Poemas de Erico Verissimo 1910 a 9
Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.
Acho que o que estou dizendo é que tudo isso parece muito familiar. Mas eu não estou familiarizado com isso. Só sei que outro garoto sentiu a mesma coisa. Dessa vez, quando está tranquilo do lado de fora e você vê coisas se mexendo, e não quer isso, e todos estão dormindo. E todos os livros que você leu foram lidos por outras pessoas. E todas as canções que você gostou foram ouvidas por outras pessoas. E aquela garota que é bonita para você é bonita para outras pessoas. E você sabe que, se enxergasse esses fatos quando era feliz, se sentiria ótimo, porque estaria descrevendo a "união".
A gente poder estar sozinha mesmo quando é amada por muitas pessoas, quando não é o “único amor” de ninguém.
Eu acredito que a poesia tenha sido uma vocação, embora não tenha sido uma vocação desenvolvida conscientemente ou intencionalmente. Minha motivação foi esta: tentar resolver, através de versos, problemas existenciais internos. São problemas de angústia, incompreensão e inadaptação ao mundo.
Vai e procura os campos, a natureza e o sol: vai, procura a felicidade em ti e em Deus. Pensa no que é belo e que se realiza em ti e à tua volta, sempre e sempre de novo.
Quando eu era pequeno, toda a realidade era uma ficção, por isso queria ser fotógrafo. Quando cresci, tornei-me escritor, porque na Fotografia tinha realidade demais pro meu gosto.
Não se esqueçam de uma coisinha: a verdadeira amizade. Não importa se foi curto, importa é o tempo que passamos juntos.
(Bon Clay)
É preciso o infortúnio para escavar certas jazidas misteriosas escondidas na inteligência humana; é preciso pressão para fazer a pólvora explodir.
Jamais tenha medo de se desfazer de coisas que te fazem mal. Não tenha medo de mudar de cidade por uma pessoa amada, um novo emprego ou desafio. Pessoas vivem infelizes pois não confiam em si mesmas. Se você fizer o que gosta, estiver em um lugar que se sinta à vontade ou com quem ame, as coisas fluirão rapidamente. Não se algeme a um salário ou a uma má companhia. A razão não deve prevalecer, deve haver um equilíbrio entre a razão e o coração.
Choverão pessoas dizendo que não será fácil arriscar, trocar o certo pelo duvidoso. Trocar o certo pelo duvidoso? Pessoas falam isso pois o evento, a indecisão ou a situação não ocorre com elas. Quem presencia e se excita com a nova oportunidade ou possibilidade de arriscar, sabe que o correto não é permanecer como está. Aceite novos desafios sem receios. Abra agora a porta para a sorte! Ou você prefere ficar com o ressentimento de não ter ao menos arriscado?
"(...)Realmente, quando se observa a vida no seu crisol de dor e de prazeres, não é possível cobrir o rosto com uma máscara de vidro nem impedir que os vapores sulfurosos nos ofusquem o cérebro e nos turvem a imaginação com fantasias monstruosas e sonhos disformes. Há venenos tão sutis que, para os conhecer, cumpre experimentá-los. Há males tão estranhos que, pra lhes entender a natureza, é preciso contraí-los. Ainda assim, que grande recompensa recebe o observador! Em que maravilha se torna o mundo aos seus olhos! Notar a lógica singular e inflexível da paixão, a vida colorida e emotiva da inteligência...verificar onde se cruzam e onde se apartam, que delícia! Que importava o custo? Não há preço demasiado alto para semelhante sensação. (...)"
Somos o que somos e por mais que queiramos ser aquilo que não somos, mais continuaremos a ser aquilo que realmente Somos.
A diferença entre jornais escritos e literatura, é como a diferença entre uma fotografia em preto e branco, e a mesma, colorida.
A amizade...
Você sente saudade, mas a força do tempo destrói, mas nunca vai se tornar inesquecível, vai ser eterno.
Ando pelas ruas e vejo tanta felicidade nas pessoas... gostaria que em casa também fosse assim, mas ninguém consegue fingir o tempo todo.
A arte tem o dom de expiar pecados. Ela nos devolve a coragem no momento em que a fragilidade insiste em soprar em nossos ouvidos a frase da desistência, do abandono da luta.
