Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
Gostaria hoje de citar um trecho da Constituição Federal:
Art. 5º. Todos são iguais parente a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residente no País a inviabilidade do direito a vida, á liberdade, á igualdade, á segurança, e a propriedade [...].
A Constituição nos garante isso, porque não lutar pelos nossos direitos? Devemos sim fiscalizar, cobrar e se envolver de forma que a política e o País se transformem para melhor.
Cicely Saunders e os Cuidados Paliativos modernos
"Cicely Saunders nasceu em 22 de junho de 1918, na Inglaterra, e dedicou sua vida ao alívio do sofrimento humano. Ela graduou-se como enfermeira, depois como assistente social e como médica. Escreveu muitos artigos e livros que até hoje servem de inspiração e guia para paliativistas no mundo todo."
Em 1967, ela fundou o St. Christopher´s Hospice, o primeiro serviço a oferecer cuidado integral ao paciente, desde o controle de sintomas, alívio da dor e do sofrimento psicológico. Até hoje, o St. Christopher´s é reconhecido como um dos principais serviços no mundo em Cuidados Paliativos e Medicina Paliativa.
Cicely Saunders conseguiu entender o problema do atendimento que era oferecido em hospitais para pacientes terminais. Até hoje, famílias e pacientes ouvem de médicos e profissionais de saúde a frase “não há mais nada a fazer”. A médica inglesa sempre refutava: “ainda há muito a fazer”. Ela faleceu em 2005, em paz, sendo cuidada no St. Christopher´s.
Pergunta-se a alguém o que faz num supermercado e todos têm respostas: “Vim às compras”, “Venho ver as novidades”… Pergunta-se a alguém o que faz numa livraria, numa discoteca, numa peixaria, num talho, num
emprego, num cinema… e todos têm respostas imediatas.
Mas poucos têm respostas satisfatórias e que denotem verdadeira sabedoria, quando se pergunta “Quem é você?”, “O que faz realmente nesta vida?”, “Para que vive?”, “Porque vive?”, “De onde veio e para onde
vai?”, “Qual o sentido da existência?” …
A Humanidade está num estado de verdadeiro
colapso espiritual, com “fome” e “sede” de conhecimento espiritual verdadeiro. Talvez a maior dessas torturas seja o facto de a Verdade não ser dita, reconhecida, pois muito do povo, cego na sua ignorância e ensinado
a “não pensar por sua própria cabeça”, não acredita em mais ninguém a não ser nos que detêm o maior poder e aparato visível.
De facto, a não ser que não se tenha capacidade para tal, ou se ande muito distraído e/ou ocupado com outras questões da Vida (trabalho, família, afecto, conquistas económicas, sociais, políticas ou outras), o Ser
Humano mais tarde ou mais cedo sente-se perdido se não encontrar respostas satisfatórias para as grandes questões da Vida e da existência humana: “Quem somos”, “Qual o sentido da existência?”, “De onde viemos
e para onde vamos?”
Uma xícara de chá
Quando você me olha
E eu finjo não estar vendo
É que ouço o barulho
Da água fervendo...
Será o sinal que preciso
Pra entender que estou pronta?
Macabéa
A chuva não cai
O vento não venta
O tempo não passa
O sono não chega
Venha antes que eu esqueça
Que sou algo mais do que da vida uma espera
Quando no enterro do que eu fora
Na minha hora, serei eu, enfim, estrela.
Teatro
As cortinas abrem (...)
Meus olhos!
Bem vindo ao espaço
do choro e do riso: Teatro!
O palco.
Sinto a força que sai
de dentro de mim:
O encontro com a multidão
de um só!
As luzes, as cores, os sons.
Minha voz!
Aqui eu morro, vivo e revivo.
Eu sou, depois não sou:
O teatro me invade.
Só quando as luzes se apagam,
depois do som do aplauso,
eu desperto: foi um sonho!
Sonhos, quero tê-los, e tê-los,
sempre!
Eu canto porque...
Eu canto porque
minha alma é ritmada.
Pelo compasso de todos os passos
Pela melodia da passarada
Sou capella dos meus apelos
Não sou acústica de nada
Sou, sim, concerto dos meus erros
Em uníssono cortejo
De energia em harmonia
Da cifra decifrada.
Eu canto porque tenho sede
de tudo que transcende
Respiro.
Eu canto porque vivo.
E o meu canto ecoa no universo.
Espelho
A gente desconfia
da sombra
da lombra
das ruelas e esquinas
dos meninos e meninas
E nem imagina
Que a veste maltrapilha
Cobre um bom filho
Um pai de família
Uma mulher descente
A gente tem medo de gente
E nem desconfia do espelho
E a vida da gente é samba-canção
O forró é bem gostoso
O côco é envolvente
Mas o samba quando toca, nêga:
Entra na vida da gente!
Toma de conta do corpo
E a alma faz transbordar
Quem não gosta de samba, coitado!
Tenho dó só de pensar.
O que seria de mim,
sem o que o samba me faz?
Na roda eu sou rainha da alegria
e eu não sei parar mais
Pena de quem não sabe
do quê que o samba é capaz
Faz retrato da vida
Lateja no coração
É hino de amor, de dor e paixão
E é por isso que vive na vida da gente
E a vida da gente é samba-canção.
À menina que passava na rua
Vinha como visão
E para o meu deleite
O tempo ficou parado
Ela então me roubou
Com flores
Flores por toda a parte
No vestido estampado dela
No cabelo perfumado dela
Sem querer, um sorriso
[Sorriso pedido de casamento]
Eu sorri pra ela
18.980
3.179.546 passos caminhados
de mãos dadas
3.380 lágrimas choradas
de dor compartilhada
e alegria dividida
18.980 manhãs acordadas com beijos
e café quentes
Entre partidas e chegadas,
18.980 noites dormidas
no repouso do mar do outro,
o lar, a vida.
52 anos de casados.
Quanto de amor se terá amado?
Nunca se saberá.
Amor é sem medida:
Não se pode calcular.
Aprendi a ser quem eu sou da maneira mais fácil e sem querer percebi que na vida nada é pra sempre nem acontece segundo nossas próprias convicções ou intenções.
Serei a mais perfeita criatura, não digo que não cometerei erros, mas errando tentarei consertar meus atos e farei tudo de novo, pois, cada dia que se inicia traz consigo uma porta, onde novas oportunidades chegam e nos possibilitam começar de novo sem medo e sem preconceitos ou vícios. Mas é preciso correr, pois, o tempo é passageiro e não nos deixa mentir.
Em Paz
"Muito perto do meu ocaso eu a bendigo, Vida.
Porque nunca me destes nem a esperança falida nem
trabalhos injustos, nem sofrimento imerecido.
Porque vejo ao final do meu rude caminho,
que fui o arquiteto do meu próprio destino; que se extrai
mel ou fel das coisas foi porque nelas coloquei fel ou mel saboroso; quando plantei roseiras, colhi sempre rosas.
...Certo, ao meu verdor vai seguir o inverno:
mas tu não me dissestes que maio seria eterno!
Achei, sem dúvida , longas as noites de meus sofrimentos;
mas não me prometestes apenas noites boas; e também tive
algumas santamente serenas...
Amei, fui amado e o sol acariciou a minha face.
Vida, nada me deves! Vida, estamos em paz!"
Lembranças têm cheiros, formatos e cores.
Têm muitos sons, texturas e sabores.
Têm memórias, relíquias e bibelôs.
Têm o jardim com muitas folhagens e flores.
Lembranças têm pingüim de geladeira.
Têm xícaras de porcelanas delicadas.
Têm a velha máquina de costura,
E também a antiga penteadeira.
Lembranças têm a casa da vó.
Têm a rede, tem o pão caseiro.
Têm aroma de café fresco coado,
Têm o mingau e o bolo pão-de-ló.
Lembranças têm conversas corriqueiras.
Têm cantigas, lendas e histórias infantis:
Saci-Pererê, lenda do boto e a linda Rosa Juvenil.
Têm nostalgias e recordações prazenteiras.
O frescor do mato verde,
A densa relva molhada,
O cheiro do café fresquinho,
O pão quente chegando à mesa.
O ninho do passarinho,
A folha seca caindo,
O vôo da borboleta,
A lenda do boi da cara preta.
O vento assobiando,
Pingos de chuva gotejando,
O Sol vivo e brilhante,
A lavadeira cantarolando.
O dia amanhecendo,
As nuvens passando,
A flor se abrindo
E a criança brincando.
Eis algumas coisas da vida!
E que na verdade não são pequenas...
São simplicidades, sutilezas.
Que passam despercebidas,
Pois as capacidades de tão grosseiras.
Perderam a percepção, das verdadeiras riquezas.
Forever Alone
Estou no meio dessa solidão
Invadido com a ilusão
Petrificado e
no chão
No meio da imaginação
já perdi toda razão
a emoção e a
ação...
Vivo pensando em você
você não sai da minha mente
e estou crente
na gente
O amor é um jogo de azar
que você ama sem pensar
Quero sair desse pesar
viver lúcido e voar
E no final, no final das contas
depois de sofrer, depois de chorar
agente se acha com os amigos, até com inimigos
bebendo, fumando, e brincando,
oh, depois de lamentar
depois do pesar...
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