Poemas de Luto
Sem rumo
Amor sem rumo,
Você dá o de se:
Corre, chora, proclama...
E mesmo assim
Fica sem nexo...
Chega a hora
Em que você se cansa
Assim como ela aparece,
Sem rumo,
Feito bolhas de sabão,
Se desfaz...
E mesmo assim
Fica a solidão,
Dentro de si...
Vezo
Furtarei a tua fragrância...
Sinto todos os dias
O teu aroma!...
Vou me banhar no teu corpo,
Todas as noites de jasmim!
Só para degustar o teu
Perfume.
Se seus olhos fossem um farol
Iluminariam certamente o caminho dos navegantes
Ninguém no mar ficaria perdido
Nem mesmo os barcos errantes
(Descanso)
Em paz se deite
Repouse a alma
Sem se preocupar
Pois não há alguém
Que um minuto
Se quer possa
acrescentar
E se Deus cuida
Dos pardais do céu
De você então
Quem dirá!
Código
Havia em você uma ética e um código que nunca decifrei
Havia alamedas em seu falar onde nunca andei
Havia sabores em seus beijos que nunca experimentei
Havia muito mais
Que nunca descortinei
Medo
Muito medo
Você não sinalizou
E me perdi
Hoje você passa
Me desconhece
E no paralelo
Desse desencontro
Vestígios
Alucinada
Inesperada
Incendiária
Inconseqüente
Eu fui
Em avançar sobre você
Não me inscrevi
Assediei
Havia exercícios
Que nunca professei
Simplesmente
Tropecei
Na ordinária declaração
Do regulamento
Abri meus braços
Meu coração
Depus minha oração
E você
Não me viu
Me desculpe
Por favor
Não se assuste
Isto passa
Com o tempo
Vira páginas
Mas repagina
Meu
Viver.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
Exercício
Não posso ver
Mas posso sentir
Não posso tocar
Mas posso vibrar
Não posso falar
Mas possuo imaginação
Não posso caminhar até você
Mas posso voar até você
Não posso vociferar seu nome
Mas posso flutuar em suas palavras
Posso
Posso
Posso
Até que tudo passe
Vire outra paisagem
E nesta
Miragem
Você ainda
Me pertence.
Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury
CAROLINA DE JESUS
Era negra e catadora de papel
Morava na favela.
Mas foi alfabetiza;
Aprendeu a ler e escrever.
Carolina Maria de Jesus se
apaixonou pela leitura;
Nas horas vagas,
Tudo que via e vivia: escrevia nos
Cadernos que a rua lhe dava...
O seu cotidiano pesado deu um diário,
Que virou best-seller: Quarto de Despejo.
Carolina teve três filhos,
E criou todos sozinha.
E ainda virou poetisa.
O seus cadernos ouviu,
e copiou tudo que ela falava.
E Carolina disso sobre o livro:
"Quem não tem amigo mas tem um livro tem uma estrada".
MARIELLE PRESENTE
Há pessoas que nascem,
E você não vê.
Há pessoas que você não vê,
E nasce uma esperança, uma luta dentro de você.
Há gente
que morre e some.
Já a Marielle permanece presente!
O dedo no gatilho
Não matou uma mulher;
Fez ecoar um grito que estava no peito dos oprimidos!
Uma militante virou lenda!
E se tornou mais referência para outras e outros!
A caça pela primeira vez virou vítima,
E todos querem saber porque tiraram sua vida!
O pássaro Marielle, só ficou seu canto;
E nós os ouvintes, queremos saber:
Quem matou a negra Marielle Franco?
Tenho muita sorte de ter te encontrado
De poder te abraçar,
Te beijar...
Ter você ao meu lado
Sorte eu tenho por acordar contigo todo dia
Você é a minha mais bela poesia
Amo...
Amo quela que nunca tocarei...
Amo como que em segredo
Mas um segredo revelado
revelado ?
sim, minha alma se declarou para a dela...
Sina
A tragédia
Também produz dinheiro,
Para quem vive
Na ambição
De tirar proveito.
Tem gente lucrando
Da nossa miséria,
Tem gente lucrando
Da nossa desgraça,
Tem gente
Manipulando a nossa
Mente,
Tem gente zombando
Da gente.
Tem gente
De tudo que é jeito
Que tira proveito
Da nossa crença,
Que brinca
Com a nossa humildade,
Que brinca com a nossa
Lealdade:
– Sociedade vivendo na cegueira.
Tem gente que nos separa
Em oposição.
E sustentamos
Todo o sistema,
Para o nosso próprio
Desespero,
E ser visto
Como bom
Cidadão.
Amor & Morte
Existe ao menos um
Que conseguiu Amar
Sem de algum modo morrer ?
Existe um só
Que passou pela vida
Sem de algum modo Amar ?
Se o Amar é a estrada para morte
A morte é como um pódio
Para erguermos felizes após a chegada
O grande troféu chamado Amor
Seis momentos: A série.
Portos
Estamos atracados em portos
Impedidos de seguir
Enterramos nossos mortos
Continuamos a Coexistir
Avisasse a todo mundo
Habitante desse mar profundo
O pior está por vir...
Mortos
Os Mortos que nos deixaram
Habitam outro lugar
Aqueles que atravessaram
Pelo portal, atrás do altar.
Estão em um lugar silencioso
Tranquilo, mas assombroso.
Impedidos de gritar...
Escuros
Nas penumbras das noites
Ninguém consegue nos ver
Nos escuros estonteantes
É difícil perceber
Que quando a coisa tá preta
Um punhal ou baioneta
Vai conseguir nos vencer...
Pedras
Construídas de pó em pó
Resiste fortemente
Nunca derramou suor
Porém aparentemente
Sangra sem ter veia
Hoje, pedra, amanhã areia.
E sem vida, segue em frente.
Flores
Também morrem, como qualquer um.
Também cai, como um fruto.
Mas não chora, em momento algum.
É delicada e elegante
De valor quão diamante
100% absoluto.
Muros
Professor dos desastrados
Corretor de desatentos
Testemunha dos namorados
Detentor de detentos
Porém muito criticado
Por que só fica parado
E nunca expõe seu lamento.
Se o tempo não foi tão bom assim
Lembre se que ainda não chegou ao fim
Há tanto a se fazer
Há tanto a se viver
Não podemos nos esconder
Sei como é difícil viver sem um “por que”
Mas ressignificar
Só depende do que você vai fazer
Eu não espero que saiba de tudo
Mas que faça tudo o que souber
Só assim você vai entender
Que a vida é feita pra viver
Não devemos idealizar
Mas é permitido sonhar
Culpado...
Foi o veredicto que o juri entregou ao Juiz "minha consciência"
Condenado a esse feliz sofrimento
Com a liberdade de estar preso em ti
Cumprirei minha pena
Tive como testemunha de defesa a "Paixão"
Porém o juri não deu crédito as suas palavras
Por ser ela pouco coerente
Levando sempre as pessoas por caminhos não desejados
A principal testemunha de acusação, foi minha "Lembrança"
Entregou ao juiz as provas contra mim, nela contida
Enquanto ela falava, me olhava nos olhos
Fazendo questão de lembrar-me o "Seu Sorriso"
Então a "Dor" que advogava minha causa gritou:
"Protesto!"
Mas o juiz com a voz firme da "Saudade" disse:
"Negado!"
Minha "Alma" que falaria em meu favor, desistiu
Olhou para o juri e com a cabeça baixa se retirou
No fundo, tinha medo de também ser condenada
Que pena, era minha principal testemunha...
Então a sentença me foi dada
E cumpro-a nesse presidio sem grades
Vigiado apenas por um carcereiro
Chamado "Amor"
Eu estou imersa
E talvez isso fale muito
E não fale nada
É minha insegurança
E porque estou imersa
Tenho medo
E porque estou imersa
Ainda te guardo em segredo
Eu posso parecer entregue
Mas eu te dou aquilo que sonhou
Aquilo que pediu ao céu
as fadas ouviram, Deus abençoou
Eu estou imersa
Mas não da mancada
A mesma mão que da
Pode também tirar
Eu estou imersa
E só posso sentir
Eu falo o que sinto mesmo
Porque se tivesse aqui...
Ah, mas se tivesse aqui
Ia poder olhar meus olhos
E ver que me faz sorrir
Gosto que me faz sentir... a vida de novo
Eu estou imersa
Mas não tenho pressa
Porque quero apreciar
Slow motion, cada minuto conta
Queimei a flor que guardei para
você.
Pétala sobre pétala,
não restou nada,
a flor,
o amor ou
a mim.
Tudo se queimou com o fogo,
o calor dos nossos corpos
agora eram cinzas daquelas
pétalas.
Todo o nosso carinho
vendo um filmezinho
agora são lembranças
de chamas.
Tudo se esfumaçou,
o amor,
o calor,
nada restou.
O fogo consumiu
a flor,
o amor e
a mim.
Criar a vida nas palavras,
Seria tão fácil mentir,
Cultivar o mal daquilo que se desconhece,
Ou só apenas fugir,
Queriam apenas ser elas e sorrir,
Mas apenas julgam conhece.
Corram! Não a lugar pra se esconder.
Virou o dia a noite e são palavras que vão te enlouquece
Esperança
Dizem que ela nos dá força
que sem ela não há conquista
que temos de manter a esperança
para não perder os sonhos de vista
que por mais difícil que seja
é somente com a esperança
que se alcança oque deseja
pois ela nos dá perseverança.
Preciso alimenta-la
porque me sinto fraca
preciso fortalece-la
se não eu vou perde-la
espero e anseio
espero e creio
então oro
por muito esperar
eu choro
mas não deixo de acreditar
que a vitória vai chegar.
_________________________Juliana Rossi Cordeiro
Ao sentir o teu corpo perto do meu
Senti calor.
Olhei nos teus olhos,
Ganhei confiança
Nessa noite serena me apaixonei…
(...)
Parte da poesia "Onde está o teu corpo".
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