Poemas para Bodas de Prata dos Padrinhos
Indiferença...
Acordam, ainda respiram, se tem, tomam o café da manhã e, em seguida, se podem, buscam um banho.
A pé, de ônibus ou metrô enfrentam o desafio de chegar ao trabalho ou por mais um dia em busca dele continuar.
Convivem com a fome enquanto tantos, enfastiados, não sabem o que escolher.
Supermercados e restaurantes descartam comida boa todo santo dia.
A noite chega, lá se foi mais um dia, igual a tantos outros que já se foram e, indiferentes, seguimos.
Não nos importamos mais, estamos nos deixando envolver pela indiferença.
Alguém, sem alarde e como sempre, prestando atenção, oferece um prato à mãe e seu filho que, constrangidos, agradecem e procuram um canto, escondidos saciam a fome de horas.
Erros e acertos fazem parte de quem tenta realizar, não há certezas, a não ser a finitude que, dia-a-dia, se aproxima e com ela a paz do que se realizou ou se arriscou a fazer ou, pior, sequer saber que não se fez nada.
Calmaria...
Quando tudo parecer ruir, especialmente em seu íntimo,
insista em acreditar que ainda não é tempo,
e nem se perca em saber o quanto te sobra,
deixa e não dê ouvidos ao seu conhecido vazio,
procure se há por perto ainda um sopro de ar pra
chispar dessa calmaria que,
não só teima em voltar,
sorrateira,
insiste em ficar,
ou, atente,
pode nunca ter ido...
Todos os filhos serão recolhidos...
Ambiente de absoluta escuridão parece mais um lugar de nada, há um vento frio e uma garoa incessantes e, ao fundo, ecoam estridentes vozes, algumas poucas a gargalhar, a maioria é de gemidos e prantos convulsivos, há tantos pedindo socorro meu Deus, legiões de seres com as mãos estendidas, vagueiam e tateiam nesse breu uma saída, alguém que os ouça.
Em meio à atmosfera tão densa alguns emitem débeis sinais de luz.
Há uma caravana de socorristas à espera dessas luzes pálidas, vieram em busca de mais uma pequena e significativa leva de seres em maturação.
Agora, com cuidado, delicadamente iniciam feliz colheita, um a um, são envolvidos em mantas aquecidas, recebendo fluídos ainda necessários que aliviam em parte seu intenso desconforto e sofrimento.
Com os acolhidos dessa exitosa missão a caravana parte para o pronto socorro mais próximo onde outros irmãos, em prontidão, estão para sequenciar o amparo designado.
Quantas incursões mais serão necessárias sabendo-se que milhares ainda ficaram?
Não importa, nenhum filho de Deus será esquecido, há, contudo que se respeitar as leis divinas, cada um no seu tempo, o mérito é individual e coletivo.
Paz e serenidade.
Confia...
Coração pequenino, apertado e em total descompasso, entre tantas palavras faladas, ouvidas e mal compreendidas, lembra-se de receber a notícia de que um ente frágil e querido está acometido por doença grave e incurável.
Foi-se lhe então todo o chão, os planos, não sabia mais o que pensar, esperava que Ele a ouvisse em suas preces e permitisse uma cura, era sua esperança, sem ela não sabia o que seria.
Desde então só enxergava vultos ao seu redor, tudo e todos estavam em cinza, nada parecia real.
Pedia e repetia a Deus, o que fazer diante dessa tragédia?
Sempre acreditara que nada nessa vida é por acaso, mas e agora?
Só sentia o medo e a dificuldade em aceitar, ciente estava que situações assim ocorrem diariamente para com muitos mais, afinal somos todos iguais, pobres ou ricos, não importam as crenças, certeza apenas de que a presença Dele, em quaisquer circunstâncias, é sempre certa.
Suplicava ajuda e admitia não estar conseguindo praticar os ensinamentos aprendidos, dentre eles o de, em qualquer dificuldade, Nele confiar com a fé inabalável e que esses momentos são oportunidades para praticar o desapego, sabendo ser essa vida apenas um lampejo necessário ante a eternidade que se seguirá.
Passado algum tempo ainda se percebe pensando em como tudo poderia ser diferente, mas um sonho recorrente, ambientado sempre num lugar diferente, a espera em cada adormecer, já estivera num hospital, numa escola, ouvindo palestras e orquestras.
Desta vez, logo após acordar, lembra-se da paz e conforto numa ampla e vistosa planície com brisa suave e o nascer do sol e a palavra que vem e vai, confia!
Paz e serenidade!
Histórias de amor...
Não tem início no tempo,
apenas já existiam,
afloram sem muitos porquês,
seguem um curso que suporta obstáculos,
não importa quão tortuosos sejam os caminhos,
a força que as move se revigora em
delicados sinais,
quando do sono agitado um único desejo,
um breve momento ameno e tranquilo,
quando da dor intransferível a presença
com o abraço e o colo que aliviam,
quando das crises naturais e humanas,
o recomeço ao amanhecer de um novo dia,
histórias de amor verdadeiro não se explicam,
nem sempre fáceis, são escolhas possíveis.
Seu rosto, seus olhos...
Seu rosto vive em minha mente,
luto contra o tempo para não esquecê-lo,
espalhei pelos cantos preferidos
cópias em vários tamanhos das
poucas fotos que restaram,
as primeiras mostram seu jeito acanhado,
com suas mãos escondendo parte de sua face corada
e seus cabelos de propósito desarrumados,
gosto de todas, mas há uma especial,
a que registra seus olhos expressivos e delicados
que me diziam tudo que eu precisava...
Já não há...
- Por favor, diz-me, agora, quanto você quer de felicidade?
- Ah, assim, do nada, sei lá...
- Por favor, diz-me, agora, quantas pessoas você quer bem?
- Tenho tantos amigos...
- Por favor, diz-me, agora, quando foi que disse amar alguém?
- Hoje mesmo, quando...
- Por favor, diz-me, agora, quando sentiu amor por alguém?
- Gosto de tanta gente...
- Por favor, diz-me, agora, dizer e sentir amor é igual?
- Acho que...
- Por favor, diz-me, agora, aceitaria não pedir nada em troca?
- Não sei...
- Por favor, diz-me, agora, quando foi que chorou de amor?
- Não me lembro...
- Por favor, diz-me, agora, o que te faria renunciar?
- Abrir mão assim, sem...
- Por favor, ouça-me, agora, não tenho dúvidas, amo você desde sempre, não senti-la e ouvi-la, longe ou ao lado, por um minuto, por um dia, por toda uma noite, seria um desafio e nem quero pensar nisso, acredito que nada é por acaso, não podemos tomar posse de pessoas, mais ainda de quem gostamos ou, em especial e de verdade, amamos, quando pedirmos provas de amor ele já não há...
- Por favor, diz-me, quando puder...
- Ah...
Mantas da vida..
Quando inquietos, o que hoje não é raro, talvez estejamos a buscar sentidos no que ainda se faz oculto, mas está presente em nossa caminhada.
Difícil, mas necessário aprender com o tempo que o melhor é não escolher atalhos afoitamente, embora aparentem encurtar caminhos, apenas ensejam e alimentam a ânsia de chegar mais rápido, onde estão nossas entranhas para lá nos fartarmos de todos nossos segredos.
Apenas engano, necessário jornadear por onde tem que ser, assuntando os sinais, sons e cheiros que, por menores e supostamente desconexos que sejam, na verdade são significativos retalhos das mantas das vidas, estas sim, entrelaçadas com um único fim que ainda desconhecemos...
Até breve...
Sabia que era adeus,
preferia até breve,
ausências anunciadas
que não deveriam nunca ser,
mas o olhar confessa,
não tem como esconder,
ficam os dias e as noites
que se foram, mas
estarão sempre por perto,
nunca será passado...
Luar no Alasca...
ontem,
inquieto,
precisava arejar as ideias batidas,
dar uma fugida,
então dei um pulinho ali,
no Alasca,
lembrei de você e te trouxe uma pequena lembrança,
a lua estava por lá,
e não permanecia apenas bela,
é minha segurança e certeza de,
com ela,
reencontrar um tempo que assegura o ontem,
com o desejo de continuar para sempre...
A minha andorinha nunca será presa em uma gaiola; Eu a amarei tanto que nunca surgirá no coração dela o desejo de partir, apesar de ser livre para ir;
Quem ama jamais aprisiona;
Quem ama conquista a pessoa amada todos os dias.
Amor, substantivo abstrato.
Dois, numeral.
Pessoas, plural.
Planos, sujeito indeterminado.
Sentimentos, singular.
Nós, sujeito oculto.
Eu, metáfora.
[...]
Ah, os eternos começos... como são lindos!
Daí você para em si, cai em si. Reflete. Respira fundo. Cai em uma profunda nostalgia vivida, por vezes não vivida. Relembra do começo, do recomeço; Ah, como os começos são lindos, não? Passam-se momentos, anos até. Você comemora. Vive. Revive. Chora. Implora para o sentimento permanecer. Comemora, embora sabendo que esta poderá ser a última comemoração a dois, o último afago trocado. Vive-se intensamente cada presente, cada segundo, como se fosse o último, como se o futuro não fosse existir. E é isso... vivemos de momentos, somos momentos vividos, estamos vivendo.
Mundo solitário, espera.
Pessoas sombrias, aguarda.
Um futuro brilhante, fracassa.
Palavras bonitas, palavras.
Momentos difíceis, contínuo.
Pretérito vivido, valeu.
Presente áspero, futuro.
Futuro desejado, aquém.
Eu lírico, eu.
Exclama, interrogação.
[...]
O auge das suas vivências está nas coisas que estão ao seu redor:
Na relva que se estende diante de sua casa.
Na rosa em cima de sua mesa..
Na música que você ouve.
No silêncio que você se concede
As belezas estão todas aí...
Você só precisa percebê-las.
Cika Parolin - Fevereiro de 2014
Ama a todos. Não queira mal os que não te querem bem...
Tome as roseiras como exemplo... elas tomam chuva, sofrem com o frio, o vento e o sol inclemente, no entanto, continuam florindo e dando ao mundo o seu melhor.
Cika parolin
Não tenho mágoas no coração, não desejo mal a ninguém...
aprendi muito cedo que manter o espírito livre de sentimentos
negativos traz serenidade ao coração, nos permite usar o tempo de forma saudável e abranda os pensamentos menos nobres a nós dirigidos.
Cika Parolin
Seus sonhos são o combustível para lhe motivar a atingir seus feitos, nunca pare de sonhar e persista, invista mais tempo nos objetivos que irá te levar a concluir e resultará a conquistar seus sonhos com êxito.
Haverá lutas, mas haverá vitórias se não desistir e lutar por aquilo que se almeja.
Não podemos mentir para o magistério e a sociedade gaúcha: o Estado não tem condições de dar reajuste para os professores, mesmo reconhecendo que merecem."
[Secretário da Educação]
A linha do tempo te leva com o vento numa estrada sem limite.
Você busca uma verdade de um fato que não existe.
Pensa longe, viaja no pensamento no mesmo lugar.
Não conhece a realidade, vai para outra cidade viver a ilusão da felicidade.
Esquece da verdade. E com isso, uma nova idade surge a cada segundo, mudando os reflexos, se perdendo no mundo, você esquece de conhecer a vida, segue nesta estrada só de ida, E ai quando entende o fato, pensa em voltar. Mas não existe retorno. Seu objetivo ficou para traz e as flores da primavera estão longe. Nós estamos numa outra estação
Talvez não tenhamos outra chance. Esse trem segue uma trilha e nos deixa cada vez mais distante. E o mundo pode não ser mais o mesmo de antes, a idade vem sem piedade mudando tudo. A solidão pode ser cruel com quem não aproveita o céu da juventude pra construir seu rumo no coração de alguém
Vamos viver hoje, pois amanhã é outro dia.
Autor: Carlos Alberto Ramos de Albuquerque
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