Poemas Pessoas Gordinhas
Se as pessoas se limitassem a tentar convencer os outros apenas do que podem comprovar, sem cair na área da interpretação, já conseguiríamos eliminar um sem número de conflitos que dão causa, inclusive, a genocídios sob forma de “guerras santas” em defesa de teses que jamais se mostrarão irrefutáveis.
Pára de brincar de Deus e assume tua natureza: jamais poderás controlar o que as pessoas pensam ou como irão reagir a respeito. Só tens que entender que não tens ação sobre o que não te diz respeito e colocar teu foco na ilimitada capacidade de gerenciar teus próprios processos mentais e emocionais para cuidar de ti mesmo, em vez de te afogares nas ondas em que as pessoas te envolvem.
Tem pessoas cujas trajetórias de vida me servem como verdadeiras bússolas, onde cada decisão contra a qual se interpõem me aumenta a convicção de que estou no caminho certo.
Se a educação começasse no berço as pessoas não dependeriam de igrejas para serem honestas, Deus não precisaria do medo delas para que fizessem o que precisa ser feito, e nem de "porta-vozes" para falar a seus corações, os mesmos que, em vez de juntá-las, as dividem entre "escolhidas" e "condenadas".
Existem pessoas tão egoístas que, mesmo quando lhes oferecemos desinteressada e generosamente tudo o que precisam, elas tratam de impor regras sobre aquilo de que indevidamente se apropriam de forma a exercer controle sobre nossa própria contribuição. São capazes, inclusive, de arrogar para si direito indiscutível sobre quaisquer ganhos presentes ou futuros que possam fugir-lhes ao controle, e dos quais pretendem extrair todas as vantagens possíveis sem dividi-las com quem lhas proporcionou
O risco de não se dar tratamento digno e justo às pessoas é que, a partir da hora em que um primeiro se rebela, estabelece-se um referencial para que outros o imitem ao se perceberem na mesma situação de subserviência. No momento seguinte o agente dominante terá em todos os demais uma potencial ameaça de desmantelamento em cascata de sua estrutura de poder, tendo então que conviver com uma espada pendendo sobre sua cabeça durante todo o tempo em que permanecer repetindo com os que ficam os mesmos erros cometidos com o rebelado. Se for inteligente, restar-lhe-á então usar a experiência para mudar o rumo ou caminhar inexorável e seguramente para sua tragédia anunciada.
Não existe nada que se preste mais a resgatar o sentimento de justiça nas pessoas do que quando se vê alguém colocado no lugar onde sempre mereceu estar.
Não é a ideologia que faz a pessoa, mas as pessoas é que deturpam e emburrecem as ideologias que abraçam.
Não é raro que você compare as trajetórias de pessoas famosas - algumas até meteóricas - com a sua, e se pergunte: “O que fiz de errado, que para mim não deu certo?” Quando isso acontece eu lhe afirmo que o único erro que repete é confundir sucesso com fama e dinheiro. Estes são MEIOS! Sucesso é o fim que se atinge depois que os meios passaram (e eles SEMPRE passam!). É aquele encantamento interno que fica nos outros e em nós mesmos, quando o constatamos. Sempre que conseguimos isso, temos sucesso. Uma celebridade pode encontrá-lo na forma como governa, como canta, ou como revela uma habilidade incomum, caso se entregue a elas com paixão, e as enxergue como missão. Assim, seu sucesso total não fica atrelado a fama e fortuna quando atinge um número enorme de pessoas que você encanta, e consegue transformá-las apenas com a habilidade de fazê-las pensar, pra nunca esquecer. Depois olhar para trás, conhecer o que fez e concluir: EU FIZ ISSO!
Cresci ouvindo as pessoas me dizerem do quando admiravam minha inteligência. Na mocidade, preocupado apenas em viver a vida, isso não fazia a menor diferença. Na maturidade vem a vontade de descobrir como ela poderia facilitar-me alguma coisa. Na terceira etapa da vida sobrevém a consciência de que ela não nos livra das mazelas humanas, e a hora é de aproveitar o tempo para torná-la útil aos outros e ao que resta de bom em nós mesmos.
Não fique à espera do que as pessoas não podem - ou não querem - lhe oferecer, nem insista em alterar sua rota em função de quem não vive o seu momento. Apenas coloque-se disponível, e aqueles que quiserem compartilhar os seus com você saberão o que fazer para encontrá-lo.
É bem verdade que são as pessoas, e não os livros, que mudam o mundo. Mas também se sabe que é nos livros que elas descobrem como fazer isso!
A confiança é, talvez, o maior capital que construímos junto às pessoas ao longo de nossa existência. Quando não lhe damos o devido valor de forma contínua e habitual, não há como esperar que esse capital não se esgote em algum momento, e sem garantias de que seja resgatado. As pessoas, numa primeira instância, podem ainda acreditar nele; na segunda experimentam oferecer um voto de confiança, mas a terceira dificilmente passa de um “pagar pra ver”, isso se todos já não estiverem convencidos de que o ponto da reversão foi ultrapassado, não tendo como culpá-los por isso! Essa é uma das coisas, portanto, onde o mais importante é o “durante” e não o depois, na construção de uma obra que jamais termina e é avaliada ao longo de todo o nosso tempo, e não no ato da entrega de um suposto “produto acabado”.
Dou meu crédito e profundo respeito a pessoas de convicções fortes como resultado de um longo processo de análise das antíteses filtradas por sua inteligência, que as conduz invariavelmente a um equilíbrio responsável em suas conclusões e empresta consistência e confiabilidade às idéias que defendem. Quanto menos doutrinárias ou dogmáticas forem, mais isentas e confiáveis se farão suas análises, pois que não estarão sujeitas aos moldes de suas próprias crenças. A maturidade me encontrou como um livro aberto desejoso de se manter fora das tribos e longe das mentes fracas que se deixam convencer sem refletir por si mesmas, das que constroem “verdades” sobre idéias de outrem que vão incorporando à sua lista de bandeiras sem nunca terem-nas submetido a nenhum tipo de filtro. São movidas pelo mero prazer de repassar “filosofia de papagaio”, em que não há critério nem responsabilidade para com os efeitos que produzem. Teses conscientes não dependem de bandeiras ou correntes para se disseminarem: elas se impõem por si mesmas, mas entre as pessoas que farão a diferença.
Você não é admirado somente pelas idéias que brotam de sua inspiração,
mas também pelas pessoas que o inspiram dentre aquelas que admira.
Existem pessoas dignas de pena, e isso é uma coisa muito triste. Quando alguém me olha com pena, sinto que perdem o respeito pela minha história e enxergam apenas a figura fragilizada. Essa “solidariedade” envenena mais do que auxilia, pois revela preconceito velado, acham que minha existência se resume ao sofrimento, e não ao ser humano que ainda resiste.
A intolerância chegará a tal ponto que as pessoas inteligentes serão impedidas de fazer qualquer reflexão para não ofender os imbecis.
Vejo no rosto das pessoas o desejo de julgar-me sem conhecer minhas lutas, qualquer pergunta sensata sobre meu estado gera desconforto, pois confronta uma realidade que preferem ignorar. Nesse cenário, minha busca por entendimento e diálogo se tornam silenciadas, o medo de “ofender” alimenta intolerância ainda maior.
Pessoas mal resolvidas andam destruindo outros seres humanos, vejo o reflexo dessa destruição em cada comentário disfarçado de “conselho” que recebo, como se eu precisasse de “dica de vida.” Reconhecer a dor alheia como um projeto de poder me faz repelir qualquer ajuda guiada por interesse, mas também me isola, pois me torna cético até diante de intenções genuínas.
As pessoas são cruéis, elas têm medo de tudo que é diferente, porque a gente revela como elas são absurdamente iguais e entediantes, meu corpo marcado pelas sequelas e meu discurso melancólico mostram a quem me observa que a vida é dura, e isso assusta quem prefere ignorar qualquer desconforto.
Ao me ver diferenciado, projetam insegurança, ofendem-me até que eu me cale, e só depois percebem o quanto a uniformidade que tanto prezam aprisiona todos numa ilusão de normalidade.
