Poemas de quem Deu um Fora
Somos amigos
Eu queria um beijo, um abraço de saudades com sinceridade. Externalizar enfim, aquilo que há de abstrato em mim. Sobre você. Temos tão pouco tempo por aqui, hoje tudo é tão moldável. Fluído numa correnteza fria de sentimentos frouxos. Segmentado em classes e posturas onde o vil metal prevalece. Queria, amigo que sou, ser irmão na presença transcendente que não posso aqui explicar, e que distância alguma, esquecimento meu, teu tu terás.
Um cartaz em 3x4
Não se tem mais o que se criar
Não me mostra agora, o que te fazia e esvazia
O mês já está no meio, perto dos trinta
Lua bonita não veio
O Sol só aparece pra brindar, brincar com fim de tarde
E você, só vejo em cartaz de '3x4'
Estou submerso em textos,
em sentimentos,
ate mesmo as lágrima me fazem soluçar,
sinto um medo tremendo,
e só você pode me salvar.
Quanto vale uma amizade?
Se não sabes, eu os digo,
Uma amizade vale o quanto um sorriso e capaz de abrir
Ela tem a mesma forca que um abraço,
Dura o tempo que você quer que ela dure
E você, tem um amigo?
Eu digo um amigo de verdade,
Daqueles que te liga à meia noite pra dizer “Boa Noite”
Se não tiver, podemos ser amigos,
Não te prometo muito,
Por que eu só tenho a te oferecer...
Alguns milhares de sorrisos, outras milhares de gargalhadas
Alguns milhões de abraços e uma ou outra lagrima,
Mas te garanto que elas serão de tanto rir.
O homem é capaz de voar, basta dar a ele assas. Certo?
ERRADO!
O homem e capaz de voar basta dar a ele AMIGOS!
Mais ai você me pergunta, como fazer um amigo?
Eii! E simples, sorria, olhe ao seu redor e distribua sorriso,
Agora mesmo ai sentado, ao seu lado tem alguém,
Olhe para ela e SORRIA!
Pode nascer ai, uma grande amizade ou simplesmente algum conhecido
O que você tem a perder?
Aposto que nada, então vamos...
SORRIA!
O que eu posso lhes dizer,
Nem que juntassem todo o dinheiro do mundo...
Pagariam os bons momentos que eu passei com meus amigos.
Anjos existem
Você apenas não os vê
Anjos existem...
E são facilmente chamados... De AMIGOS.
E agora, sabes o valor de uma amizade?
PRA VOCÊ
Estes versos são pra você
Vazios de sua presença
Cheios de sua ausência
Com um toque de sofrer
Mais um poema a ti dedicado
Nele chamo tua atenção
Com meu jeito delicado
Quero tocar teu coração.
Em um piscar de olhos
O dia acabou
Em um piscar de olhos
O amor acabou
E um piscar de olhos
O tempo passou
E um piscar de olhos
A vida acabou
ALVORECE DE NOVO NO CERRADO
Alvorece de novo o alvorecer no cerrado
Em cada manhã nasce um novo amanhecer
Num novo dia, outra vez de novo, a haver
De um renovo do velho pro novo, airado
E nesse amanhecer de um novo romper
Quero ser o novo, e do velho desanuviado
Dos gestos gastos deixá-los no passado
Desabrochando o ser prum novo querer
Assim, nesta festa do novo engrinaldado
Deste cada novo amanhecer... o reviver
Em botão, florescendo, amor engalanado
Então, quero crer, no novo, ao amanhecer
Metamorfoseando a vida no novo denodado
Onde amanhece o novo a nos surpreender
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Este é um amor que teve sua origem
em um sonho imaculado
e em um medo tão ligeiro como brisas de verão.
Um amor inventado pela escuridão dos seus olhos,
um amor com aroma de chuva cálida,
um amor que não tem cura nem salvação,
nem o golpe derradeiro, nem sequer um breve alívio.
Este é um amor rodeado de plantas carnívoras
e de mil luas ardentes
e de lágrimas que queimam como o fogo
e da ânsia que se respira sob um céu de Abril
E de tudo o que se oculta e se esquece
e se deseja e não se alcança
e se sucumbe e volta a crescer.
Pois o amor é dono da derrota e do triunfo
e nos faz escravos e senhores
e deuses e vagabundos.
E o amor é minha desgraça e elevação
meu reino e minha ruína,
um castigo com sabor a vinho doce e perdição.
Esta é a história de um amor com escuros e raros orígens:
Veio nas asas feridas de um joão de barro
e cruzou países de nomes estranhos
e oceanos repletos de monstros
e campos de florzinhas azuis
E me senti tão grande a ponto de tocar o céu
e tão miserável a ponto de tocar o inferno
E escrevi poemas em nuvens de outono
e esqueci meu nome na cauda de um cometa
e roubei os anéis de Saturno,
porque queria gritar que te amo
e que o amor no meu peito não fez morada
porque é maior que o cosmo
e mais poderoso que o trovão.
E eu vi algo indizível nos seus olhos
uma mescla de milagre e perigo
que condenou meu espírito e minha vontade.
E até as rochas
e os infames
e o crepúsculo
e a morte, adivinharam que estou com o amor
até o sangue,
até o estômago e os poros da pele.
E sabem as ruas emudecidas
e as fotografias
e o chuvisco
e as senhoras detrás das janelas.
E sabem os anjos
e os caídos
e as criaturas do abismo
e do arco-íris.
E sabem porque eu sei,
eu sei que passaremos a vida lutando contra as tragédias
para que não rompamos a alma
e morramos de amor.
Dos lábios meus
Eu peguei o meu bodoque
Eu ensaiei um roque,
Enfrentei, do medo, as sanções
Atirando-me aos canhões.
Um quase suicídio, uma loucura,
Que todo caos, formou-me em cura,
Pois toda poesia, que se destrua,
No final, ela se forma, ah luz da Lua.
Pois reflete toda castidade
Castidade, não tem idade,
E o faz de conta, terminou assim,
Pra lá de ser mar sem fim.
Eu, virei um bedel e um juiz,
No final, da guerra -eu sempre quis,
Pois pela minha lei
Somos obrigados a sermos feliz.
Vida, oh vida!
Sábias, teu nome, gorjeiam,
O tempo da maldade, era sabida,
Mas a poesia, em prosa, liam.
Daí eu te vi, a admirar,
E aí eu te fiz coroar,
Eu virei o teu brinquedo,
Eu queria ser teu preferido.
Tente apagar, todo meu pranto,
Tente me amar, pois estou te amando,
Baby! Te amo, meu coração apaixonando,
Já até me esqueci, que ano estamos.
Já não vejo mais nada de ruim,
Meus olhos estão sorrindo,
E eu não era tão feliz assim,
Pelas ruas eu vou te seguindo.
Ah! Se tu soubesses como sou carinhoso,
Eu te quero muito. Amor sonhoso.
Vem matar essa minha paixão,
Longe de ti, ele devoras meu coração.
PARALELO
Não faça de você um estranho
Para que não o vejam com espanto.
Não seja apenas uma luz,
Seja ofusco como o sol que cai na noite
Que, portanto, sendo notado
Será como a lua que nasce branca
E conhecido como o dia.
Pedido
Por favor, atenda ao meu pedido:
Não pare de sorrir
Por um minuto que seja
Mesmo se lhe ferir
Sorria como quem festeja
Sorria para não sucumbir.
Por favor, atenda a este meu pedido:
Não pare de sorrir este sorriso lindo.
Você fica tão linda sorrindo.
SONETO DE SENTIDO
Andei sem direção, sem um caminho
Por muito tempo andei na contramão
Olhava os fatos, mas não via a razão
Até que mudei da água para o vinho.
Por muito tempo estive só, perdido
Não sabia o que, na vida, eu iria ser
Mas hoje eu sei: Ser tudo pra você
Pois no amor encontrei, enfim, o sentido.
O tempo que perdi não vai voltar
Foi se, ao sopro do vento, ver o mar
Na verdade, não sei se foi perder
Creio que é, a evolução, contrapartida
Mas tudo isso passou e volto a dizer
Que só o amor é o sentido desta vida.
Sopro...
Como um simples sopro
Foste repentinamente
A falta que deixaste
Escorre do rosto
Frequentemente
Ainda estás aqui
Na minha mente
Quando coloco-me a dormir
É que nos vemos
Pois só assim que nos encontraremos
Daqui para frente.
Derramar
O amor é como um copo:
Se muito cheio, derrama
Para o copo, uso medida
Para o amor, transbordo
E sempre peço
Mais um copo
Diminuta.
Eu sustenido,
Você bemol.
Encontremo-nos em um tom,
Seja Lá ou cá,
Talvez em Sol.
Eu maior,
Você menor.
Será minha terça?
Procuro-lhe nas escalas
Por favor, apareça!
Eu grave,
Você aguda.
Nota que eu não encontro.
Talvez diminuta
Ou nota muda?
Parasita
Não amo você
Apenas amo
Se um dia
Desaparecer
Meu amor encontrará
Outro hospedeiro
Para viver
Questão de tempo
Acredito, sim
Que um dia
A vida vai mudar
E se hoje
Só posso te dar uma flor
Sei que um dia
Poderei te dar
Um jardim
Bem-te-vi
Se fosse um passarinho
Queria ser um bem-te-vi
Para que bem-me-visses
Como bem-vejo-a-ti
Ou, então, um beija-flor
Para que minha vida
Dependesse de te dar um beijo
E de todo o teu amor
Crime sem suspeito
Se um amor está acabado
Nenhum dos dois
Precisa ser o canalha
Ou estar errado
Basta manter o respeito
E ser sensato
Para saber que o melhor
É cada um para o seu lado
Não é falta de amor
Talvez nem dê para entender
Mas às vezes a gente muda
Mesmo sem querer
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