Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
As palavras existem para distinguir as coisas, mas palavra nenhuma distingui o homem, exceto as ações.
Não faça com que a indolência deixe a marca da sujeira, para que saibam que ali esteve o pauperismo.
Fará o bem em dobro, em desculpa do mal que fizeste a ti mesmo, aprendeste a respeita-te, e o outrem são consequência de sua humildade.
Há, no dia que pessoa como eu, descobriste que amor, é coragem de fazer o bem, se envergonhará de ficar sentado assistindo o irmão precisando de ajuda.
As dificuldades são consequenciais da vida, viverá melhor quem preexistir e interagir de modo natural
A luz que ilumina-me faz vê com clareza, indubitado, o que famintos não enxergam, não sentem a fome que é ofuscada pela ignorância.
Pagará um preço por ser honesto e outro por ser desonesto, só não é justo que o injusto tenha o mesmo valor.
Quando não conseguimos mais sonhar os nossos próprios sonhos, é hora de comprar, pedir ou copiar os sonhos das pessoas felizes. O importante é esquecer o ontem e lembrar do amanhã.
“Ela tragou o último cigarro que havia na carteira, olhou para o horizonte, tirou o cigarro da boca e suspirou cansada. No meio de tantos devaneios ela se perguntou como no meio de tudo ela era um nada.”
Alguns problemas familiares requerem a mesma técnica matemática usada para a solução de uma questão de álgebra, qual seja, enquanto não forem eliminados os parênteses, não se chega a um resultado.
Você poderá destruir todos os relógios do mundo que, imperturbavelmente, o tempo seguirá o seu curso.
