Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
Definição de Érico Veríssimo sobre " boato".
Ora, um boato é uma espécie de enjeitadinho que aparece à soleira duma porta, num canto de muro ou mesmo no meio duma rua ou duma calçada, ali abandonado não se sabe por quem; em suma, um recém-nascido de genitores ignorados. Um popular acha-o engraçadinho ou monstruoso, toma-o nos braços, nina-o, passa-o depois ao primeiro conhecido que encontra, o qual por sua vez entrega o inocente ao cuidado de outro ou de outros, e assim o bastardinho vai sendo amamentado de seio em seio ou, melhor, de imaginação em imaginação, e em poucos minutos cresce, fica adulto - tão substancial e dramático é o leite da fantasia popular - começa a caminhar pelas próprias pernas, a falar com a própria voz e, perdida a inocência, a pensar com a própria cabeça desvairada, e há um momento em que se transforma num gigante, maior que os mais altos edifícios da cidade, causando temores e às vezes até pânico entre a população, apavorando até mesmo aquele que inadvertidamente o gerou.
Contato humano.
Nossa primeira forma de comunicação.
Segurança, proteção e conforto... tudo isso no suave toque de um dedo. Ou de lábios encostando numa bochecha.
Ele nos conecta quando estamos felizes, nos dá apoio quando temos medo... desperta sentimentos de paixão... e amor.
Precisamos ser tocados por quem amamos quase como precisamos do ar pra respirar. Mas eu só percebi a importância do toque... Do toque dele... depois que perdi.
Entao, se estiver vendo isso, e for possível... toque nele. toque nela.
A vida é curta demais para desperdiçar um segundo.
A verdadeira mente pode resistir a todas as mentiras e ilusões sem se perder. O verdadeiro coração pode tocar o veneno do ódio sem ser prejudicado. Desde o início dos tempos, escuridão prosperava no vazio, mas sempre se renderam à luz purificadora.
(Tartaruga Leão)
Fujo para longe de ti,
evitando-te como a um inimigo,
mas incessantemente
te procuro em meu pensamento.
Trago tua imagem em minha memória
e assim me traio e contradigo,
eu te odeio, eu te amo.
Nada é coincidência, tudo está escrito! Não acredita no destino?
Acha que foi mesmo por acaso que você entrou aqui? Que a gente se conheceu?
Tava escrito, assim como tá escrito que você vai voltar.
A vingança é como uma víbora de duas cabeças: enquanto você vê seu inimigo cair, você está envenenando a si mesmo.
(Aang)
Cada gota que caí é um
Momento que se foi
Assim é a cachoeira da vida
Uma fonte inesgotável de lembranças
Uma enchente involuntária de saudade.
Quem sou eu?
Poderia descrever-me fisicamente, falar da minha personalidade, do que gosto, mas para falar a verdade, eu não quero. Infelizmente, isso não é importante, porque quem nos define são as pessoas, cada pessoa tem um conceito diferente sobre nós.
Pergunte ao meu inimigo quem sou e ele me julgará mal, pergunte ao meu amigo e ele dirá minhas qualidades. Pergunte-me quem sou... e te direi:
Sou o que você vê... agora depende dos seus olhos!
Estava tão perdida em meus pensamentos que só percebi que tinha companhia quando o príncipe Maxon começou a falar comigo.
- Está tudo bem, querida?. - Ele perguntou.
- Eu não sou sua querida.
(America Singer)
Respire em mim... fundo,
Para que eu respire... e viva.
E me abrace apertado para eu dormir
Suavemente segura por tudo que você dá.
Venha me beijar, vento, e tire meu fôlego
Até que você e eu sejamos um só,
E dançaremos entre os túmulos
Até que toda a morte se vá.
E ninguém sabe que existimos
Nos braços um do outro,
A não ser Aquele que soprou o hálito
Que me esconde livre do mal.
Venha me beijar, vento, e tire meu fôlego
Até que você e eu sejamos um só,
E dançaremos entre os túmulos
Até que toda a morte se vá.
O importante é saber que tudo é um processo e não um acontecimento.
Só quero que você confie em mim o pouco que puder e que cresça no amor pelas pessoas ao seu redor com o mesmo amor que compartilho com você.
Não cabe a você mudá-las, nem as convencer.
Você está livre para amar sem qualquer obrigação.
Bela: Esse castelo pertence a quem?
Fera: Tudo aqui me pertence.
Bela: Você fala como qualquer outro homem. É uma certa desilusão.
Bela: Você leu mesmo todos esses livros?
Fera: Não, não li todos. Alguns estão em grego.
Bela: [rindo] Isso foi uma piada? Você está fazendo piadas agora?
Em tudo somos atribulados, mas não angustiados;
Perplexos, mas não desanimados;
Perseguidos, mas não desamparados;
Abatidos, mas não destruidos
Crepúsculo
Na hora em que o dia
não é mais dia,
em que a noite
não é noite ainda,
tudo é magia,
e o céu parece
veludo furta-cor
escorrendo das mãos vazias.
A Ressurreiçao-Pascoa;
No primeiro dia da semana, de manha bem cedo, as mulheres levaram ao sepulcro as especiarias aromaticas que haviam preparado.
Encontraram removida a pedra do sepulcro, mas, quando entraram nao encontraram o corpo do Senhor Jesus. Ficaram perplexas, sem saber o que fazer. De repente, dois homens com roupas que brilhavam como luz do sol colocaram-se do lado delas.Amedrontadas, as mulheres baixaram o rosto para o chao, e os homens lhes disseram: " Porque voces estao proucurando entre os mortos aquele que vive?
Ele nao esta aqui! RESSUCITOU! Lembrem-se do que Ele lhes disse, quando ainda estavam com voces na Galileia: E necessario que o filho do homem seja entregue nas maos de homens pecadores, seja crucificado e ressucite no terceiro dia". Entao se lembraram das palavras de Jesus.
As amoras
O meu país sabe às amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
Telha de vidro
Quando a moça da cidade chegou
veio morar na fazenda,
na casa velha...
Tão velha!
Quem fez aquela casa foi o bisavô...
Deram-lhe para dormir a camarinha,
uma alcova sem luzes, tão escura!
mergulhada na tristura
de sua treva e de sua única portinha...
A moça não disse nada,
mas mandou buscar na cidade
uma telha de vidro...
Queria que ficasse iluminada
sua camarinha sem claridade...
Agora,
o quarto onde ela mora
é o quarto mais alegre da fazenda,
tão claro que, ao meio dia, aparece uma
renda de arabesco de sol nos ladrilhos
vermelhos,
que - coitados - tão velhos
só hoje é que conhecem a luz doa dia...
A luz branca e fria
também se mete às vezes pelo clarão
da telha milagrosa...
Ou alguma estrela audaciosa
careteia
no espelho onde a moça se penteia.
Que linda camarinha! Era tão feia!
- Você me disse um dia
que sua vida era toda escuridão
cinzenta,
fria,
sem um luar, sem um clarão...
Por que você na experimenta?
A moça foi tão vem sucedida...
Ponha uma telha de vidro em sua vida!
Contemplação
Sonho de olhos abertos, caminhando
Não entre as formas já e as aparências,
Mas vendo a face imóvel das essências,
Entre ideias e espíritos pairando...
Que é o Mundo ante mim? fumo ondeando,
Visões sem ser, fragmentos de existências...
Uma névoa de enganos e impotências
Sobre vácuo insondável rastejando...
E dentre a névoa e a sombra universais
Só me chega um murmúrio, feito de ais...
É a queixa, o profundíssimo gemido
Das coisas, que procuram cegamente
Na sua noite e dolorosamente
Outra luz, outro fim só pressentindo...
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