Poemas de Luto
Jeans escuro
Camisa apertada
Cabelo bagunçado
Olhos embaçados,
E em teus lábios
Escorria a frieza
De sonhos
Que não jazia
Ambição.
Entre o vão
Só cabíamos nós,
Em vão
Tentei colocar
Um não.
Explodimos.
“És como o perpétuo surreal
Das cores que minhas lentes
Captando num segundo vital
Dão vida às vidas de minha mente.”
A CAIXA
Dor...
Fique bem aqui, guardada
Dentro desta caixa
A caixa é escura e grande:
Grande o bastante para estar tão vazia;
Negra o bastante para o medo do escuro;
Silenciosa o bastante quando fechada.
Quando aberta é fatal!
Os gritos começam,
Provocando tamanha lástima.
Sempre a mesma música ao abri-la.
Aquela melodia chorada
Cada vez aberta, lágrimas
Rasgando a ferida.
Dor...
Não vá embora
Fique bem aqui, guardada
Dentro desta caixa
Ou quando abrirem-na
Não haverá mais nada.
GRITOS EM "ÉTUDES ET PRELUDES"
Teus olhos azuis sob pálpebras nebulosas
Escondem o clarão de vagos enganos.
O aroma violento e ardiloso destas rosas
Inebriam como vinho em que jazem venenos.
Na hora em que os vaga lumes dançam cegos.
Hora em que brilham aos olhos o desejo urgente
Tu me repete em vão as palavras de afago:
Eu te amo e te odeio - abominavelmente.
Algumas pessoas são como cometas,
trazem em si aquele brilho mágico
que hipnotiza todos os olhares por onde passa,
e que enche o mundo de alegria, de esperança e poesia.
Astros errantes, vagando inconsequentemente rumo ao Sol,
e assim vão derretendo, se dissolvendo,
até que invariavelmente explodem,
se consomem, chocam-se fatalmente em alguma superfície,
ou simplesmente desaparecem, completamente. Para sempre...
Você certamente já viu algum por aí,
e sorriu e se encantou enquanto ele passava,
pois, sim, algumas pessoas são como cometas,
daqueles que enchem o mundo de alegria,
de esperança e poesia.
Sem fim. E para sempre.
AO MEU AMOR
Dependurei a lua cheia no céu
Para iluminar teu nome
Bordado com as estrelas
Que bailam entre nuvens ao vento
Espalhando o amor
Que vai em meu coração
Máquina da desinvenção
[J.W.Papa]
Desinventei a amizade, desinventei o namoro, desinventei a cidade
desinventei tudo que fora inventado, e antes que fosse tarde
me revoltei com o sistema, chutei o balde
desinventei a velha máxima de que adolescente é tudo rebelde
e assim segui pela vida... desinventando as invenções existentes.
Desinventei minha infância, abandonei os livros, os amigos, a escola...
Senti-me como se fosse um adulto temporão
no pleito dessa minha nova desinvenção fui trabalhar nas férias:
- vendendo picolé, carpindo lotes, acompanhando e cuidando de idosos -
Logo alguém viu a merda que fiz e cismou de desinventá-la por mim.
Então, tive de me adaptar! Uma vez que, barriga vazia não para de roncar.
Sem querer inventei o fórceps!
Assim que nasci, desinventei o parto normal
e foi essa, a minha primeira desinvenção que deu o que falar.
Tornei-me logo cedo um grande desinventor
- marginalizado por minhas ideias revolucionárias de desinvenção.
Desinventei a guerra, desinventei a fome, desinventei a miséria
desinventei tudo que havia de ser desinventado
segui em frente desinventando tudo que pude sem olhar para trás
até que um dia cismei de inventar uma máquina que desinventasse as desinvenções
e assim tudo cessou de ser desinventado por mim.
Tenha fé e vença o medo!
Os vencedores não se acovardam..
Porque a vida é inspirada em
idéias.
loucas..
De tentar e fazer o impossível..!!!
..
Coração
O coração mais puro do mundo o destino colocou em minhas mãos para cuidar e proteger. Nesse coraçãozinho cabe tanta coisa boa. Ele não tem tempo para fazer ou desejar o mal de ninguém. Só quer ter o reconhecimento do seu valor. Foi programado com amor e é amor que ele quer dar e receber. Se o mundo fosse controlado por esse coração não haveria guerras, fome desigualdade nem tristeza. Eu sou simples, mas me sinto um cavaleiro templário pelo fato de ter sido escolhido pra cuidar dessa joia rara que é esse coração. O coração que mudaria a história da humanidade se quisesse,
pois lhe deram esse direito e dever, mas que preferiu, na sua humildade, mudar só a minha vida.
Hoje estou triste
traste
torto
poste
estou triste
porta deserta
aberta
fechada
sem ninguem que entre ou saia
sem ninguém
que fique dentro
ou fora
hoje estou triste
fosforo gasto
cercado sem pasto
bandeira sem mastro
um viaduto com gente morando embaixo.
Às vezes
Às vezes meu silencio é uma janela
Às vezes meu silencio é uma panela de pressão
Às vezes meu silencio é uma passarela
Às vezes meu silencio é ele
É ela
Salvação
Às vezes meu silencio
É um crime
Às vezes meu silencio é um time
Às vezes meu silencio é uma taça
Uma graça
Uma massa
Uma traça
Uma missa
Às vezes meu silencio é uma mostra
Às vezes meu silencio, não há quem possa.
Às vezes meu silencio é bossa
Às vezes meu silencio é um frevo
É um nervo
Uma nave
Uma chave
Um choque
Às vezes meu silencio é um toque
Um truque.
As Vezes
As vezes meu silencio é estratégico
As vezes meu silencio é solidão
As vezes meu silencio é analgésico
As vezes meu silencio é só canção
As vezes meu silencio é só um medo
As vezes meu silencio é armação
As vezes meu silencio é só o tédio
As vezes meu silencio é sim e não
As vezes meu silencio é só mensagem
As vezes meu silencio é apagão
As vezes meu silencio é uma bobagem
As vezes meu silencio é nada e não
As vezes meu silencio é um vicio
As vezes meu silencio é vazão
As vezes meu silencio faz sentido
As vezes meu silencio furacão
As vezes meu silencio é só eu mesmo
As vezes meu silencio pá e pão
As vezes meu silencio é poesia
As vezes meu silencio é terra e chão
As vezes meu silencio é você
As vezes meu silencio coração
As vezes meu silencio é todo mundo
As vezes meu silencio contramão
As vezes meu silencio é alegria
As vezes meu silencio é noite é dia
As vezes meu silencio é só silencio
As vezes meu silencio é dor,plantão
As vezes todo mundo acha estranho
Meu silencio,meu tamanho
Minha desaparição.
Ouço sua voz...
Que consegue me tocar...
Do fundo do meu coração...
Eu a sinto soar...
Como uma musica...
Quero para sempre...
Eu queria escutar...
Como queria ate abraçar agora...
E lhe beijar intensamente...
Ter-te todos os dias ao meu lado...
Porque todos os dias...
Quero acordar ao seu lado...
Quero dividir com você...
Todos os momentos da minha vida...
Seja ela qual for...
Luto...
Porque tenho a certeza...
Que quero sempre ao seu lado...
Irei estar...
Procurando-Te sempre...
Seja em meus sonhos...
Seja em meu coração...
Para conseguir alcança o que quero...
O que mais desejo...
E não me importa...
O quanto seja difícil te encontrar...
Todas as barreiras que há no mundo...
Eu irei superar...
O que mais quero no mundo...
E estar com você...
Para tudo...
Poderemos enfrentar...
Juntos!
Te amo muito...
FRAGMENTO “IN FELICIDADE”
(...)
Vai, passarinho, e diz a ela:
Que a felicidade
Só existe de verdade
(Quando um alguém se pode amar!)
NA TUA COBIÇA
Ah, o imenso amor que você tem
Se ele fosse por mim também
Quão perfeito seria...
Não existiria a dor, e o desamor
Em nós, seria apenas poesia.
Eu andei por tantos caminhos
Busquei novos rumos, outros sabores...
Mas em desalinhos
Me fiz apenas se perder.
Se em você eu pudesse acender
A chama que queima os amores
Eu não mais seria um alguém
A procurar por um destino
Que a vida, oh, meu bem, não me reservou.
O meu amor errou a estrada
Que eu tinha pra seguir...
Agora, eu só procuro uma alvorada
Pra me luzir outra jornada
Onde a minha alma possa ir.
Ah, se nela eu pudesse te encontrar
E se você também nesta hora
Estivesse a jogar tudo fora
Procurando outro alguém pra amar...
Tinha em si, todas as cores e todas as lãs que, customizavam uma espécie de inverno e tricotava dúzias e dúzias de amor por dia.
Fazia nas costuras, apliques com flores para perfumar ainda mais à liberdade da primavera.
Com agulha e linha, atravessava um novelo e pulava no verão dos outonos e quando se sentia cansada, estendia à colcha de retalhos e fazia piquenique com as sobras e remendos...
Era toda remendada, mas tinha uma alegria bonita de singelos contrastes e estampas que, furtavam só sentimentos bonitos, esses que, de tão bonitos, dá vontade guardar numa caixinha, pra não se perder...
O dia convida para encher os lençóis...
O sol, que não veio, está caindo às pálpebras de sono...
Tem cheiro de lavanda nos travesseiros e de chá de alecrim pela casa, a cama está desfeita da noite.
Da janela, vejo os pingos que gotejam do céu...
As vidraças embaçadas de água e gotas que formam desenhos no reflexo dos meus olhos.
O dia acordou preguiçoso, mas com pássaros cantando e vento trombando ecos nas curvas e no fim da montanha que, encontra-se junto às palmeiras que longe, fazem balé com às folhas verdes e eriçadas, alegria por mais um dia de vida!
Alegria...
E quando o mundo me diz, espera, eu logo respondo:
-Esperar o quê?
Eu tenho pouco tempo, até que a passagem dessa alegria, se faça outono e então hiberne, e eu preciso esperar...
Agora é hora de aproveitar as insanidades sadias!
NÃO
O calor rasga a minha pele
O furor esgotado em trevas
Escorrega na fúria encantada da Eva
Um "NÃO" pode ser ao rasgar do véu
E abrir o sonho do Céu
Não pereça no abrolho
Não procure no quintal as farras
Não faz sentido agir às cegas
Não contamine ao filhote de Leão as garras
Não mistures o púlpito com álcool
Não procure amanhã no passado
Não respire o peixe no anzol
Não contamines Santidade ao pecado
Perdure o "Não" e perceberás que nada valeu
Presentes de memória comprei
Coração arrebatei, só que morreu
Mas não sei...
Sim!... O Não prevaleceu...
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