Poemas Pequenos de Amor

- Garçom, uma dose de amnésia e duas de desapego por favor...
- Vai uma de amor também?!
- Não, não. Deixa pra outro dia!

Extremos são de amor os que padeço,
Ó humano tesouro, ó doce glória;
E se cuido que acabo então começo.

Assim te trago sempre na memória;
Nem sei se vivo, ou morro, mas conheço,
Que ao fim da batalha é a vitória

Plante.
Prepare a terra com carinho, semeie com doçura,
regue com devoção,
proteja com amor, e sinta-se feliz em fazer tudo isto,
porque nesta vida a colheita nem sempre será tua,
mas a ação de plantar, em si,
é que consiste no verdadeiro bem.

O amor aos cães
costuma ser acompanhado
por uma certa perda
de confiança no homem

Olha para mim, amor, olha para mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega-me com o brilho de teus olhos
Que cega ando eu há muito por te amar.

Cultivava a vaidade e a beleza
como fonte principal de seu amor-próprio
e assim, com o passar dos anos e as marcas do tempo,
tornava-se a cada dia mais infeliz.

E ninguém dirá que é tarde demais
Que é tão diferente assim
Do nosso amor a gente é que sabe, pequena

O amor que a teu lado levas,
a que lugar te conduz,
que entras coberto de trevas
e sais coberto de luz?

Tudo manha, truque, engenho:
é descuidar, o amor te pega,
te come, te molha todo.
Mas água o amor não é.

Eu ponho o amor no pilão com cinza
e grão de roxo e soco. Macero ele,
faço dele cataplasma
e ponho sobre a ferida.

Amor tem que doer um pouco
tem que ter gostinho de luta
e de saudade
que é pra não apagar o fogo da paixão
e tudo virar apenas amizade.

O amor usa o correio,
o correio trapaceia,
a carta não chega,
o amor fica sem saber se é ou não é.

Alguém já sofreu por amor?
Eu não acredito nisso!
Se o amor é verdadeiro não existe sofrimento...

❝
Não existe amor que sobreviva só de sentimentos,
sem a conversa mansa.

Submetido à dor,
todo amor passa pelas fases do sacrifício,
da raiva, da revolta, da tristeza,
do sofrimento puro e simples,
até o momento em que a pessoa (que era amada)
já não faz diferença alguma...

Lá no morro
De amor o sangue corre
moça chorando
Que o verdadeiro amor sempre é o que morre

E sou meu próprio frio que me fecho
longe do amor desabitado e líquido,
amor em que me amaram, me feriram
sete vezes por dia em sete dias
de sete vidas de ouro,
amor, fonte de eterno frio

Muitos amaram teus momentos de alegre graça,
e tua beleza, com falso ou vero amor,
Mas um homem amou a alma peregrina em ti,
E as mágoas de teu rosto sempre a mudar.

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito mais o que fazer
Escuto a correria da cidade, que alarde
Será que é tão difícil amanhecer?

O amor tem o poder de prolongar as distâncias.
Os passos perdem a pressa. Chegar não é mais importante.
O encanto está no ir. Um ir eterno, sem destino, sem tréguas.
Um chegar que não chega nunca.