Poemas de Erico Verissimo 1910 a 8
A infância é um misto de transitoriedade e permanência.
Ela acaba com o passsar dos anos.
Ela dura no passar dos anos...
Conquistas são maravilhas da vida
Que nos fazem sentir tão vivos
Com elas, os sonhos se realizam
E os nossos corações se aquecem
Os objetivos são traçados
E batalhas são travadas
Os desafios são superados
E as vitórias são celebradas
Mas no final, tudo é ilusão
Pois a vida é passageira
As conquistas são temporárias
E a morte é certeira
Mas não deixemos isso nos abalar
Pois a vida é feita de momentos
E se as conquistas nos fazem felizes
Então que vivamos intensamente
Que aproveitemos cada vitória
Comemoremos com quem amamos
E sejamos gratos por cada instante
Pois a felicidade está no agora
Que as conquistas nos motivem
E nos impulsionem a seguir em frente
Mas que acima de tudo, lembremos
Que a verdadeira riqueza está na gente.
Se pudesse descortinaria o tempo,
revelando a nudez da infinitude
encoberta por detrás de sua passagem.
No desaparecer das horas e dos relógios,
quando não houver mais calendários,
réveillons, natais e aniversários,
quando os despertadores se calarem
e todas as noites forem imutáveis,
como um único retrato nunca mais fotografado,
nada mais restando que o rio de Heráclito,
estático, imóvel, quieto e congelado,
é lá que encontrarei meus antepassados,
com a mesma fisionomia com que me deixaram
Não está em nosso poder, determinar como será nosso dia.
Mais somos nois que determinará, se ele vai acabar com um sorriso.
Todos os dias, vivemos páginas em branco, que pouco a pouco vai sendo escrita por nós.
E quando percebemos que somos autores e protagonista de nossa história! o resto não passa de figurantes.
Faça sua história, e não perca tempo vivendo as histórias dos outros.
Um dia o ciclo de páginas, também se acaba assim como a vida.
Mais nossa história, nunca deixará de ser contada enquanto nossas memórias forem lembradas.
Quanto mais elevado é um ser, mais ele serve.
Quando viemos ao mundo tudo já estava aqui quando chegamos. As pessoas, as coisas e o sentido por trás das coisas. Os nome, funções e incumbências foram previamente estabelecido por pessoas que nos precedem.
Porém a vida fica estranha mesmo é quando ela nos imputa a tarefa de contribuir com o nosso sentido. Por que fazemos o que fazemos ? Como você entende as coisas?
Desse modo, com o pouco de observação, não é difícil perceber que a vida se resume em serviço e quanto mais elevado é um ser mais ele serve. Até o amor, algo tão adorado por aí sua alma é servir.
Não podemos, entretanto, confundir servir a todos e ser servo de tudo. Deus serve a todos. Seja lá como você o entenda a ideia de um ser divino, é indubitável que há leis naturais que não mudam e lei nada mais é do que aplicação de uma vontade superior ao indivíduo dentro do coletivo.
Portanto, seja útil e sirva a um propósito maior que você mesmo.
Falar e escrever seriam inúteis? Efêmero falar, que nada exprime. Embalo-me na angústia da comunicação. Palavras são como cascas que se desfazem, nada mais que vãos rastros da emoção. Prisioneiras do sentido, as palavras se perdem no mar da insuficiência, a trama da linguagem é sempre tecida em ilusões, aprisiona a verdade em suas limitações.
A boca que se abre, a caneta que desliza, são meros instrumentos de uma busca indecisa, entre o dizer e o calar. O silêncio, em sua vastidão indomável, transcende a palavra e o ego. Não se prende a conceitos, não se aprisiona, é a pausa significante, a verdade que sussurra além do verso e do grito.
Encontro a liberdade de ser, de simplesmente ser, no silêncio, no vácuo, na ausência do dizer. Apenas existir, além do verbo, é o meu querer.
Escrever é apenas um exorcismo das ideias que perpetuam aqui dentro. O papel, meu confessionário mudo, testemunha fria, onde vou destilando mágoas, desvendando traumas. As letras que emergem são pedaços da minha solidão, uma ponte entre o caos e o desejo de renascer, e, ao revelá-la, sinto-me mais perto do amor. Encontro-me em cada verso, escrever é libertar-me também, é o alimento da alma em turbulência.
Contudo, és tu, ó silêncio, a língua que mais compreendo, no vazio de tuas pausas, meu ser se estende. Palavras são fumaça, que se dissipam no ar, enquanto o silêncio, no âmago, faz-se morar.
Ah, inútil é falar, inútil é escrever, quando a verdade se oculta no não dizer. A eloquência dos gestos, a dança do olhar, a palavra que se cala, é o que há de mais raro habitar.
Nas sombras do silêncio, encontro meu personagem. Em cada pausa, um mundo vasto se revela, onde o ser e o nada se fundem.
No abismo das reflexões, o pensamento vagueia, sutilmente capturado pelo desespero. Entre a razão e o caos, a alma se incendeia.
"Pulpila"
Aqui sob a pele fugas
Da alma que corre livre
Em busca de despir
Em um quadro preto e branco
Pintou-se curvas
Desesperadas em toques
De ceda crespa
Como vigilante a três passos de mim
Louvou com sangue fervente
As lágrimas romperam
Em uma caixa que se abre devagar
Reluzente vislumbre de uma nova vida
Promessas retidas ,tantas não cumpridas
O jardim floriu ...
❤️🌹❤️
Você se torna mais atraente sendo a mulher que você é. De cabelos lisos
e bem pretinhos. Com maquiagem
ou com o rosto ao natural. Vestindo roupa de grife ou com uma roupa básica.Você se torna atraente por aquilo que seu olhar transmite, pelo que seu corpo revela, pelo que seus lábios dizem, ou seja, por sua essência.
❤️🌹❤️
Oração em prol do respeito ao conquistar o cume de uma montanha
Ó meu Deus Omnipotente
Cuja soberana providência que tudo governa.
Digna-te receber a nossa visita no cume da tua montanha.
Afasta de nós as avarezas do maligno, as angústias da altitude, da doença e da dor;
Dai-nos a coragem, a força, a sabedoria e a fé para transpormos as dificuldades da ascensão;
E dai-nos também a licença de vivermos em paz com os nossos amigos, com a tua natureza e com a nossa própria consciência.
Amém
DIALETOS HUMANOS
O silêncio murmura,
os gestos dizem,
os olhos exprimem,
as roupas dialogam,
e as mímicas falam.
A ausência nos retratos
dos meus aniversários,
revelam o vácuo objetivo
do subjetivo desvio do teu sumiço.
Não há mudez na Torre de Babel humana.
AMOR TARDIO
Embora seja noite
agora é tarde
tarde demais para ela voltar
Quando esta madrugada acabar
vou vestir minha melhor roupa
usar o perfume importado
e retornar para aquele bar
que ficava no final do século passado
quem sabe ela ainda esteja lá
360º
Se ando olhando somente para frente, caio em um buraco. Se ando olhando somente para baixo, bato com minha cabeça em um poste. Se ando olhando somente pros lados, fico com torcicolo. Se ando olhando somente para trás, não vou chegar a lugar nenhum
E SE...
A estrada da vida é feita de várias bifurcações e encruzilhadas. As que não caminhamos são sempre as melhores
Perdi tempo perdendo tempo
em olhar o relógio com pressa de chegar
e nem me dei conta da paisagem
em que havia canteiros de jasmins
que não levarei comigo na memória
Ela é a cara da mãe,
que em tudo puxou de sua avó.
A avó, por sua vez,
é idêntica à mãe que um dia teve,
que vejo em apagados retratos,
e que, conforme antigamente contavam,
era cópia fiel da bisavó da mãe
da mulher que hoje amo,
e que é a cara esculpida da minha sogra.
Creio que me apaixonei
foi por uma mulher do começo do século XIX
Certas reações a este livro, ultrapassando a taxa de imbecilidade média prevista, tiraram do autor qualquer dúvida que ele porventura ainda tivesse quanto à credibilidade da tese aqui defendida, segundo a qual alguma coisa nos cérebros dos nossos intelectuais não vai bem.
Primeiro foi o Paulo Roberto Pires que, não gostando deste livro, inventou outro e escreveu sobre ele em O Globo, jurando que era este. Depois vieram André Luiz Barros, Gerd A. Bornheim, Muniz Sodré, Emir Sader e Leandro Konder, que, reunidos numa página do JB de 4 de setembro, nada dizendo do livro, emitiram estes pareceres a respeito da pessoa do autor: Não é de nem homem. É um bestalhão. Não vou servir degrau para uma pessoa dessas. Ė covarde. Se apoia no poder econômico. É direitista. Não tem nem diploma.
Diante de tais perdigotos, só resta ao acusado acrescentar à sua tese as letrinhas fatidicas:
C.Q.D
Detalhes da demonstração o leitor poderá obter no suplemento que reúne nas páginas finais do presente volume as respostas do autor a essas e outras criaturas inquietas que, à simples audição da palavra "imbecil", logo sairam gritando: "É comigo!" E manifestando o desejo incontido de dar com a cara na mão do autor. O suplemento destina-se a pedir a essa parcela do público que se acalme e aguarde na fila, pois, não havendo escassez de carapuças na praça, não há também motivo de afobamento.
O Ministério da Saúde adverte:
O Imbecil Coletivo faz mal aos imbecis individuais
Foi assim que, de cópia em carbono da moda francesa. evoluímos para nos tornar uma reprodução em fax da mentalidade norte-americana. Quando, nas últimas três décadas, a crise do comunismo foi minando o prestígio das grandes divas intelectuais do marxismo europeu, como Jean Paul Sartre. Althusser, Lukács, a bússola intelectual brasileira girou de Paris para Nova York, onde despontavam duas poderosas correntes de modas culturais; a Nova Esquerda e a Nova Era, New Left e New Age. Desde a década de 60 o Brasil foi-se tornando cada vez mais dependente dos EUA em matéria de ideias. E aí somaram-se várias circunstâncias nefastas, para produzir o quadro presente da nossa miséria cultural.
Primeira: A transferência da nossa matriz cerebral para Nova York deu-se justamente no momento em que os EUA entravam num declínio intelectual alarmante.
Segunda: O descrédito mundial do marxismo coincidiu, no tempo, com a ascensão das esquerdas ao primeiro plano da política nacional; e justamente na hora de sua maior glória, elas se encontram mais desorientadas do que nunca, sem outros modelos a copiar senão os resíduos da decomposição intelectual norte-americana. E como a intelectualidade esquerdista ocupou todos os postos estratégicos da indústria de prestígios dominando as universidades, as comunicações, o mercado de livros, ela contaminou com a sua indigência a totalidade da vida cultural brasileira".
Terceira: Nosso declínio intelectual foi acompanhado de um notável progresso dos meios materiais de difusão da cultura: ampliação e modernização da indústria livreira, abertura de espaços para o noticiário cultural na TV e nas rádios, aumento prodigioso do número de vagas universitárias, multiplicação das verbas oficiais para a produção cultural, etc. Assim, quanto mais baixa a qualidade das ideias, mais largos os canais por onde se despejam na cabeça do povo a latrina mental dos intelectuais. Pior ainda: premiando de supetão o intelectual jovem, despreparado e sem lastro interior, o sucesso atua como o sinal encorajador de que um imbecil precisa para tornar-se um imbecil arrogante.
- Bom dia, tudo bem
- Tudo bem
- Está um calor danado hoje
- Pois é, acho que vai chover mais tarde
- Tchau
- Tchau, tchau...
Não há nada mais profundo do que conversa em elevador
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