Poemas de Luto
Uma perda
Muitos não têm
Por isso vivem
Sem ninguém
Mas muitos que têm
Não dão valor
A esse grande bem
Só se lembram
Quando não há
Mais tempo
E sentem remórcio
Com isso as lágrimas
Escorrem de seus olhos
Somente no velório
Entendem que esse mundo
É ilusório
E aqui é tudo provisório
Então talvez assim
Reconheça o real propósito
Porém há pessoas
Muito boas
Que deram seu tempo a outas
Dando atenção
Tratando com educação
Com um grande coração
Que sofre pela perda
E chora de tristeza
Pois em quem amava havia beleza
O amor
Geralmente intenso
A cada momento
É um sentimento
Complexo , inexplicável
Relativo , omitido
Compartilavél
Simplesmente é se importar
Não querer se afastar
Demonstrar com suas atitudes
Ele é envolvente
E nos aquece sentimentalmente
De uma forma diferente
Não podemos toca-lo
Mas podemos sentir
E doa-lo
Nós o queremos
Mesmo que não merecemos
O temos
Mas muitos o desconhecem
E o substituem
De um jeito ruim
Mas o amor
Não é a maior força
Mas sim uma das poucas que nos faz sorrir atoa
Nostalgia Musical
Eu sou o roqueiro
Que não rebola no funk
Sou o forrozeiro
Que não curte batidão
Sou como um vaqueiro
Que não ouve pisadinha
Eu tô mais para rapper
Que adora Baião
Pois meu gosto musical
É muito mais nostalgia
Do que toda essa poesia
Que recito com um violão.
Um dia você vai olhar para traz e sorrindo vai agradecer a Deus por tudo que enfrentou.
E você nunca mais vai precisar fingir um sorriso, porque Deus te dará motivo de riso.
- Aguenta firme!
Eu estava dentro do ônibus
Era manhã
E pela janela vi como o sol Estava belo
Sua luz banhava meu rosto
No fonte de ouvido
Uma música daquelas que marcam um momento
E foi a primeira vez que senti Deus recitando uma poesia para mim.
É incrível viver um romance com o escritor das mais belas histórias.
É incrível!
Algumas coisas
quando se quebram
são fáceis de consertar:
uma xícara lascada
uma estatueta de gesso
um sapato velho
uma receita que desanda
ou uma amizade arruinada.
Ainda que guardem
as marcas do remendo,
é possível que essas marcas
tenham um certo charme
como algumas cicatrizes.
Mas experimente consertar
um poema que estragou.
Já estamos todos muito velhos
As conquistas de outros tempos se acumulam
Nos caixotes de papelão e isopor
Nas malas que moram na parte de cima do armário
Vasculho papéis que perderam sua função
Fotos documentos recortes
Rostos amarelecidos em uma existência remota
Uma quase não-existência familiar
E temporal
– palavras fatos já não-meus, penso
(é preciso alçar a indiferença)
“que importa quem fala, alguém disse...”
É preciso rasgar
Estancar o sangue
Tentativa de habitar algum presente em meio ao bolor
superar
a tristeza de não ter mais você
e seguir como se o rio esquecesse o leito antigo
procuro as palavras para te cobrir
mas me faltam letras
tropeço nas sílabas do teu nome
(mesmo que já não possa lembra-lo inteiro)
já vivo sem você
costuro cavalgo comungo
só não sei
como partir inteira
retomar pedaços
fatias
de um corpo que foi meu
(as marcas da história de cada um)
as marcas da nossa história
emolduram
um jeito velho de ser
um jeito esquecido e velho
de ser mulher
desisto de te amar
por uns instantes olho a madrugada
que colore de cinza as estradas
da minha cabeça
temos poucos anos e uma bagagem densa
o fundo verde do quadro toma a parede eram dias
como este eram dias de
fazer listas aguardar
o soterramento das figuras o
fundo verde do quadro
tomando a parede
Minha infância é hoje
aquele peixe de prata
que me escorregou da mão
como se fosse sabão.
Mergulho no antigo rio
atrás do peixe vadio
– Quem viu? Quem viu?
Minha infância é hoje
aquele papagaio fujão
no ar, sua muda canção.
Subo nos galhos da goiabeira
atrás do falaz papagaio
– me segura, me segura
senão eu caio.
Meu coração é um violino.
Lá fora sopra o vento
contorcendo o mar.
Penso no infinito.
La fora passa o vento
digladiando com o mar.
A ideia é um precipício.
Por que há o vento
penso no princípio,
no sem fim, no caminho.
Triste verso que agora escrevo
(e que alguém vai lendo),
pensar é um abismo.
Sou pequeno bem pequeno,
mas minhas mãos tem gestos
que nunca terminam.
Não tocaria uma só nota serena.
O desconforto fosse meu porto.
O descompasso meu próprio passo.
O mal estar meu maior conforto
E todo verso forjado a aço.
Assim, através de muitas cidades.
Como tudo estivesse ao inverso,
Tudo seria reinventando, as artes,
As crenças e, enfim, todo universo.
Deste tempo em que estamos
(de onde escrevo este relato),
uns dizem o fim de uma era,
outros, o início de um fraternal estágio.
Eu bebo meu chá.
Sou do tamanho da minha janela
e nela cabe até o mar.
Quando os cargueiros somem no horizonte
deixam de existir aos meus olhos carpinteiros.
Talho o mundo a minha medida.
Usei amores, naufrágios, despedidas,
e já não eram sentimentos,
eram versos.
Devo amar calado o triunfo crepuscular da juventude,
Seus beijos ao mar e sua oferenda de mistérios,
Na rosa oblíqua de um chamado puro,
Na vastidão precária dos instantes.
sonharíamos coisas lindas.
e quando acordava o gosto era bem doce.
eu te cantaria mais lindo que dorival caymmi morto em pessoa.
mais poético que os calcanhares da adriana no porto.
contava carneirinhos e te mostrava o fogo.
círculos ininterruptos. rodas. giram milhares de arrebóis.
eu até te bordava coisas assim. pra que nosso sono fosse
acordado.
grudado. e nada mais o fado.
pra me amar e ter inteira, riso largo,
a face serena sem expressões franzidas ou teatrais,
é preciso drama, camarada:
os olhos a me caminhar, venerar, buscar;
fazer exigências, oferecer um lenço azul, um título ktke;
há que me torcer o esternoclidomastóideo;
morrer de amor, porre, guerrilha e poesia.
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