Poemas de William Blake

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A crueldade tem humano coração,
E tem a intolerância humano rosto;
o terror a divina humana forma,
o secretismo humano traje posto.

O humano traje é ferro forjado,
a humana forma, forja incendiada,
o humano rosto, fornalha bem selada,
humano coração, abismo seu esfaimado.

O Jardim do Amor

Tendo ingressado no Jardim do Amor,
Deparei-me com algo inusitado:
haviam construído uma Capela
No meio, onde eu brincava no gramado.

E ela estava fechada; "Tu não podes"
Era a legenda sobre a porta escrita.
Voltei-me então para o Jardim do Amor,
Onde crescia tanta flor bonita,

E recoberto o vi de sepulturas
E lousas sepulcrais, em vez de flores;
E em vestes negras e hediondas os padres faziam rondas,
E atavam com nó espinhoso meus desejos e meu gozo.

Aquele que se deixa prender por uma única alegria, rasga as asas da vida. Aquele que beija a alegria enquanto ela voa, vive no amanhecer da eternidade.

O homem que nunca muda de opinião é como as águas estagnadas, e gera répteis mentais.

Aquele que quer fazer o bem ao próximo, deve fazê-lo em termos particulares. O bem geral é a alegação do patife hipócrita e adulador

As pessoas que controlam o desejo só conseguem fazer isso porque o seu desejo é tão fraco que pode ser controlado.

Uma verdade de má-fé contada é capaz de derrotar qualquer mentira por ti inventada.