Poemas de Voltaire

Cerca de 182 poemas de Voltaire

Paixão é uma infinidade de ilusões que serve de analgésico para a alma. As paixões são como ventanias que enfunam as velas dos navios, fazendo-os navegar; outras vezes podem fazê-los naufragar, mas se não fossem elas, não haveriam viagens nem aventuras nem novas descobertas.

Quem revela o segredo dos outros passa por traidor; quem revela o próprio segredo passa por imbecil.

Sejam as leis claras, uniformes e precisas, porque interpretá-las, quase sempre, é o mesmo que corrompê-las.

Meus amigos, uma falsa ciência gera ateus, mas a verdadeira ciência leva os homens a se curvar diante da divindade...

Voltaire
Dialogues entre A, B, C, 1768

A voz de Deus nos diz constantemente: uma falsa ciência faz um homem ateu, mas uma verdadeira ciência leva o homem a Deus.

Com certeza, é melhor comer os inimigos que abandonar aos corvos e às gralhas o fruto da vitória.

Voltaire

Nota: [Cândido ou o Otimismo]

Entendo e quase invejo a gentil e inocente alegria dos comuns, mas amo a angústia de ser incomum.

Os animais têm muitas vantagens sobre os homens: não precisam de teólogos para instruí-los, seus funerais saem de graça e ninguém briga por seus testamentos.

A primeira lei da natureza é a tolerância – já que temos uma porção de erros e fraquezas.

Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, idéias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento. Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição.

Os sábios falam porque têm alguma coisa para explicar; os tolos, porque gostam de ouvir a própria voz!

Para quê discutir com os homens que não se rendem às verdades mais evidentes? Não são homens, são pedras.

Quanto mais você pensar em seus infortúnios, mais poder terão eles para magoá-lo.

Nós nascemos sozinhos. Nós vivemos sozinhos. Nós morremos sozinhos. E qualquer coisa neste intervalo que possa nos dar a ilusão de que não estamos sós, nós nos agarramos a ela.

As paixões são como as ventanias que incham as velas do navio. Algumas vezes o afundam, mas sem elas não se pode navegar.

O mundo me intriga. Não posso imaginar que este relógio exista e não haja relojoeiro.

Somos todos feitos de fraquezas e de erros; perdoemo-nos reciprocamente nossas tolices; é a primeira lei da natureza.

Se Deus fez o homem à sua imagem e semelhança, o homem retribuiu muito bem a gentileza.

Voltaire
Le Sottisier, éd. Garnier, 1883, p. 164

Nunca deveis utilizar uma palavra nova, a não ser que ela tenha estas três qualidades: ser necessária, inteligível e sonora.

É perigoso ter razão em assuntos sobre os quais as autoridades estabelecidas estão erradas.

Voltaire
O século de Luís XIV (1751).

Nota: Adaptação do pensamento de Voltaire.

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