Poemas de Mario Quintana Felicidade Realista

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Os elogios de maior crédito são os que os nossos próprios inimigos nos tributam.

Normalmente, são tão poucas as diferenças de homem para homem que não há motivo nenhum para sermos vaidosos.

O ódio e a guerra que declaramos aos outros gasta-nos e consome-nos a nós mesmos.

Há um limite nas dores e mágoas que termina a nossa vida, ou melhora a nossa sorte.

Se as viagens simplesmente instruíssem os homens, os marinheiros seriam os mais instruídos.

O valor do casamento não está no fato de que adultos produzem crianças, mas em que crianças produzem adultos.

A ignorância, lidando muito, aproveita pouco: a inteligência, diminuindo o trabalho, aumenta o produto e o proveito.

Sem os males que contrastam os bens, não nos creríamos jamais felizes por maior que fosse nossa felicidade.

Aquele que perde a reputação pelos negócios, perde os negócios e a reputação.

É que a sabedoria é um trabalho, e sermos apenas sensatos custa muito, pois para se fazerem asneiras basta deixarmo-nos ir.

As grandes livrarias são monumentos da ignorância humana. Bem poucos seriam os livros se contivessem somente verdades. Os erros dos homens abastecem as estantes.

A devoção encontra, para praticar uma má ação, razões que um simples homem jamais encontraria.

Cuide de vossa graça, pois aqueles ali não são gigantes, mas moinhos de vento, e aquilo que pensais serem braços são as pás que, girando o vento, movem a mó.

Um homem que ensina torna-se facilmente teimoso, pois exerce a profissão de um homem que nunca erra.

O meio mais eficaz de nos vingarmos dos nossos inimigos é fazendo-nos mais justos e virtuosos do que eles.

Quem não sabe nada, seja ele senhor ou príncipe, deve ser incluído no número das pessoas vulgares.

É uma infelicidade ser tão breve o intervalo que medeia entre o tempo em que se é jovem demais e o tempo em que se é velho demais.

A ignorância que se conhece, se julga e se condena não é uma ignorância completa: para que o seja, é preciso que se ignore a si mesma.

A maior parte dos homens utiliza a melhor parte da vida para tornar a outra infeliz.

Queixam-se muitos de pouco dinheiro, outros de pouca sorte, alguns de pouca memória, nenhum de pouco juízo.