Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
Amar um maldito amor. Amor que arranca nossa paz. Destrói nossa alma. Amor que por inteiro se fez despedaçado. Amor sem coração sem pudor. Amor que se sente acabado e não tem mais solução. Assim se fez meu amor por ti. Amor por pior que me fizeste. Ainda e amor que não quer lhe ver triste. Amor que ainda maldito seja. Só se importar em ver você feliz.
Jose A Nascimento
Enquanto te permitires sentires essa doçura de sentires esse meu humilde ser. Verás em meu interior tudo que já mais viu ou sentiu em outo lugar. E será apenas três pequenos minutos de calor sentido pela sua alma. Que se trabfomaraz em eternidades. E assim tornar - se - ão eterno cada segundo por ti a mim sentido. Felicidade sera a sua simplicidade de viver qualquer nomentos de liberdade paz e amor. Basta semtemir-lhe a doçura que a em meu interior
Jose A Nascimento
Apenas não a doações de carinho amor ou afetos. O calor que avera entre nós será intenso. A paixão por mim recebia será transborda ao teu encontro. Cada toque por mim recebido será devolvidos com beijo calientes. E é assim uma chama que arde em sendo devolvida na mesma calorias que se é recebido. Porquê não á doações de amor ou carinho. E sim recompensa por termos a intensidade desse querer. Quem der amor e carinho sem limites. Será consumida por desejos de que por ti recebeu este amor e carinho.
Jose A Nascimento
Se você quer que sua vida caminhe para frente,
Se quer crescer moral e espiritualmente,
vivenciar momentos de alegrias, paz e sabedoria
Pare de ouvir conselhos de pessoas despreparadas
Abra sua mente para viver no mundo real,
e desapegue do mundo ilusório
Abandone pensamentos e principalmente comportamentos destrutivos do passado.
Você pode, você consegue. Mude, transforme-se!
Elimine o que estiver ao seu alcance que possibilite "cair em tentação"
Então desapegue desses comportamentos
Reflita: o que realmente quer para sua vida ?
Continuar sabotando tudo que acontece de bom nela e perdendo ou mudar para um mundo melhor?
A escolha é sua. Decida-se.
E lembre-se o mundo não para pra você pensar.
Vi que me desbloqueou
Sera que é saudade, eu sou tão insuperável?
Que grande mentira, por dentro estou feliz por isso.
Mas sempre com a desculpa "deve ter sido um engano ".
Uma parte de mim clama por você.
Já a outra, agradece por estar longe.
A saudade vai bater, mas o meu amor se vai.
Os degraus dos desafios podem ser longos, demorados, mas é sua determinação, coragem, foco e força de vontade que o fará atingir o topo, onde alcançará a vitória.
Durante o percurso poderá haver distrações para desviar o caminho, nuvens escuras te puxando para baixo, palpites das trovoadas tentando te fazer desistir.
Mas se você souber o que deseja, foque no seu objetivo e continue em frente.
Toda grande vitória há desafios proporcionais.
CARTA DE DONA INÊS DE CASTRO A DOM PEDRO
Querido Pedro:
Os dias passam leves por mim. O tempo, esse, é o único que fica gravado no meu poço de emoções, na minha muralha de memórias e na fortaleza que eu habito. Fortaleza que tu tão bem conheces, que tu e só tu invadiste.
Tenho saudades, querido Pedro, mas não te peço para voltar, porque mais doloroso que a tua ausência, são as memórias que tendem a enfeitar as minhas muralhas que te vêem partir. Muralhas que envelhecem. Pinturas que escurecem.
Não te peço, mas desespero por rever a tua face! Tenho medo! Porque não deixaste comigo mais do que memórias?
Não sou forte, nunca fui. Aprendi que o amor, tu, me completavas e por isso serias o meu lado forte, o meu único cavaleiro. Tão forte. Tão belo. Tão vigoroso com esses teus cabelos negros, esses olhos… não! Não são olhos os que me despem, são universos únicos que me guardam, relembram e definem o meu corpo. Este meu corpo tão, tão… delicado ao lado das linhas delineadas do teu que me envolve e aquece.
São destas memórias que me alimento. Mas é por ti que choro. Não por fora, pois esse privilégio, exprimir o que sinto, foi-me negado há muito tempo e é por isso que o meu coração virou poço, poço de emoções, que hoje transborda de saudades, de amor, que hoje transborda de e por ti.
Com amor, Inês.
P.S. Volta depressa
A sensação de nunca ter demonstrado
E do nada passar a demonstrar
E como se fosse tóxico, como se doesse
Seu carinho, e como machucasse uma parte de mim.
A criança em mim clama por isso.
Mas a parte adulta, chora de tanta raiva.
Pois quando era nova, nunca tive um carinho masculino.
Era só dor e solidão de um pai.
Mas me desculpa de não conseguir demonstrar o mesmo.
A dor dentro de mim, o medo e o jeito de ser usada.
Mil perdões por não conseguir superar suas expectativas!!!
Você é incrível, mas não é pra mim!!
Amor... e Morte...
O amor
é como a morte
ato banal de todo dia...
Emoção forte
de tristeza ou de alegria,
ele sempre nos surpreende, e a ele nunca nos acostumamos
talvez...
O amor é como a morte:
quando amamos
é sempre a primeira vez.
Soneto à tua volta
Voltaste, meu amor... enfim voltaste!
Como fez frio aqui sem teu carinho....
A flor de outrora refloresce na haste
que pendia sem vida em meu caminho.
Obrigado... Eu vivia tão sozinho...
Que infinita alegria, e que contraste!
-Volta a antiga embriaguez porque voltaste
e é doce o amor, porque é mais velho o vinho!
Voltaste... E dou-te logo este poema
simples e humilde repetindo um tema
da alma humana esgotada e envelhecida...
Mil poetas outras voltas celebraram,
mas, que importa? – se tantas já voltaram
só tu voltaste para a minha vida...
(Do livro "Eterno Motivo" " - Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras - 1943)
A BICICLETA
Me lembro, me lembro
foi depois do jantar, meu avô me chamou,
tinha um riso na cara, um riso de festa:
- Guilherme, vou tapar seus olhos,
venha cá.
Os tios, os primos, os irmãos, na grande mesa redonda
ficaram rindo baixinho, estou ouvindo, estou ouvindo:
- Abre os olhos, Guilherme!
Estava na sala de jantar, junto da porta do corredor,
como uma santa irradiando, num altar,
como uma coroa na cabeça de um rei,
a bicicleta novinha, com lanterna, campainha, lustroso selim de couro,
tudo.
Me lembrei hoje da minha bicicleta
quando chegou a minha geladeira.
Mas faltou qualquer coisa à minha alegria,
talvez a mesa redonda, os tios, os primos rindo baixinho,
– abre os olhos, Guilherme!
Oh! Faltou qualquer coisa à minha alegria!
Quando chegares...
Não sei se voltarás
sei que te espero.
Chegues quando chegares,
ainda estarei de pé, mesmo sem dia,
mesmo que seja noite, ainda estarei de pé.
A gente sempre fica acordado
nessa agonia,
à espera de um amor que acabou sendo fé...
Chegues quando chegares,
se houver tempo, colheremos ainda frutos, como ontem,
a sós;
se for tarde demais, nos deitaremos à sombra e
perguntaremos por nós...
Um erro, uma vida
Eu estou indo embora, não tente me impedir, meu orgulho é tudo que me restou. Você pensou que eu não seria capaz, mas acredite eu estou realmente te deixando. Você pode dizer que estou cometendo um erro, mas acredite logo vai descobrir que quem errou foi você. Você vai se arrepender tanto. De todas as noites que me deixou sozinha, enquanto você se divertia por aí. De todos os telefonemas que disse que faria, e nunca os fez. De todas as brincadeiras, das mentiras, das ilusões, irá se arrepender de tudo isso. Vai sentir minha falta como nunca sentiu de nada antes. Vai tentar me procurar, mas sinto dizer, já vai ser tarde, pois baby você não é nem de longe insubstituível. Quando você pensar em mim, eu já vou estar pensando em outro. Não importa mais tudo que eu disse pra você, pois nem penso mais naquelas coisas, os presentes já estão na lata do lixo, pensar em seus beijos agora me dá nojo, não to mais nem aí pra você, não te quero de volta. Siga sua vida, bem longe de mim, tem sua liberdade de volta, fica com aquela vadia agora. Ela vale tanto quanto você. Você parece estar surpreso, achou mesmo que eu não iria descobrir, mas adivinha só? Eu não sou a idiota que você pensou.
Quando cair na real, nem venha me procurar, não vou ouvir suas desculpas, não vou fechar os olhos para seus deslizes. Eu sei que a culpada não foi eu, por tantas vezes eu chorei, até que cansei, sei que agora quem vai chorar é você. Quando sentir minha falta lembre se de todas às vezes que você me deixou sozinha. Quando precisar muito de um abraço, lembre se de todas às vezes que tudo que eu precisava era do seu abraço, mas você nunca me deu. Quando você cansar na farra e quiser alguém para dividir as coisas, lembre se de todos os planos que nós fizemos e você destruiu.
Quando quiser tudo de volta, deite e durma, sei que vai sonhar comigo, e quem sabe lá nossa história seja diferente.
Manhã para se feliz
Esta é uma manhã para ser feliz
em um lugar, de algum modo,
é uma manhã para ser feliz...
Esta é uma manhã para dois, para dois juntos
abraçados e tontos, num remoinho
não como nós, eu aqui, diante do sol, das árvores,
de tudo envergonhado porque estou sozinho...
Esta é uma manhã que me fala de ti, nas nuvens,
na transparência do ar,
neste azul do céu, imaculado,
na beleza das coisas tocadas de sonho
e imaturidade...
Uma manhã de festa
para ser feliz de verdade!
Esta é uma manhã
para te Ter ao meu lado...
Quando Deus fez uma manhã como esta
estava com certeza apaixonado...
Capricho da memória:
de tantos momentos em que te vejo
e em que no meu pensamento
tua imagem se insinua,
havia de fixar-te, naquele íntimo instante
em que mais te desejo:
inteiramente nua!
Essa...
Essa, que hoje se entrega aos meus braços escrava
olhos tontos do amor de que aos poucos me farto,
ontem... era a mulher ideal que eu procurava
que enchia a minha insônia a rondar o meu quarto...
Essa, que ao meu olhar parado e indiferente
há pouco se despiu - divinamente nua -,
já me ouviu murmurar em êxtase, fremente:
- Sou teu! ... E já me disse, a delirar: - Sou tua !
Essa, que encheu meus sonhos, meus receios vãos,
num tempo em que eram vãos meus sonhos, meus receios,
já transbordou de vida a ânsia das minhas mãos
com a beleza estonteante e morna dos seus seios !
Essa, que se vestiu... que saiu dos meus braços
e se foi... - para vir, quem sabe? uma outra vez.
- segui-a... e eu era a sombra dos seus próprios passos..
- amei-a... e eu era um louco quando a amei talvez...
Hoje, seu corpo é um livro aberto aos meus sentidos
já não guarda as surpresas de antes para mim...
(Não importa se há livros muita vez relidos
importa... é que afinal, todos eles têm fim...
Essa, a quem julguei Ter tanta afeição sincera
e hoje não enche mais a minha solidão,
simboliza a mulher que sempre a gente espera...
mas que chega, e se vai... como todas vão...
(Do livro - Amo – 1939)
Noturno n.º 1
Pela madrugada o rádio põe em surdina
um fundo musical de filme
em meu desespero.
E a serenidade da noite, impassível,
com sua felicidade de luar e estrelas
me faz mal,
parece afrontar meu desejo impossível
e ainda me torna mais triste, mais sentimental...
Você está em todas as formas do pensamento
E no pensamento que conforma todas as coisas...
Em vão tento fugir com a música, tento evadir-me com a noite,
em vão!
Você é a música, a noite, você é tudo!
É a própria forma e o conteúdo
Da minha solidão...
Noturno
Agora, à noite, fujo às vezes
e aporto em algum bar
Como antigamente.
Marinheiro do amor, de porto em porto,
a vida como um navio, de mar em mar...
Pensei que tinha lançado ancora,
que plantara raízes,
que não partiria mais.
E de repente, desarvoraste meu destino,
e te foste
- volto a ser o antigo marinheiro -
e sozinho, preciso embebedar-me,
agora num navio encalhado,
sem mar...
À sua passagem a noite é vermelha
E a vida que temos parece
Exausta, inútil, alheia.
Ninguém sabe onde vai nem donde vem,
Mas o eco dos seus passos
Enche o ar de caminhos e de espaços
E acorda as ruas mortas.
Então o mistério das coisas estremece
E o desconhecido cresce
Como uma flor vermelha.
obra poética I caminho 1999
