Poemas de Karl Marx sobre I Homem

O sentimento da vingança é tão agradável, que muitas vezes o homem deseja ser ofendido para se poder vingar, e não falo apenas de um inimigo habitual, mas de uma pessoa indiferente, ou até mesmo, sobretudo em alguns momentos de humor negro, de um amigo.

A grandeza do homem está em ele se reconhecer como miserável. Uma árvore não se dá conta da sua miséria.

Creio que o homem sonha unicamente para não deixar de ver; pode acontecer que um dia jorre a luz interior em nós e nenhuma outra nos será mais necessária.

O homem é a criatura que não pode sair de si, que só conhece os outros em si, e, dizendo o contrário, mente.

O homem, com suas nobres qualidades, ainda carrega no corpo a marca indelével de sua origem modesta.

Os sentimentos não devem ser lógicos. Perigoso é o homem que racionaliza suas emoções.

Os exames são temíveis até para quem tem o melhor preparo, pois o homem mais tolo pode sempre fazer uma pergunta que o mais sábio não sabe responder.

Qual é o homem mais sábio e mais digno de confiança? O que aceita as coisas como são.

O pensamento faz o homem; por isso o bom pensamento é a coisa mais importante da vida.

Se alguém mata um homem, é um assassino. Se mata milhões de homens, é um conquistador. Se mata todos, é um Deus.

O homem, essa criatura que aspira ao equilíbrio, compensa o peso do mal com que lhe partem a espinha, com a massa do seu ódio.

Se um homem começar com certezas, ele deverá terminar em dúvidas; mas se ele se satisfizer em começar com dúvidas, ele deverá terminar em certezas.

O homem que fica no alto da colina com a boca aberta esperará um longo tempo até que um pato assado caia nela.

Se um homem quiser ocupar-se incessantemente de coisas sérias e não se abandonar de vez em quando ao divertimento, fica, sem perceber, louco ou idiota.

O homem feliz é aquele que ao despertar se reencontra com prazer e se reconhece como aquele que gosta de ser.

Seja o homem nobre, caridoso e bom. São as únicas coisas que o distinguem dos demais seres.

O homem nasceu para a ação, tal como o fogo tende para cima e a pedra para baixo.

Existem certas ocasiões em que um homem tem de revelar metade do seu segredo para manter oculto o resto.

O homem tem medo de sua espontaneidade. Seus antepassados da selva temiam o fogo: temeram o fogo até que aprenderam a acendê-lo. Do mesmo modo, o homem temerá viver apelando à sua espontaneidade até que aprenda a provocá-la e a educá-la.

Os desejos humanos são infindáveis. São como a sede de um homem que bebe água salgada, não se satisfaz e a sua sede apenas aumenta.