Poemas Mar

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MEU BARCO AO MAR

Sinto que está chegando a hora de zarpar âncora
Não mais me sinto seguro, menos ainda útil neste porto.
Vejo-me impotente, sentado à beira da plataforma sem nada fazer.

Não sei se ele ficou pequeno demais? Ou apenas monótono!

Sei, porém, que ele já não mais oferece o que eu julgo necessário à minha sobrevivência.

É hora de içar velas, e como marinheiro louco...
Seguir a direção dos ventos ou lutar contra seu ímpeto furioso

Deixar-me orientar pelo brilho das estrelas,
ou então baixar os olhos e deixa-los perdidos na escuridão da noite no mar
Ousar-me desafiar as ondas turbulentas na tentativa de conquistar o horizonte que descortina aos meus olhos,
ou permanecer na tranqüilidade e marasmo do cais.

Percebo que preciso lançar meu barco em águas profundas;
Em águas revoltas, que embora ofereçam perigo,
Também proporcionam um misto de aventura e desafio e no final da jornada a sensação de auto-realização.

É chegada a hora de desatracar meu barco;
Lança-lo bravamente em direção ao horizonte que os meus olhos contemplam;
Conquistar novo horizonte;
Ancorar em outro porto;
Caminhar por outros cais;
Buscar, beber novas águas,
E viver, ou pelo menos tentar viver os meus sonhos.

Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.

(do poema "Mar Português")

Já convenci até o mar deixar de onda
Já convenci o sol se pôr no meu lugar
Já convenci o Alasca a quebrar o gelo
E vou te convencer me amar

ÁGUAS DO MAR

Eu fico olhando pro mar, vendo sua imensidão,
quantas vidas dependem dessas águas,
quantas vidas se perderam nessas águas.
Eu fico olhando pro mar, o quanto ele é inspiração,
suas ondas calmas e enfurecidas,
é pintura nos quadros, fotografias nos porta-retratos.
Eu fico olhando pro mar, águas frias sobre o tom azulado,
no fundo esconde segredos, bem no fundo mistérios,
águas que lavam a alma, levam pedidos e é citada na fé.
Águas que parecem brotar em meus olhos.

Terra boa.

Vem do mar, da agricultura
vem do rio e do terreiro
vem do mel da rapadura
vem das terras do roceiro
do engenho a cana pura
e o nordeste tem fartura
que abastece o mundo inteiro.

Liberte tua mente do mal que te faz retroceder
Um banho de água do mar pra nenhuma bad bater
Seguir de mente aberta vai te fortalecer
E o corpo fechado é o que blinda você

Pobre Lua

O sol beija o mar e se despede,
Em seu lugar estará em breve a lua.
Refúgio dos solitários,
Encanto dos enamorados...
Pobre lua que do alto ouve as queixas
E talvez entenda de solidão.
Talvez entenda de amor...
Pobre lua que só sabe iluminar o mar.
Seu riso de prata seduz mas não responde
Aos pedidos que lhe fazem os
Solitários e os namorados...
Toda noite é assim, e
Quando o mar novamente acordar,
Haverá apenas pedaços de luar...

És linda Olinda

És linda Olinda,
Mar verde feito esmeralda,
território histórico dos Quatro Cantos.
Vento forte a soprar as ondas que se quebram na praia.
Mal posso ver da Sé.
Espumas no ar e o sabor da maresia nos lábios dão uma sensação de conforto.
Farol a iluminar as noites de verão.
És linda, és Olinda.

Amo-te mais cada dia
Longe quem sou eu?
Sou como a concha vazia
De quem o mar se esqueceu!

Sentenças filosóficas de Empédocles:

- O sol, uma seta aguda. A lua do olho claro. O mar, suor da terra. A noite, solitária e cega.
- Os iguais se reconhecem.
- Sobrevive o que for mais capacitado.
- O mundo evoluiu da água por meios naturais.

Sei que a andorinha está no coqueiro,
e que o sabiá está na beira-mar.
Observo que a andorinha vai e volta,
mas não sei onde está meu amor que partiu e não quer voltar.

Dona da Saudade

Ela tem olhos de mar aberto
Profundidade que não se mensura

Herdou dos Deuses, em seus lábios,
O além da eternidade, o infinito

A alma é trajada de lua
E ornada por mistérios

Ela é como um avatar celeste
Consignado a mim sem explicação

Tantas das minhas vidas irão passar
Antes que eu possa traduzi-la

Será que o mundo é contente?
onde alguém que é diferente
enfrentando um mar de gente lutando por igualdade,
quem sabe essa vontade esse almejo por igualdade pode se tornar verdade
e um dia acontecer.
seja amor e amizade, dê presença de verdade pra alguém que precisa de você.
plante o bem e colha o bem, ofereça tudo que tu tem, faça algo faça o bem.

Simplesmente amar você
Procurei outros acordes pra tocar.
Procurei outro céu, outro mar,
Outra lua pra te dar.
Procurei outra forma de caminhar
Sem dor, sem rancor, sem pudor,
Sem pra trás olhar.
Procurei outro jeito de te desejar,
Inocente, sacana e não vulgar.
Procurei outra pista pra decolar
E sequei minhas asas pra poder voar.
Encontrei em teus olhos
Uma ilha perdida no mar.
E em teu coração eu fiz pista pra pousar.
Nas curvas do teu corpo
Encontrei meu caminho.
Segurei tua mão e vi que não estava sozinho.
Encontrei em teu sorriso
Uma forma de me libertar.
Olhei teus olhos e vi o mar
E do teu abraço fiz meu lar.
Você me fez acreditar
Que o nosso amor vai se eternizar.
E nem em poesia consigo descrever
Hoje sei que amar
É simplesmente amar você...

NÔMADE

Venho de longínquas terras, do mar
Peregrino no cerrado, místico errante
Em busca do meu eu, de me achar
E neste chão novo, fui caminhante

Assim, no encanto eu fiz o instante
No olhar e no coração, sob o luar
E na diverso do sertão inconstante
O fascínio me ensinou como amar

E neste aroma delicioso sonante
De vagante ao pouso, pus a ficar
Nos dias felizes aqui tão distante

Trouxe no peito o nômade sem par
Formosa vontade no bem suplicante
Cá aterrando no horizonte deste lugar

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano

ardo do meu coração
sonho pesado esquecido num mar,
o oraculo de um pesadelo,
sendo passado no mar de solidão...

"Com os ventos que sopram do mar e firmeza, meus pés flutuam na terra , nas rochas, nos rios, nos sonhos nas nuvens...
Minha alma cigana não cansa de dançar...
Com os encantos das labaredas que bailam ritmadas nas fogueiras e a magia das cores do arco íris, que despontam no céu após as tempestades de verão...
Minha alma cigana não cansa de caminhar...
Quando preciso de folego,sintonizo nas melodias da vida, respirando as brisas das lembranças do passado, e me alimento das memorias que me lapidam, mas nunca desistindo de seguir.
Com a poeira da estrada escrevo minha história e planto minha selva
Com as flores que ganhei do destino; vou cobrindo cada caminho...
E com a essência do jardim do coração, retiro o amor do existir e perfumo minha alma...”

Declare ao céu, ao tempo e ao vento...
Declare ao sol,ao mar e a areia...
Declare a lua ao dia e a noite...
Declare ao mundo, ao espaço e ao infinito...
Como simplesmente amar é o dom mais bonito.

Nas ondas do mar
Que, na areia, morrem,
Raios do luar...
Nas águas que correm,
No doce do mel,
Estrelas do céu.
Na felicidade
Na claridade,
Barco de papel.

Numa pipa no ar,
Rosto de criança
Ir ao céu, voar
Toda esperança
Nessa verde mata
Queda da cascata
Riso tão feliz
Todo bom matiz,
O belo arrebata.

Um sonho de infância
Na calma do ninho
Na paz duma estância
Asa, passarinho.
Em tudo na vida
E também no amor.
No doce calor
No abraço fraterno
Carinho tão terno
Que impede uma dor.

Na voz tão serena
Que acalma quem chora
Na luz mais amena
Que a vida decora.
Nos braços da amada
Na bela alvorada,
Nos sonhos risonhos
Nos mais belos sonhos,
No rumo, na estrada...

Não deixa que escuro
Se torne meu mundo
Amor tão maduro
Maior e profundo.
Andando, comigo,
Não vejo perigo,
A vida se acalma
Inunda a minha alma
No amor de um amigo!

"No mar da solidão "
Quando fico sozinha,
A tristeza me sufoca,
E as lágrimas quase me afogam,
no mar da solidão.
As ondas do desamor,
Tomba o meu coração,
perco as forças e caio no chão,
Não vejo saída, no mar da solidão!