Poemas de Erico Verissimo 1910 a 9

Foi ele quem me deu a confiança pra me impor com o presente mais meigo de todos.

Sei que vocês acham que amor tem a ver com comunicação e dar e receber. Não tem. Tem a ver com poder. Quem tem e quem não tem.

⁠O que é liberdade? (...) É o mero privilégio de não estar acorrentado? (...) Se isso é tudo, então a liberdade é uma zombaria amarga, uma ilusão cruel.

⁠Já tô cansada de tantos fanáticos gramaticais se expressando liricamente da forma mais rebuscada possível, como se isso fosse os tornar mais sabidos ou moralmente superiores. Quando se afina demasiadamente um violão, a corda sempre tende a estourar.

A partir do momento que você eleva o lamento de suas dores a um pedestal acima das dos outros, você se torna o opressor que um dia lhe abusou.

⁠O conformista se comporta como um bicho-preguiça quando é ameaçado. Apesar de sua natureza supostamente tranquila e inofensiva, ainda pode usar de suas garras afiadas.

Descubro cada dia, que amo suas palavras e os momentos com você, mas tenho medo de não te amar completamente já que a única coisa que fazemos é só conversar!

Não espere por muito tempo para aproveitar as oportunidades,que a vida nos proporciona,para ,mais tarde não viver se lamentando por algo que podias fazer e não o fez.

Num passo que damos, muitos obstáculos temos que ultrapassar, mas com certeza na frente estaremos mais experientes com nós mesmos.

E é, realmente muito sábio aquele que faz a vontade de Deus e desiste da sua própria vontade.

Por que às vezes chamamos a vida de “projeto de vida”? De projeto ela não tem nada! Não tem nada de concreto, não há certeza, não há estatísticas com margem pra mais ou pra menos.

Esperar não é pra qualquer um e não é bom, nem um pouco. A esperança é uma louca devassa sem pena dos amantes. Ela espera por nós e nós esperamos dela, eternamente.

Faz tanta falta o teu amor, mesmo que se grave os instantes, ou que se olhe as fotografias, as cartas, as declarações de amor.

Ninguém vaga pelas praças da vida sem cheirar uma rosa e levar ao menos uma pétala consigo para guardar numa página cândida de seu livro biográfico.

Mais feliz será aquele que escutar o poeta cantar o amor na praça do reencontro.

Ele ia pra lá, às vezes pra encontrar com uns amigos, andar ao redor dela, olhar faces alteras, sumir um pouco da agonia caseira...

Acabei de ver um passarinho. Ele estava bebendo e pulando numa poça d’água. Devia estar com sede. - Lógico? Lógico, não! - Lógico por quê? Ele não tinha sede! Na verdade, sede tem quem quer água e não tem; sede tem quem vê água e não pode beber.

Se não posso viver trezentas vezes; que eu seja isso e muito mais numa só vida dura, e simplesmente.

Meus sonhos não se encaixam ao prêt-à-porter, já os pesadelos, são veste constante.

O amor é vagabundo! Mas vida de quem não ama é vida pobre, vulnerável, uma rama.