Poemas q Estao de Luto por Pai q Morreu
Sei, é o que eu poderia esperar
Ver você tão perto e mesmo assim longe
A se esquivar.
Se aproxima, belisca, sussurra coisas malucas
E quando eu olho, volta a se esquivar.
És um tiro no escuro, nunca sei o que esperar.
Suas duas faces o condena...
Uma me ama, a outra insiste em me odiar.
Tem beijo que parece mordida
Tem mordida que parece carinho
Tem carinho que parece que abriga
Tem abrigo que se vai sem motivo...
OS 6 NÍVEIS DA CONSCIÊNCIA.
1. Persistência:
Não mudo, não me transformo, luto por ser o que creio que sou. Me repito em hábitos hipnóticos. Me fecho em minhas crenças.
2. Mutação:
Transformo-me. Cesso de definir-me. Minhas defesas se convertem em pontes. Abre-se minha percepção sem que eu saiba como. Acontece-me.
3. Transmutação:
Transformo e melhoro meu mundo. Faço-me responsável pelo que me acontece. Graças a um trabalho contínuo, começo a ser consciente.
4. Adoração:
Encontro a outros seres de meu nível. Formamos um grupo sempre mutante e criativo. O eu se torna nós. Felicidade.
5. Regresso:
Tudo volta a ser o mesmo que em PERSISTÊNCIA, porém sem angústia. Agora o que era meu ego egoísta é um eu generoso. Paz.
6. Metamorfose:
Uno-me ao espaço infinito, ao tempo eterno, ao divino. Enriqueço à humanidade. Estou a serviço do Todo. Plenitude.
Hoje não
Eu luto contra esse dia todos os dias, exaustivamente.
Antes era um dia de cada vez, um dia por vez.
Hoje é uma frase que me acompanha todos os dias.
Hoje não. Não será hoje.
Mas, de forma consciente, venho me fragmentando.
Deixando pedacinhos de mim soltos.
Em tudo que faço, silencio, ouço ou digo.
Onde escrevo, onde publico.
Pedacinhos.
Talvez parte de um quebra-cabeça que não faça sentido
para quem olha hoje...
Caso, em algum momento, essa exaustão me vença,
tudo isso ganhará uma clareza e deixará de ser invisível a olhos nus.
Tudo que é invisível hoje fará sentido na minha ausência,
no momento em que todos aprenderem a ver com o coração
cada pedacinho solto de mim deixado por aí.
E isso só será possível na minha ausência.
Hoje não.
Hoje só me fragmento mais um tiquinho...
A teoria nos ensina a viver o luto e até superá-lo, mas na prática tudo fica complicado e saudoso, sofremos, não há opções menos dolorosas, menos traumáticas, menos doídas, nos aprisionamos ao ente querido.
O caixão desceu, areias jogadas em cima, flores, aplausos, homenagens, cartas e desabafos, o melhor enterro fúnebre que posso pagar, mas não conseguimos deixar quem amamos partir.
As perdas são inevitáveis, é o destino certo de todo mundo, a ausência faz sofrer, fica um sentimento de vazio, uma sensação de perigo, os motivos não convencem e começamos a viver de lembranças boas, de apego ao passado, de dolorosas saudades, se já é difícil perder um jogo de tênis, dinheiro, celular, documentos, que dirá perder afetos, perder pessoas amadas, perder a triste experiência de não mais ter.
A morte é passagem, a morte é isso, a morte é aquilo, a morte está longe de ser conceituada, a ausência de vida, o amor que se foi, a esperança de cura que acabou, o luto traz força brotada de dentro, utilizamos a paciência, repousamos com choro e soluços, paralisamos a vontade de viver, a vida fica sem graça, o luto é obrigatório, mas ninguém nos ensinou, aprendemos na marra, deixamos de pertencer a vida do outro que se foi, ganhamos um anjo, uma estrela, um guia.
Luto = Lutar por recomeço
Aceito meus defeitos,
Admito minhas fraquezas,
conheço meus limites,
luto enquanto posso,
sou persistente enquanto sei que sou capaz,
supero meus obstáculos,
aprendo com meus erros.
Amo minha vida e tudo que faz parte dela.
Com fé e força ainda luto
E acima de tudo me sinto um vitorioso
É quem sabe eu não sou nada
Mais o tempo não para
Tô seguindo e só desisto morto
Aqui, na Terra, a fome continua,
A miséria, o luto, e outra vez a fome.
Acendemos cigarros em fogos de napalme
E dizemos amor sem saber o que seja.
Mas fizemos de ti a prova da riqueza,
E também da pobreza, e da fome outra vez.
E pusemos em ti sei lá bem que desejo
De mais alto que nós, e melhor e mais puro.
No jornal, de olhos tensos, soletramos
As vertigens do espaço e maravilhas:
Oceanos salgados que circundam
Ilhas mortas de sede, onde não chove.
Mas o mundo, astronauta, é boa mesa
Onde come, brincando, só a fome,
Só a fome, astronauta, só a fome,
E são brinquedos as bombas de napalme.
Veja a árvore, coma o fruto.
Coma o fruto e plante a semente.
Não deixe o mundo de luto.
Deixe o mundo mais contente.
Luto pela Bondade
Quero viver num mundo sem excomungados. Não excomungarei ninguém. Não diria, amanhã, a esse sacerdote: «Você não pode baptizar ninguém porque é anticomunista.» Não diria ao outro: «Não publicarei o seu poema, o seu trabalho, porque você é anticomunista.» Quero viver num mundo em que os seres sejam simplesmente humanos, sem mais títulos além desse, sem trazerem na cabeça uma regra-, uma palavra rígida, um rótulo. Quero que se possa entrar em todas as igrejas, em todas as tipografias. Quero que não esperem ninguém, nunca mais, à porta do município para o deter e expulsar. Quero que todos entrem e saiam sorridentes da Câmara Municipal. Não quero que ninguém fuja em gôndola, que ninguém seja perseguido de motocicleta. Quero que a grande maioria, a única maioria, todos, possam falar, ler, ouvir, florescer. Nunca compreendi a luta senão como um meio de acabar com ela. Nunca aceitei o rigor senão como meio para deixar de existir o rigor. Tomei um caminho porque creio que esse caminho nos leva, a todos, a essa amabilidade duradoura. Luto pela bondade ubíqua, extensa, inexaurível. De tantos encontros entre a minha poesia e a polícia, de todos esses episódios e de outros que não contarei porque repetidos, e de outros que não aconteceram comigo, mas com muitos que já não poderão contá-los, resta-me no entanto uma fé absoluta no destino humano, uma convicção cada vez mais consciente de que nos aproximamos de uma grande ternura. Escrevo sabendo que sobre as nossas cabeças, sobre todas as cabeças, existe o perigo da bomba, da catástrofe nuclear, que não deixaria ninguém nem nada sobre a Terra. Pois bem: nem isso altera a minha esperança. Neste momento crítico, neste sobressalto de agonia, sabemos que entrará a luz definitiva pelos olhos entreabertos. Entender-nos-emos todos. Progrediremos juntos. E esta esperança é irrevogável.
Pablo Neruda, in "Confesso que Vivi"
Me vesti de preto, não porque estou de luto...
Mas porque não estou bem!
Peguei minha xícara de café, e sentei...
Sentei no sofá cor de canela.
Tomei cafeína para ver se existia...
Existia com urgência, querendo sair logo desse marasmo...
Marasmo da rotina...
Rotina que me faz saturar.
Me fazendo suspeitar do dia, da luz, me fazendo preferir o breu...
Breu esse, que impregna meu espírito de solidão...
Solidão essa, que faz nublar o céu azul, sem perguntar sua opinião!
Que transforma o dia quente e intenso, em dia de frio e insensível.
Mas ao mesmo tempo me acalma, domina meu ânimo.
Me faz refletir no ontem, no hoje.
Me sinto por horas melhor, ouço até minha respiração quente sobre o travesseiro.
Mas não quero...
Deixar a solidão, o marasmo, e a rotina me pegar...
Agarrando as minhas pernas...
Grudando feito lepra no meu corpo e me fazendo estacionar.
Um dia inteiro desse veneno que foi absorvido pela pele...
E, espertamente se instalou na alma, já basta!
Ser serena com tristeza?
Não vale a pena!
Quero a substância do amor, que é cheia de vigor.
Prefiro mesmo os dias agitados que são cheios de calor.
Calor humano, que me inspira...
Me inspira o coração, os sentimentos...
E o mais importante, os meus pensamentos.
Sabe o que desejo mesmo?
É sangue quente circulando por minhas veias, sempre!
Tem noite que eu nem durmo
Só peço a Deus progresso aos meus
Rumo ao topo do topo do jogo
Luto muito, mano, mas ainda é pouco
Luto para entender meus pensamentos
Penso para esquecer meus sofrimentos
Sofro para apreciar meus melhores momentos
Momentos que ao seu lado são únicos
E únicos são os versos que escrevo
Pois escrevo para você
Você que pensa, sofre, aprecia,
e também escreve o que deseja.
Eu luto pela paz que me ensine a iluminar meu próprio interior
Pra que os dias tão ruins dessa realidade
Não se tornem razão pra destruir o bem dentro de mim
Não ... não sou exemplo de nada,
não sou um anjo de candura...
Apenas luto...luto muito para não me dobrar
aos meus sentimentos menos nobres,
para não me curvar aos meus ímpetos
de torcer pescoços, responder na lata,
devolver ofensas, mandar "catar coquinhos"...
Resolvi que sou eu quem decide como vou reagir
ao que não me agrada, ao que me ofende
e, que não reagirei da forma esperada,
mas da forma que não me fizer mal.
Cika Paroloin
Ninguémsabe quem sou
e nem de onde venho,
só eu carrego a minha dor,
luto muito pelo que tenho
Ninguém pode imaginar
tudo que na vida já passei,
andei depressa e devagar,
mas bom caminho tracei,
Sigo sempre pela reta,
para conseguir ser melhor,
viver bem é minha meta,
sou da paz e do amor...
Nós perseguimos mentiras mal contadas
Nós encaramos o caminho do tempo
E mesmo assim eu luto, e mesmo assim eu luto
Nesta batalha completamente sozinho
Ninguém para quem eu possa chorar, nenhum lugar para chamar de lar
Meu amor próprio foi violado
Minha privacidade foi invadida
E ainda encontro, e ainda encontro
Se repetindo em minha mente
Se não posso ser meu mesmo, eu me sentiria melhor morto.
Não luto por mim,
Disseram-me que não devia ser assim
Minha luta é pelos que amo,
Se eu estivesse lutando por mim
Eu já teria posto um fim!
Sim eu luto, conquisto e alcanço!
Pode ter certeza disso!
A Felicidade se encontra nas coisas mais simples da terra!
As vezes a paz de um sorriso pode desarmar uma guerra!
Não ligo que me olhem da cabeça aos pés porque nunca farão minha cabeça e nunca chegarão aos meus pés!
Eu já nasci com isso,e luto com unhas e dentes
Aquilo que quero boto na mente pra mim
Me pertence
Eu vou além e quero mais é por isso que sou voraz
É um processo educativo inteligente
Eu vim pra incentivar,pra te encorajar
Nunca tá bom,pra mim e dá melhorar
