Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
Soneto Sentimental à Cidade de São Paulo
Ó cidade tão lírica e tão fria!
Mercenária, que importa - basta! - importa
Que à noite, quando te repousas morta
Lenta e cruel te envolve uma agonia
Não te amo à luz plácida do dia
Amo-te quando a neblina te transporta
Nesse momento, amante, abres-me a porta
E eu te possuo nua e frígida.
Sinto como a tua íris fosforeja
Entre um poema, um riso e uma cerveja
E que mal há se o lar onde se espera
Traz saudade de alguma Baviera
Se a poesia é tua, e em cada mesa
Há um pecador morrendo de beleza?
Poesia Urbana
Eis eu aqui entre os carros vendo o mundo pela janelinha embaçada.
Pessoas passam por mim, vejo o lixo nas guias.
A correria diária desta gente.
Vejo também olhos perdidos;
Olhos perdidos como os meus...
O que será que esses olhos perdidos procuram...
Na vida tudo passa...
os momentos bons...os momentos ruins...
Porém as lembranças permanecem,
Deixando muitas vezes cicatrizes no lugar da dor...
E saudades no lugar do amor.
No meu sono de menina
Onde descanso minha alma
Liberto o meu espírito
De eterna criança
Nesse meu sonho
Liberto minhas asas
E viajo pelo meu céu
Onde aprendo a crescer
Quando acordo
É como uma mulher
Mas sempre com um sonho
De menina.
(K.G.X.S.)
cuidado ao viver como dimas
a bala pode vir sem avisar
vivendo a vida loka todos dias
pode não dar tempo de Deus te perdoar
25 de Abril
Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino
Parabéns!
Você conseguiu! Sonho realizado!
Com dedicação, está conquistando!
Para chegar aqui, muito tem lutado,
em cada ano grande passo dando.
Hoje você está aniversariando,
dia de festa com amigos ao lado.
Você conseguiu! Sonho realizado!
Com dedicação, está conquistando!
Que o teu caminho seja abençoado!
Um forte abraço estou enviando.
Muito progresso! Ânimo renovado!
É nova etapa que está chegando.
Você conseguiu! Sonho realizado!
Em nome da tua ausência
Construí com loucura
Uma grande casa branca
E ao longo das paredes te chorei...
Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.
Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.
Por mais que eu tente entender. Vai ser sempre difícil de aceitar. Nossos caminhos pareciam certos, mas a razão gritou dentro de mim...nem pensei no coração, porque ele tava tão sentido e confuso que não tinha força pra decidir nada!
Daí eu me pergunto foi bom? o que sobrou de você?
e de mim? o que tirei de bom da gente? Tudo bem, pra que pensar nisso... o FATO É QUE sonhamos juntos.. Plantamos e colhemos os frutos... Se estamos separados, é porque tinha que ser assim... Você aí e eu aqui... Agora só me resta acreditar que foi bom a maior parte do que vivemos...Você sempre vai estar sempre em mim, mesmo em flashes de pensamentos passados...
MEDITAÇÃO DO DUQUE DE GANDIA
SOBRE A MORTE DE ISABEL DE PORTUGAL
Nunca mais
a tua face será pura limpa e viva,
nem teu andar como onda fugitiva
se poderá nos passos do tempo tecer.
E nunca mais darei ao tempo a minha vida.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
A luz da tarde mostra-me os destroços
do teu ser. Em breve a podridão
beberá os teus olhos e os teus ossos
tomando a tua mão na sua mão.
Nunca mais amarei quem não possa viver
sempre,
porque eu amei como se fossem eternos
a glória, a luz e o brilho do teu ser,
amei-te em verdade e transparência
e nem sequer me resta a tua ausência,
és um rosto de nojo e negação
e eu fecho os olhos para não te ver.
Nunca mais servirei senhor que possa morrer.
Nunca mais te darei o tempo puro
Que em dias demorados eu teci
Pois o tempo já não regressa a ti
E assim eu não regresso e não procuro
O deus que sem esperança te pedi.
Sophia de Mello Breyner Andresen
– Sou só o amigo da vizinhança, o Homem-Aranha.
– Sem essa, cara. Você já esteve no espaço.
(Diálogo entre Peter Parker e Nick Fury)
RESILIÊNCIA
“É a capacidade de se adaptar e conviver com situações difíceis. É saber aprender com elas, superando-as oportunamente. É preciso ter a mente flexível, ser otimista, consciente de que tudo na vida é passageiro.”
Ah! vem, alma sombria que pranteias.
Por quem choras? Por mim?
Em vez de prantos
Deixa-me suspirar a teus joelhos.
Tu sim és pura. Os anjos da inocência
Poderiam amar sobre teu seio.
Aperta minha mão! Senta-te um pouco
Bem unida a minha alma em meus joelhos,
Assim parece que um abraço aperta
Nossas almas que sofrem. Revivamos!
O passado é um sonh, o mundo é largo,
Fugiremos à pátria. Iremos longe
Habitar num deserto. No meu peito
Eu tenho amores para encher de encantos
Uma alma de mulher
Por que sorriste?
Sou um louco. Maldita a folha negra
Em que Deus escreveu a minha sina
Maldita minha mãe, que entre os joelhos
Não soubeste apertar, quando eu nascia,
O meu corpo infantil! Maldita!
Tem males que vêm para o bem e coisas que pensamos que é bem, porém é mau.
Nem tudo que reluz é ouro dizia minha avó.
Se hoje lágrimas estão a derramar é porque é fase e elas irão te ajudar...
Ajudar-te transformando em um alguém melhor, forte capaz de aconselhar a quem está na pior.
A vida não é fácil, e quem diria que seria?
Deus não prometeu lágrimas sem dor, nem ao menos dias sem sofrimento.
Aprendizagem agente encontra em todo lugar, tanto na rua, como dentro de casa...
Aprendizagem pode-se encontrar também na vida de outras vidas.
Sonhos apenas são sonhos, mas cada um pode transformar o sonho em realidade...
Só basta querer, só basta correr atrás, só basta acreditar que és capaz de chegar ao céu!
Meu sonho partiu, foi embora
sem me avisar, sem me comunicar,
só deixou para trás a saudade
que a todo instante vem me abraçar.
TRIDADE
A vida é uma planta misteriosa
Cheia d’espinhos, negra de amarguras,
Onde só abrem duas flores puras
Poesia e amor...
E a mulher... é a nota suspirosa
Que treme d’alma a corda estremecida,
É fada que nos leva além da vida
Pálidos de langor!
A poesia é a luz da mocidade,
O amor é o poema dos sentidos,
A febre dos momentos não dormidos
E o sonhar da ventura...
Voltai, sonhos de amor e de saudade!
Quero ainda sentir arder-me o sangue,
Os olhos turvos, o meu peito langue...
E morrer de ternura!
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