Poemas de Memória
Será que ainda existe a nossa canção? Aquela que dançava no ritmo das nossas risadas, que embalava os dias e preenchia o silêncio das noites? Procure dentro do seu coração, entre as memórias que o tempo não apaga. Talvez a melodia esteja lá, suave, esperando apenas o toque da saudade para soar novamente.
A casa, o automóvel, o viaduto... tudo isso será tragado pelo grande sumidouro das coisas da vida. A nossa memória, não!
"Na minha morte, pelo amor da coerência, não quero a meio mastro hipocrisia tampouco silêncio de risos infames em favor de minha memória; quero amor e ódio presentes."
E os livros, livros por todos os lados. Cada superfície plana era ocupada por um livro. Tampo da mesa, armário, criado-mudo, mesinha de cabeceira. Nenhum bibelô, Nenhum suvenir. Nenhum porta-retratos. Só restaram os livros. Para que ele soubesse quem fora realmente a mãe, teria de abri-los e ler. Teria de ler cada página de milhares, milhões.
A cada ano, minha mãe tirava um quadro do meu pai da parede para dar espaço a mais uma estante de livros.
Em lágrimas ela segurou minhas mãos e disse: - Isso passa, tudo passa e ainda vais lembrar e rir disso tudo.
Como gostaria que ela estivesse aqui agora para darmos essa risada que ficou guardada na memória...Mãe não deveria passar...
Eu sempre fui diferente, querendo dizer que eu gostava de ser eu mesmo. Até no jardim de infância, quando diziam para formarmos uma fila e ir ao parquinho, eu não gostava de participar. Eu não era bagunceira; eu não apreciava a fila. Algumas das minhas melhores lembranças de infância são de mim sozinha no meu quarto – escrevendo, lendo livros, ouvindo Beatles, vivendo na minha mente. É sempre agitado lá.
Por vezes, lembrar não é algo que você faz para si mesmo. Tem vezes em que vocêfaz isso apenas para fazer alguém sorrir.
A imagem do seu rosto, com um sorriso estranhamente imperfeito e olhos de esmeralda me atormentaram o resto do dia.
Onde estão os olhos da minha infância, aqueles olhos medrosos que ela tinha há trinta anos, os olhos que me fizeram?
Quando vier à procura do que o passado enterrou, é preciso saber que estará às portas de uma terra em que a memória não pode ser exumada, pois o segredo, sendo o único bem que se leva para o túmulo, é também a única herança que se deixa aos que ficam.
Quando temos alguma lembrança ruim, não significa que perdemos o dia, mas que ganhamos mais uma etapa.
Saudades de você. Ontem também senti, anteontem também. Quando não bebo suas palavras, desidrato feito uma Rosa de Jericó. Mas quando a fonte jorra, bebo e me refastelo! Armazeno tuas palavras em meu coração e memória tal qual um Baobá faz na época das chuvas. É como se você me chamasse para brincar no teu quintal, tomar banho de chuva...
As memórias são engraçadas porque você sabe que já aconteceram, mas agora é inconcebível fora da sua mente
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