajudou a andar
Quando eu não tinha mais amor no peito
Teu amor me ajudou a amar...
Sabe, tá difícil amar, tá difícil esquecer, tá difícil achar alguém pra amar, mas que não seja você. Tá difícil chorar, tá difícil escrever, porque as lágrimas correm, na carta que escrevo pra você. Lagrimas malditas, que escorrem sem querem, chamam por teu nome, porque o que queria era te ver. Queria esquecer, e nunca mais lembrar, lembrar do teu sorriso, que ainda me faz viajar. Esquecer o teu olhar, queria esquecer você, mas é impossível esquecer, alguém que sempre vou amar, esse alguém sempre será você...
Eu te amei no momento mais louco da minha vida
naqueles instantes a verdade morava no teu sorriso
a paz estava no teu abraço
e te amei, com o amor angelical de uma criança
mergulhei e naveguei
como navegam os idosos ou...
como gozam os adolescentes
e te amarei, ainda que distante
ainda que embriagado, grite teu nome aos quatro cantos
não declinarei desse amor
te amar é o meu legado
meu tesouro
minha fé
te amar é tudo
complexo, infantil
delicioso
te amar é ter teu colo
doce, perfumado, acolhedor
mesmo que no imaginário
para sempre...
- É verdade!
- O que? - ela me perguntou sorrindo.
Nossa, como o sorriso dela era lindo! E eu disse:
- Quer dizer, talvez mentira. - disse, meio que fechando os olhos, fazendo um charminho para ela.
E ela perguntou:
- Do que você está falando?
E eu disse:
- Se a Patrícia em algum momento chegou para você e disse que eu gostava de você... - parei e respirei fundo. - É mentira, eu não só gosto de você, eu sou louco por você!
E eu estava gaguejando para boné! E eu continuei:
- Você é linda demais!
E ela disse:
- Por que demorou tanto?
Ela abriu um imenso sorriso! Era um sonho! Era como se eu quisesse cantar a música do U2: “Beautiful Day...” E eu lembro como se fosse ontem, eu fiz o movimento para a beijar e ela me disse:
- Você pensa que é assim é? Por que eu deveria te beijar?
Eu quase cantei para ela a música da Marisa Monte: “Beija eu, beija eu me beija”... Estou brincando! Acho que ficaria mais meigo se tocasse Kiss Me (música da banda Sixpence None The Richer). Mas eu respondi:
- Por que? Por que ninguém sente por você o que eu sinto!
E ela respondeu:
- O que você sente por mim?
- Eu sinto que um sorriso pode mover montanhas, eu sinto que vale a pena gaguejar se for para olhar o seu rosto... Eu sinto carinho pela sua doçura, eu sinto arrepios com a sua proximidade, eu...
Até que ela me beijou!
Trecho do capítulo 4 do rascunho do livro Garotos Também Amam. Max narrando para Carlos o diálogo que teve com Flávia antes do primeiro beijo deles.
Adicionado em 21/07/2009 por Ernesto Martins Faria
Sensações
Vontade de chegar em você e te dar um abraço de verdade, daqueles que eu posso demorar, porque sei que teu pai não vai me dar uma paulada na cabeça; e te apertar e dizer no teu ouvido que tu és só minha... e te morder a orelha, a bochecha e o pescoço e te beijar todinha, na testa e na pontinha do nariz, nessa boquinha linda e no queixo; e poder ficar junto de você até um enjoar do outro...
Ah, tormento que eu não posso confessar...
O que eu escrevo é a verdade, eu não minto,
eu declaro tudo aquilo que eu sinto,
e é a outra que teus lábios vão beijar...
Sei que quanto mais verdade tem no escrito,
mais distante eu te ponho dos meus braços,
pois desenho o paralelo de dois traços
que na certa vão perder-se no infinito...
Estes versos feitos para te emocionar
justificam todo o amor que tens por ela
e as carícias que esses dois amantes trocam.
E eu te excito, sem que venhas a notar
que esses lábios que tu beijas são os dela,
mas são minhas as palavras que te tocam.
