Poemas de Luto
Se adormecer
Contive-se a angústia
Renascida em mim
Ao despertar,
Não teria quê remediar
A melancolia que sinto
Ao acordar.
O Esplendor Retravo
Amarelou,
Esplendor retravo
Como todos haveriam de ser
A confusão impedia contemplar
Incompreensão do que ja nao se conhecia
Oque antes adormecido, fora ressentido estranho
Perplexo e por simples, ignorado
Ainda assim ecoava
Inevitável
Foi quando originou,
Repentino em meio ao caos
Se desenvolvendo majestosamente entre as feições
Concluindo espontâneo, sincero
Aclamou atenção
Como o esplendor retravo
Ofereceu redenção,
Libertou
E por um breve momento, tudo, o seu lugar encontrou
Queria eu fazer do vinho o meu companheiro no dia de hoje, uma forma de escapar e esquecer o inevitável.
Porém só me trouxe lembranças e nada esqueci!
Depôs de quatro taças, lembrei me dá negra de raça, com as curvas de serpente e o seu toque suave, movimentos coordenados perfeita simetria.
Essa miúda é Deusa
Louvado seja os seus antepassados, descendente da realeza é a mais pura beleza africana.
Não dá para te esquecer, fiz de ti à minha oração diária, e ainda tenho a sua foto no ecrã, as músicas que escuto são dedicatórias homenageadas à você.
Musicas do Tipo *Dezzy* título Não me enganas
*Don G ft NGA* Deve uma
*Don G*-soul jah
*Don G* título Carapinha. essa em especial lembra me dos seus cabelos despenteados e logo.
*Monsta* título Se não fosse amor.
*Prodígio* Vida toda.
*Prodígio* cabelos brancos.
*Bobby Caldwell* What you wouldn't do for love.
E claro uma que tu curte também
*Dezzy* merecia
*Força suprema* a culpa não é minha
Não quero que você acredite que não seja mútuo...
Não quero que me vejas como um covarde. espero que entenda que minha falta de atitude, É um mecanismo de defesa, de alguém que um dia tevê muito iniciativa...
Embora eu não consiga ser direto e específico...
E a incerteza e dúvida que você não me quer, me fruste...
E o medo da rejeição seja muito presente...
Tomarei medidas!
usarei metáforas para que você perceba a expressão do meu coração...
E tudo o que eu quero, é saber se também o seu coração me deseja como eu te almejo...
-Allan Meraki
Minha Casa
Minha casa não é aonde deito, nem faço as tarefas do dia
Minha casa é o lugar pra onde corro
Minha casa é você.
Minha casa é aquela que me sinto seguro, aquela que me guia, que de longe posso vê-la
Estou predestinada a essa casa
Minha casa é você.
Minha casa é o meu descanso, meu anseio depois de um dia longo
Não é construída de tijolos
Minha casa é construída de amor, de aconchego
Minha casa é você.
Minha casa é meu lar
Meu lar é você.
O sentimento de amar alguém.
Hoje ele parou, me olhou, parecia tão cansado.
Me contou os seus problemas que na hora de dormir não saíam da minha cabeça.
Foi a partir disso que caiu a ficha, caiu a ficha que perdi a minha individualidade.
Hoje penso em outra pessoa, não só o que é melhor pra mim mas o melhor pra NÓS.
Toda aquela frieza, as tardes frias foram por agua abaixo.
Com o seu toque eu senti o mundo, com o seu beijo fui ao espaço, com o seu "Eu te amo" eu entrei em desespero.
Algo que eu nunca senti estava bem ali acontecendo. O meu puro e sincero egoísmo se desfez, tornou-se pó nas mãos dele. Em meus planos ele estava incluído a partir daquele momento.
O seu beijo, o seu toque as suas palavras me fizeram voar, sair do meu "ice berg", me fizeram sentir, estou feliz por chorar de tanto amor.
Estou no êxtase e no ápice da paixão.
Eu o amo e ele é tudo pra mim.
A moldura da obra de arte era sempre a parede do quarto. Sempre não. Às vezes dividia espaço com o teto.
O quarto pequeno, com duas caminhas de solteiro e um guarda-roupas, dava espaço para o sol, todos os dias de manhã, quando ele entrava pelas frestas da janela sem cortinas e refletia na parede (e não muito raro, também no teto) o mundo lá fora.
Algumas vezes o colorido se fazia presente. Outras, só a sombra desenhava a pintura.
A planta encostada na parede de fora, a cachorra deitada no sol, e a mãe passando com o cesto de roupas sujas para pôr na máquina de lavar.
Raios de sol que entravam despretensiosamente pelos buraquinhos pequeninos da janela, faziam o dia daquela criança começar com mais imaginação.
O quarto pequeno ficava grande.
O sol era o pintor. A parede era a tela. A vida lá fora era a inspiração.
A criança que enrolava a sair do quarto para apreciar mais um pouquinho daquela pintura singular, feita sob medida na sua parede, se descobria, ainda pequena, amante da arte, mesmo sem imaginar que a arte poderia simplesmente, entrar pela sua janela enquanto ela dormia.
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(Eu sempre amei observar os desenhos que o sol faz dentro de casa. Hoje, deitada na cama e mais uma vez, apreciando a luz natural entrar pela minha janela, resolvi resgatar - e registrar aqui - a memória de quando eu comecei a admirar essas pinturas)
Já faz alguns dias que a brisa que entra pela fresta da janela deixa a casa toda gelada. As vezes não é brisa, é ventania. Em alguns momentos o vento vem tão forte que consegue abrir todas as caixas que estavam lacradas no sótão da minha memória.
Na maioria das vezes eu fecho tudo correndo pra não deixar o vento bagunçar a casa que eu levei tanto tempo pra arrumar. Confesso que outras vezes aproveito pra espiar as lembranças que ficam espalhadas pelo chão.
Enquanto tento organizar tudo de novo, me permito sentir o frio que preenche todo o ambiente, mas me protejo enrolada no cobertor e fecho as janelas na tentativa de me privar de mais um vendaval gelado.
Fecho com fita reforçada cada caixa que foi aberta. Faço um chá quentinho, me acolho no sofá e fico esperando o dia seguinte sem tentar adivinhar a previsão do tempo.
Vai que amanhã, no lugar da brisa gelada, entra o sol trazendo luz e calor pelo vão que eu deixei aberto. Se assim for, vou abrir todas as janelas e agradecer pelos dias frios, que me ensinaram que as estações não duram pra sempre, mas que se nossa mente é nosso lar, a gente precisa deixar nossa casa aconchegante para enfrentar qualquer temperatura, né?!
Sem perceber eu já havia começado a separar tudo o que gostaria de levar na viagem. Fui me desfazendo aos poucos do que não caberia na bagagem. Deixei com certas pessoas coisas preciosas. Guardei com cuidado retalhos de algumas histórias. Foi difícil jogar fora tudo que não me cabia mais. Escondi no fundo da mala algumas lembranças que não ocupavam mais tanto espaço. Embrulhei com cuidado todos os cheiros, sabores e sensações que eu já tive. Deixei a mala de mão vazia, pronta para colher novas lembranças ao longo do caminho.
Conforme vou seguindo sem mapa, aprendo a contemplar cada passo que dou, cada tropeço, cada experiência e cada um que passa por mim. Quanto mais longe eu vou, menos pressa eu tenho de chegar no destino. O desequilíbrio de andar sempre com mais perguntas do que respostas, não me incomoda.
Vez ou outra eu paro, respiro, deixo alguns pensamentos antigos no meio do caminho para seguir com a bagagem mais leve, escolho uma nova estrada e recomeço. Não sei ao certo quando essa viagem vai ter fim, mas me contento em saber que sou eu que escolho a rota, a companhia e o peso que levo comigo durante todo o trajeto.
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(Do bloco de notas pra cá. Coisa muito rara de acontecer, mas hoje deu vontade)
O nó que você desfez de nós
Tão rápido como quando se amarrou em mim, antes que eu pudesse perceber, você afrouxou o laço e desfez o nó.
Não me deu tempo para te ensinar um jeito novo de amarrar. Você alegou que aquele nó, que você mesmo fez, te sufocava.
O erro foi desfazer o nó de nós, quando na verdade, deveria ter desfeito o nó da garganta.
A corda ficava na verdade, no pescoço. Nas palavras não ditas, engolidas a seco.
Mas a opção foi sua. Deixou a corda na garganta e desfez o nó da pele, da mente, do coração.
O nó de nós não existe mais.
Não existe.
Não há mais laço que nos mantenha presos um ao outro. Não há nó que sangre a pele.
Tão rápido como quando o pai ensina o filho a amarrar os sapatos de um jeito firme, o filho puxa o cadarço com uma única mão e desfaz o laço que criou.
O laço que você me ensinou a fazer. O nó que você desfez de nós.
O conceito de fotopoesia é muito pessoal, mas basicamente é uma fotografia que provoque alguma emoção que possa ser descrita além da imagem concreta que a sua visão pode enxergar.
A forma de fazer uma fotopoesia é infinita e varia de autor para autor.
A forma mais fácil de reconhecer um fotopoema/fotopoesia geralmente é uma foto feita com composição com elementos da sua escolha ou foto que você escreva algum pensamento, um trecho de algum escrito ou mesmo até um micropoema.
O fotopoema é a concretização da sua fotopoesia e o quê faz o seu fotopoema de fato se tornar o quê se propõe é a sua habilidade de provocar sentimentos com a menor quantidade de palavras narrando o máximo a mensagem através de elementos visuais.
Se você quer testar as duas formas de fazer fotopoema/fotopoesia, te dou duas inspirações:
1- Pegue um pedaço de papel, dobre e fotografe passo a passo na forma que quiser de maneira que você consiga transmitir alguma mensagem através dessas dobras.
2- Escolha uma foto que você tenha no seu álbum em algum ambiente digjtal ou bata uma nova foto, e escolha um aplicativo da sua preferência para escrever o quê você quiser nesta foto.
Se você entendeu, é só colocar em prática! Se não entendeu, é só pesquisar!
Porque amar você?
Sei lá, um instante, apenas um e se estás desprevenida, pronto, o amor acontece.
Confesso, o tempo passou, acreditava ter passado meu tempo, mas não há o que fazer com esses olhos e essa chama parecendo inofensiva...
Vai te consumindo, te incendiando e tu vira de ponta cabeça.
Só resta me entregar ao sonho do amor e amar.
"Em minha alma enterrei um desejo,
na porção mais profunda que pude encontrar,
mas ao vê-lo fecundo brotando em meu peito,
reguei os seus lírios com esperançar."
Eternamente!
Se vai nascendo ou estreando.
O choro sempre anuncia!
Nova existência iluminando.
Que alegria o dom da vida!
Se o mundo gira... o tempo dita.
O amor é belo em cada instante!
É como a arte incompreendida.
Quem explicaria o exuberante?
Segue vivendo e sonhando.
Tocando almas, encantando!
Vai desse jeito revelando.
Com intensidade, emocionando!
Se o mundo gira... o tempo dita.
Arte é arrepio, frio na barriga!
Coração bate pela vida.
Explora o novo com energia!
Na existência vai crescendo.
Entende o erro e muda o pranto!
Com perspicácia vai aprendendo.
E o "impossível" conquistando!
Se o mundo gira... o tempo dita.
Prever destinos é engano!
Bate no peito com euforia.
Um coração cheio de planos!
Segue amando sem roteiros.
Laços são curvos por instantes!
Festando, pede em segredo.
Viver um sonho excitante!
Se o mundo gira... o tempo dita.
Presente muda em segundos!
Um novo ciclo o tempo cria.
Eternamente gira o mundo!
04/07/22
Porão do começo
Foi em um porão que tudo começou
Quando você entrou tudo iluminou
Por um momento deixou-me sem jeito
E no outro momento deixou-me sem ar
Diz-me como eu vou respirar?
Se toda vez que te vejo
Vem aquela vontade louca de te beijar
E de te ter e não te largar
E de te proteger e nunca mais parar;
Quando a oportunidade apareceu
Meu coração derreteu
Meu coração é teu
Acho que no final a química bateu;
Você veio de repente
Não acho que foi por acidente
Porque acidente é uma coisa ruim
E agora você é tudo para mim.
Festejando São João
Noite de São joão
não ouço nenhum rojão
O céu não está estrelado
Nem tem forró animado .
Onde teria ido João
Deixando a gente aqui nesta agonia
Na noite que seria a mais fria
Mas que virou calorão
A noite que devia ser boa
com festança no arraiá
Deixou os convidados
todos em grande aflição
Enquanto João não vem
vou dar jeito nessa lerdeza
Fiz pipoca, fiz quentão
convidei a vizinhança
prá começar a festança
cada um procure seu par
Não tem fogueira prá pular
Mas tem música boa prá dançar
Guloseimas prá saborear
Um dia se acorda como fera
Com vontade de potência
Em cada passo, trocando a razão pelo emoção
Em cada grito, um canto para o mistério de suas dúvidas.
E nessa boca selvagem
Carrega-se uma guerra na língua
Nunca se roubando o direito de um absurdo
A deixa perfeita pra virar a mesa de ponta-cabeça.
Devorando suas certezas
Fazendo caso pelo acaso
As ideias não dão ibope
Mas são essas cirurgias minimalistas que valem o risco.
E com espírito antropofágico
Se ri e debocha daquelas brincadeiras que batizaram de "fatos"
Como uma vedete, não se tem medo de quebrar aqueles manequins
Ser o sol da madrugada bombeia corações canibais, repletos de amor e fúria.
Não é a primeira vez
e nem será a última vez,
que digo que amores
clandestinos não são feitos
para o meu tamanho;
e que sem nenhum engano
vivo um pacto etéreo,
atemporal e silencioso
sob o guião inexplicável
do destino que me leva
ao amor predestinado
onde todas as estrelas são
e serão sempre mais visíveis.
O meu amor não é daqui,
eu incansavelmente repito
sempre que for preciso
na altura dos doze tepuis
pertencentes ao Esequibo
onde todas as nossas
estrelas se encontram
e se encantam na fronteira.
São dois os quadrantes
do Hemisfério Celestial Sul
que orientam o desidério
que na escalada crescendo
têm aberto trilhas no tempo,
embalando os dias a fio
de tudo aquilo que para nós
é imenso, inabalável e sidérico.
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